25 de dezembro de 2020

Inazuma Eleven 1, 2 e 3

 Hoje temos uma pequena diferença se compararmos com os outros posts do blog, em vez de falar sobre um game em especifico, vamos falar da primeira parte de uma franquia de jogos de sucesso nos portáteis da Nintendo, começando pela saga clássica, vamos falar de Inazuma Eleven, mais conhecido no Brasil como Super Onze. O game se trata de um titulo sobre futebol, mas nada perto dos jogos convencionais como Fifa e PES, aqui temos uma mistura fortíssima de esporte com RPG, no melhor estilo japonês. Todos os títulos foram produzidos para Nintendo DS, com o terceiro recebendo um porte para o 3DS, publicados e produzidos pela Level 5 em parceria com a Nintendo, sendo lançados nos anos de 2008, 2009 e 2010 respectivamente (ano de lançamento no Japão, sendo lançados no resto do mundo posteriormente). Mas o que essa franquia fez para ter tanto sucesso e se manter ativa até hoje? (as imagens de capa mostradas aqui são da versão que eu joguei, pois Inazuma Eleven 2 e 3 tem mais de uma versão)

Inazuma Eleven 1
Inzuma Eleven 2
Inazuma Eleven 3

Enredo

Primeiramente vamos falar um pouco sobre como o enredo é apresentado durante os jogos. Se você não gosta de como a história de animes shounen (aqueles animes clássicos de luta como Dragon Ball) é posta, provavelmente o ritmo e certos plot twists podem incomodar ou não funcionar bem com você. Agora vamos falar um pouco sobre o enredo de cada um dos jogos.

Inazuma Eleven 1 é o clássico de qualquer anime de esportes, um garoto com muita habilidade em um time totalmente desestruturado e desacreditado tentando vencer o campeonato nacional, e isso parece ser uma história super leve e contente, se não fosse pela Imperial Academy que quer acabar com a competitividade no futebol, equalizando as equipes, fazendo com que escolas que eram extremamente vencedoras no passado, fossem obrigadas a perder, e é justamente esse o caso da Raimon, assim o protagonista dos três primeiros jogos, Mark Evans (ou Mamoru Endou no original).

Em Inazuma Eleven 2, depois de ganhar a competição entre escolas e se tornarem o melhor time do país, não existia mais nenhum desafio para eles em terras japonesas, com isso o jogo apresenta um grupo de alienígenas que está invadindo a Terra, começando pelo Japão, e nada melhor do que resolver suas disputas intergalácticas através do futebol não é mesmo? A principal mudança entre o jogo anterior e este é um pouco mais densa já que muitas das escolas foram destruídas e o game todo tem uma história bem pesada e sombria.


Já em Inazuma Eleven 3 as coisas mudam um pouco de perspectiva e acompanhamos um entre 3 personagens dependendo da versão do game, sendo eles: Fideo Aldena em Spark, Rococo Urupa em Bomber e Kanon Endo em The Ogre. Desta vez o enredo é baseado no filme Inazuma Eleven the Movie: The Invasion of the Strongest Army Ogre, a trama consiste em um time muito poderoso, intitulado The Ogre (o nome do time varia de acordo com a versão do jogo), viajando ao passado para destruir o futebol, com isso o protagonista Endou vai proteger o futebol, com a ajuda de seu bisneto Canon Evans (Endou Kanon no original).

Gráficos e Áudio

O game tem dois estilos gráficos, uma para os momentos de exploração dos mapas, com uma visão aérea e um estilo 2D com sprites que mostravam todos os lados do personagem, imitando um visual 3D. Durante as partidas, confrontos entre os jogadores acontecem e nesses momentos o gráfico muda para 3D de verdade, com um estilo gráfico muito bonito e bem característico do console da big N. Quanto ao áudio, a qualidade é bem próxima ao que é visto no anime, mas com todas as limitações de hardware do console portátil. Apesar disso, tudo funciona muito bem.

Jogabilidade

Como um jogo de futebol, o que mais importa aqui é como são as partidas, e é nessa hora que o jogo surpreende, pois ele é um RPG bem desenvolvido com poderes especiais para dribles, bloqueios, chutes e movimentos de goleiros, tudo no game é baseado no quão alto são seus status e também um pouco do fator sorte, que é um dos atributes existentes no jogo, um verdadeiro RPG japonês. O controle dos jogadores é feito através da caneta do DS, "clicando" no personagem e traçando uma linha para o movimento, com toques nos seus companheiros de equipe é possível passar a bola, e na distancia certa fazer chutes na direção do gol. O gameplay é simples e intuitivo, sendo uma ótima opção para crianças por exemplo, porém isso não foi tudo que garantiu o sucesso, outro fator foi muito importante para que a franquia desse certo, uma característica muito comum em jogos japoneses é o colecionismo, a franquia Pokemon é focada basicamente nisso, procurar e juntar ao seu grupo os melhores e mais fortes personagens. E como fazer isso? 
Existem três métodos para isso, o primeiro deles é através de um computador que mostra aleatoriamente personagens dentro de parâmetros simples estabelecidos pelo jogador. O segundo método consiste na rede de amigos e conhecidos do protagonista Mark, vamos entrando em contato com personagens mais próximos e conforme a progressão na história e conclusão de certo objetivos, novos personagens ficam disponíveis nessa rede de contato. O terceiro e ultimo método é uma maquina de gatcha, colocamos uma ficha conquistada depois de alguma partida ou encontro aleatório e tiramos um novo personagem dessa máquina, é um modo facil e rapido para conseguir novos jogadores, porém as opções aqui não são das melhores.

Considerações Finais

Inazuma Eleven consegue ser uma franquia que aborda um tema tradicional nos videogames, o futebol, através de uma nova perspectiva, o RPG. Os gráficos são bonitos e coloridos, o tom de animes shonen consegue conquistar fácil quem está jogando, as mecânicas são simples e leves, sem grandes dificuldades mesmo para quem não tem costume com jogos eletrônicos, além disso os "itens" colecionáveis são um fator importante para a vida útil do game, que aumenta e muito para além da campanha. Sem grandes emoções, uma ótima opção para relaxar e se divertir sem muito compromisso, ótima opção para crianças também. Por ser assumidamente um game descompromissado em ser uma grande obra, esses foram uns dos melhores jogos dos últimos tempos para mim, entregaram tudo que me prometeram e um pouco mais!


20 de dezembro de 2020

Tekken 7

 A franquia que levou os jogos de luta em 3D ao grande publico teve seu enredo todo explicado no ultimo titulo da série, com grandes participações especiais e um visual bem a frente dos outros titulos da franquia. Tekken 7 que é fruto de uma parceria entre Namco e Bandai, sendo lançado para Arcade em 2013 e para console apenas dois anos depois, em 18 de março de 2015. O game foi acessível o suficiente para que os fãs mais casuais pudessem continuar acompanhando a série e ainda se manteve atrativo para o publico mais competitivo, quer saber um pouco mais sobre o amis recente capitulo da novela que é a família Mishima? Se sim, aqui é um bom lugar. 


Enredo

 Pela primeira vez a história é contada de forma consistente e clara, lógico que era possível acompanhar o desenrolar dos acontecimentos ao longo dos jogos, mas tudo era feito de forma muito inconsistente, com informações jogadas aos ventos e sendo espalhadas em modos de jogo diferentes e sendo necessário ler muito conteúdo adicional, além de terminar o modo arcade com todos os personagens, e ainda assim saber diferenciar o que é canônico e o que não é. 

 Felizmente tudo isso foi corrigido aqui, temos um modo história girando em torno da família Mishima, mostrando toda a motivação de Heihachi para seus atos dos games anteriores, mostrando o resultado a interferência de Jin Kazama, neto de Heihachi, no mundo, que atualmente está mergulhado em uma disputa militar entre duas organizações, uma chefiada por Kazama e outra chefiada por Kazuya, filho de Heihachi e pai de Jin. No fim das contas o arco criado para Heihachi serviu para mostrar quem é o real vilão da franquia e transformou sua imagem de vilão para um anti-herói. Uma boa história para quem ja acompanha essa novela a longo prazo, mas não chega perto de outras da mesma geração, como Injustice 2 e Street Fighter V

 Além disso, todos os personagens tem um capitulo de história separado que mostram o motivo deles terem entrado no novo torneio Tekken, com uma luta curta contra seu principal adversário, não é muito mas é uma forma de conhecer um pouco mais dos personagens antigos e também saber o motivo dos novos estarem por aqui.

 Infelizmente, como o game foi pensado muito para os E-sports a história e desenvolvimento dos personagens que não aparecem na trama principal é deixada um pouco de lado, o que pode ser decepcionante para quem é fã de personagens longe dos holofotes da família principal do titulo.

Jogabilidade

 Tekken sempre foi uma franquia que apostou na acessibilidade, mesmo que você não tenha jogado o game antes os comandos são extremamente intuitivos, o padrão de dois botões para soco e dois para chutes se mantes, cada um desses botões representa uma perna ou um braço do seu lutador, sendo assim a intuição para saber qual o próximo botão à ser apertado ajuda muito, já que muitas vezes través do movimento feito pelo personagem é possível saber qual a continuação do combo. 

 Outra adição foi um botão que ao ser segurado torna qualquer um capaz de desferir golpes diferentes que só seriam acessíveis através de comandos mais complexos, e juntando estes golpes na ordem certa e no tempo certo é possível criar um combo mais complexo mesmo sem muito tempo de jogo. Outro botão adicionado foi o de "Rage Art", mecânica implementada neste titulo, que consiste em um golpe especial, com ar cinematográfico, que causa muito dano ao oponente e só pode ser executado quando a vida do lutador está muito baixa, cada personagem tem duas Rage Arts, sendo uma delas executada com apena um botão, o que também equilibra o game para jogadores menos experientes.

 Além dessa nova forma convidativa de trazer novos jogadores, os comandos clássicos para personagens antigos não foram modificados, assim a sensação de nostalgia está garantida para os velhos fãs da série, já que seus golpes clássicos se mantém como sempre foram.

 Mesmo com todo esse apelo com o publico casual, Tekken 7 buscou ser um jogo de E-sport, com isso a profundidade de mecânicas é garantida, com combos longos, complexos e bem complicados de serem executados, muitos golpes abrem espaço para mais de uma continuação, fazendo com que os fatores habilidade, conhecimento teórico sobre os personagens e os reflexos do jogador sejam muito importante em disputas de mais alto nível.

 Vale ressaltar que apesar de tudo isso soar positivo para mim, algumas pessoas podem ficar com a sensação de pouca evolução mecânica entre o titulo anterior e este, e isso não é mentira, ao que parece o sétimo titulo cronológico da franquia está aqui para colocar uma base forte e robusta para o que pode ser o ultimo jogo da franquia (Tekken 8), que provavelmente será lançado na próxima geração de consoles.

 Por ultimo e não menos importante, vale citar a presença de 3 personagens com sistema de barras de especial, sendo eles Akuma de Street Fighter, Geese Howard de Fatal Fury e uma personagem nova Eliza. Estes três personagens causaram uma apreensão grande quando foram anunciados, pois o sistema de barra e de ataques de projetil poderia quebrar o sistema do jogo ou ser totalmente irrelevantes, fazendo com que os personagens fossem esquecidos e nunca usados por qualquer jogador que fosse, mas não foi isso que aconteceu, os personagens foram muito bem transportados para esse universo em 3D e funcionam bem perto de todos os outros, sendo assim uma escolha viável mesmo que eles estejam fora de suas franquias de origem quando pensamos nos dois primeiros.


Gráficos e Áudio

 A franquia sempre foi referencia em potencial gráfico nos games de luta, e aqui não é diferente, os cenários são belíssimos e apesar de alguns pequenos bugs visuais quando eles se quebram, conseguem impressionar com sua diversidade de ambientes e formatos. Os golpes são extremamente fluidos e dão a impressão de estarmos vendo dois mestres em artes marciais lutando, o que era pra ser apenas um game de luta pode se tornar uma verdadeira valsa mortal quando se tem dois jogadores experientes. 

 Quanto ao áudio, a franquia mantem o nível nos seus efeitos sonoros, mas o que vale o destaque é a trilha sonora, já que além das musicas próprias do game é possível acessar a playlist de todos os outros jogos da série e criar a sua própria, misturando musicas de todos os 9 títulos (lembrando aqui que existem os jogos Tekken Tag Tournament  1 e 2).

Considerações Finais

Tekken 7 é de longe o melhor game da franquia para introduzir novos jogadores desde Tekken 3, ao mesmo tempo que deixa todos os fãs antigos felizes com a manutenção de personagens queridos, comandos similares aos antigos com pouca ou nenhuma mudança, além de trazer uma história e explicações que muitos esperavam, o sistema de customização está um pouco mais robusto que nos games anteriores e é possível utilizar vários visuais conhecidos dos personagens, o que é um ponto fortíssimo no quesito nostalgia. Apesar disso a sensação que fica é que dificilmente esse vai ser o game preferido da franquia para alguém, particularmente falando ele fica em quarto lugar para mim, não chegando nem ao pódio.

11 de dezembro de 2020

Just Cause 4

 Antes de tudo, gostaria de pedir desculpas pela demora com o post dessa semana. Estou um pouco doente e não consegui postar mais cedo, porém, antes tarde do que nunca não é mesmo? Outra coisa que gostaria de pedir é que deixem seus comentários sobre o game do dia. Sem mais delongas, fiquem com o texto de hoje.

Ação desenfreada, com movimentos mirabolantes e visual encantador, Just Cause 4 veio com uma expectativa muito grande e com um nome muito renomado. O game de ação e aventura lançado em 4 de dezembro de 2018 pela Square Enix, desenvolvido pela Avalanche Studios (mesma de de Mad Max e Rage 2) foi bem nas vendas e conseguiu agradar grande parte do publico, quais os acertos e quais os erros do quarto capitulo da franquia? 

Enredo 

Antes de falar com o enredo propriamente dito, vamos falar da sua progressão. O ritmo do jogo é extremamente lento, por vezes as missões que movimentam o enredo mostram pouca evolução, se essa baixa progressão não é suficiente para desanimar, tenho certeza que os vários requisitos à serem completados antes de continuar com as tarefas principais, tudo isso leva o ritmo do game em marcha muito lenta.

Quanto a história propriamente dita, o enredo se leva a sério demais para um jogo com a gameplay tão frenética, os diálogos dão um ar de super-heróis para o personagem principal, como se ele soubesse que tudo daria certo e que ele vai se sair bem, o que pode dar um ar canastrão mas que encaixou bem com o game. 

Rico Rodriguez, o protagonista, está mais uma vez combatendo uma organização maléfica, desta vez em um pais fictício da América do Sul, chamado Sólis. Nos fim das contas tudo se resume a combater os vilões como um exército solo, e ajudar os rebeldes a conquistarem seu lugar de volta, tudo isso em meio a um clima verdadeiramente agressivo.

Gráficos e Áudio

Incrivelmente o som é bem feito, mesmo com o caos existente no meio da ação o áudio se comporta bem, mas pode ter alguns problemas com o movimento da câmera. Mas como assim, problemas no áudio por conta da câmera? O movimento da câmera ajuda a focar o áudio, para que os sons correspondam a imagem em tela, então em momentos de muita ação é comum ouvir gritos ou frases fora de contexto com um combate acontecendo ao longe, mesmo que o local em que você está seja seguro.

Os gráficos são muito bons durante o jogo em si, mas durantes as cinemáticas a qualidade cai um pouco e causa uma estranheza muito grade e causando um certo desconforto. Além disso o mesmo problema que aparece em Horizon Zero Dawn também da as caras aqui, é possível perceber um circulo em volta de Rico, dentro dele a qualidade de imagem e riqueza em detalhes é muito maior do que fora deste círculo. Se isso não fosse o suficiente, o game conta com quedas de FPS com frequência devido a grande quantidade de explosões e inimigos em tela, o problema é recorrente e chegou ao ponto de fazer com que certas missões falhem por conta dos leves travamentos causados pela queda de frames.

Apesar de tudo isso, os gráficos são muito bonitos e rendem paisagens deslumbrantes em diferentes ecossistemas, e que rendem fotos lindíssimas. Grande parte do problema é de fato a falta de otimização do game, que poderia tornar ele uma opção melhor para quem gosta de gráficos de ponta.


Jogabilidade 

Se a queda de FPS te assustou um pouco, os problemas que aparecem aqui podem ser o ultimo prego no caixão e que vai fazer você desistir do game. Por muitos momentos, quando o gancho é usado, o game apresenta muitos bugs, entrando nas paredes, montanhas ou até mesmo portas que não deveriam ser acessadas no momento, com isso certos eventos não são desencadeados e não é possível prosseguir jogando a não ser que o checkpoint seja reiniciado.

Apesar de todos esses problemas, quando as mecânicas do jogo funcionam tudo é muito divertido, o gancho é um meio de locomoção muito bom e as interações possíveis usando as asas do equipamento de Rico e também do paraquedas possibilitam movimentos nunca antes imaginados por mim, a física do jogo não é realista mas no fim das contas isso ajuda no estilo caótico do game. Um ponto que vale destacar da gameplay é a falta de um combate físico melhor desenvolvido, ter apenas uma ação nessas situações é bem decepcionante.

Infelizmente, mesmo com uma jogabilidade bem divertida, o game tem um designe de níveis bem ruim, as missões menores que existem para desbloquear as tarefas do modo história são extremamente repetitivas e precisam ser feitas muitas, muitas e muitas vezes, são 4 ou 5 eventos diferentes que se repetem durante todo o tempo de gameplay, o que leva o jogo a  ser um tanto cansativo e desestimulante, deixando claro a falta de criatividade e inovação que chegou na franquia.


Considerações Finais

No fim das contas, Just Cause 4 é um game bem divertido e garante umas boas dezenas de horas de jogo, os problemas gráficos são reais e a falta de criatividade para os eventos menos relevantes no game pode ser incomodo e um tanto desanimador, mas mesmo com tudo isso a diversão é grande, aquele ar de Velozes e Furiosos com coisas impossíveis acontecendo a todo momento é contagiante e deixa você bem animado. Se você tolerar toda a repetição e não ficar cansado por conta da falta de criatividade do game, ele é extremamente divertido e caótico, no fim das contas foi uma boa experiência.

4 de dezembro de 2020

Star Wars - Jedi Fallen Order

 Antes de começar, hoje eu peço que deixem comentários sobre o blog e como as coisas estão indo, dependendo da resposta um post extra será feito para comentar sobre suas mensagens.


Numa galáxia muito, muito distante, os fãs da saga Star Wars estavam desgostosos com o mundo dos games, o lançamento de Battlefront 2 foi problemático, graças as politicas de mercado da EA e com isso a marca não estava passando pelo seus melhores tempos nos jogos eletrônicos, até que dois anos depois, em 2019 um novo game aparece e consegue sim ser competente e acalmar os fãs da saga de George Lucas. Star Wars - Jedi Fallen Order foi lançado em 15 de novembro de 2019, sendo um jogo de ação e aventura focado no enredo, produzido pela Respawn Entertainment e distribuído pela Electronic Arts, lançado para PS4, Xbox One e PC. Se você quer saber um pouco mais sobre o game e o motivo dele ser importante para saga intergaláctica é só continuar por aqui.


Enredo 

 Esse é o pilar do game, a história é tão boa quanto dos filmes isolados da série, não chega a ser tão boa quanto Rogue mas chega bem perto. O jogo se passa 5 anos depois do Episódio III - A Vingança dos Sith, e conta a história de Cal Kestis, um ex-Padawan da ordem Jedi que foi trabalhar como sucateiro de naves das guerras cônicas depois do extermínio dos cavaleiros da força, depois de algumas reviravoltas na vida de Kestis ele se reconecta com o seu passado graças a Cere, uma ex-Jedi que se desconectou da força. 

 O enredo funciona bem, a busca por um caminho de reestabelecer a ordem Jedi está sim aqui, mas ela existe mais como uma redenção pessoal dos personagens antes de ser algo feito pelo bem maior, e isso já destoa da imagem dos cavaleiros da força até então, além disso a estrutura da jornada do herói está presente aqui, e ela não reinventa a roda, mas consegue fazer de forma competente e prende a atenção. Além disso os personagens por si só são ótimos, até mesmo o pequeno droide BD-1 consegue ser extremamente carismático, ao contrario de games como Need For Speed: Payback, aqui a trama funciona principalmente por conta dos seus personagens cativantes. No fim, o que temos aqui é uma história digna de fazer parte dessa franquia, seguindo seus moldes ao mesmo tempo que consegue ter seu brilho próprio.

Jogabilidade

 Um game recompensador, desafiador e extremamente gostoso de se jogar, Fallen Order aposta na sua experiência em combate, unida a paciência e observação, tudo o que um Jedi de verdade precisa para vencer seus combates. Por vezes você se vê preso em um chefe e cada derrota te faz perceber novos padrões e formas de encaras a batalha, seja com a força, com bloqueios mais frequentes ou até mesmo no melhor estilo samurai esperando a brecha certa para atacar, a paciência é a maior virtude por aqui e aprender como o adversário se comporta é essencial para o sucesso.

 O sistema de evolução do personagem é relativamente simples, com 3 ramificações na sua arvore de habilidades, sendo elas as seguintes: Força, Sabre de Luz e Saúde. A primeira consiste na forma como você interage com a força, puxando ou empurrando os inimigos com maior eficácia ou paralisando eles por mais tempo, a segunda é ligada a desenvoltura de Cal com o sabre, seja arremessando ele, usando duas laminas ou dando golpes mais certeiros e o terceiro altera os valores de vida máxima, de cura com o BD-1 e até a quantidade de estimulantes de cura que são possíveis serem carregados ao mesmo tempo.

 Falando assim da arvore de habilidades, até parece que Jedi Fallen Order é um rpg de ação, mas não é, longe disso até, o game recompensa a exploração e premia você por ser um verdadeiro caçador de tesouros intergaláctico, fazer caminhos não convencionais, explorar os lugares mais inóspitos de cada planeta, passar pelas criaturas mais perigosas e passar pelos lugares mais complicados possíveis para achar tesouros e histórias através da força. O game te convida a se tornar um Nathan Drake interplanetário.   

Gráficos e Áudio

 Para que não passe despercebido, todo o áudio do game parece ter sido tirado diretamente de um dos filmes de George Lucas, dito isso a qualidade sonora está totalmente assegurada. 

O visual do jogo é ao mesmo tempo um dos pontos mais altos e também o maior defeito do titulo. A parte positiva é clara, o realismo dos personagens humanoides é de impressionar, as cores são muito bem trabalhadas e a fotografia é a coisa mais bonita do game, a cada 5 minutos de jogo é possível parar e tirar uma foto que certamente poderia se transformar um quadro. Os efeitos de iluminação competentes ao extremo para essa geração, este game nos próximos consoles tem um potencial estupendo. Pra fechar com chave de ouro, uma das coisas que mais me impressionou foi a reação das coisas ao vento, principalmente da água, a forma como as capas, cabelos e tudo mais reagem ao vento são de cair o queixo.

Mas nem só de luz o game é feito, o lado negro é forte por aqui. Os gráficos são sim belíssimos, tão belos que se tornam extremamente pesados para o console (o game foi jogado em um PS4 Slim), texturas demoram muito para carregar, objetos aparecem e desaparecem do nada, assim como inimigos também, além disso não é incomum o game travar para carregar seções inteiras à frente. O efeito que embaça um pouco a imagem quando a câmera se movimenta é terrível e pode causar um leve enjoo se você for mais sensível, confesso que tive algumas dores de cabeça por conta disso, e se nada disso fosse o suficiente como ponto negativo, o FPS do game é extremamente instável, em pelo menos 4 situações foi preferível correr dos inimigos o mais rápido que podia, pois a queda de frames torna o combate quase impossível. 

Considerações Finais

Star Wars - Jedi Fallen Order é um game bom, que conta uma história interessante para a franquia e é bem pé no chão, está longe de ser um titulo que vai revolucionar a franquia nos games e muito menos ela como um todo. Porém, Fallen Order é o game que a série precisava, e não o que ela queria. Que a força esteja com você, jovem Padawan.

27 de novembro de 2020

Hollow Knight

 Castelvania e Metroid foram jogos que marcaram sua época, justos eles mudaram o mercado dos jogos e praticamente criaram um novo estilo de games, o Metroidvania. Mas por qual motivo essa informação está aqui? Pois Hollow Knight é um dos melhores deste estilo já feitos, o jogo foi lançado em 24 de janeiro de 2017 produzido pela Team Cherry com um time extremamente reduzido, apenas 3 pessoas participaram do game se os dubladores forem desconsiderados.


Gráficos e Áudio 

 Os gráficos são incríveis, o designe do protagonista é carismático mesmo sem ser expressivo e ajuda a conectar o jogador com o pequeno cavaleiro. Cada sessão do mapa é um deleite aos olhos, com backgrounds extremamente detalhados e com cores muito características para cada sessão, os monstrinhos inimigos seguem um estilo parecido com o protagonista, com variações de tamanho e forma e mesmo que cause alguma estranheza, as criaturas são de fácil identificação e conseguem ficar gravadas em nossas memórias. Vale ressaltar também a profundidade que o jogo consegue criar, mesmo sendo totalmente em 2D, com várias camadas no cenário o game tem ar de obra de arte e qualquer foto do titulo parece um quadro. 

 Se tivesse que procurar algo negativo por aqui, seriam a repetição de elementos, mas tendo em vista o tamanho da equipe que produziu o game, isto se torna um ponto positivo pelo lado criativo, a rotação, a escala e o foco em certos objetos e estruturas os tornam flexíveis e tem mais de uma utilidade, poupando tempo e esforço para um time de desenvolvimento minúsculo.  


 Enquanto os gráficos não tiveram nenhum ponto negativo, a trilha sonora teve sim alguns deslizes, em certos momentos a musica de fundo pode ser um tanto repetitiva e enjoativa quando passamos muito tempo em um cenário apenas, apesar deste pequeno problema a trilha sonora passa mais sensações positivas que negativas, ela é muito bela e muito bem executada, as musicas são sutis e entram em perfeita harmonia com o estilo gráfico, o que dá um tom artístico ainda maior para o jogo.

Jogabilidade

 Exploração e um combate cadenciado marcam a gameplay de Hollow Knight, com um mapa grande a ser visitado o vai e volta é inevitável, certos locais só são acessíveis depois de obter certos itens ou depois de certos acontecimentos, além disso a dificuldade do jogo é um ponto a ser destacado, pois ele exige do jogador alguma noção na hora dos combates, para desviar no momento certo e fazer contra ataques precisos, além disso os pulos podem ser um pouco complicados em certas situações, mas ao mesmo tempo que o jogo tem comandos muito simples, assim podendo atingir um grande publico, nas mais diferentes idades e estilos de jogo (sério, meu primo de 12 anos que só joga Fortnite o dia inteiro veio me falar todo empolgado do game). 

 O game é uma grande seção de plataformas com combates memoráveis ao longo dela, é desafiador na medida certa, nem difícil ao ponto de ser frustrante, nem fácil demais a ponto de não sentirmos evolução alguma. Metroid e Castlevania certamente tem orgulho deste que é um dos seus sucessores em questão de estilo.

Enredo 

A história do game parece uma colcha de retalhos a principio, e talvez seja mesmo, mas uma colcha de retalhos incrível, cada personagem novo que encontramos, cada lugar novo que exploramos, cada coisinha que descobrimos adiciona muito a mitologia do mundo em que estamos e vai construindo melhor a história, em muitos momentos ver um personagem fazendo uma atividade ja diz muito mais sobre o que está acontecendo do que o dialogo com o mesmo, ou a paisagem de um lugar que vai se modificando conforme as telas são passadas, por vezes você se pega andando pelas telas apenas para observar o local e isso conta muito e acrescenta para o enredo.

Hollow Knight tem sim uma história para ser contada e reflexões para serem feitas, mas a sua estrutura não é convencional em momento algum, o que é um ponto muito positivo, juntar todos os elementos de um jogo (gráficos, sons e jogabilidade) para contar o enredo mais do que os próprios elementos puramente narrativos é de se bater palmas, poucos games conseguem usar esses artifícios e este é um exemplo de como isso acontece, no mais alto nível.

Considerações finais

Hollow Knight é um ótimo jogo, é o tipo de titulo que se usa para introduzir pessoas ao mundo dos vídeo games, e por que digo isso? Porque é um jogo multicamadas, funciona para quem é mais ligado as artes que pode se encantar pelos designes dos personagens, pela trilha sonora e principalmente pelos ambientes apresentados. 

Pra quem espera um enredo fora da estrutura padrão de livros ou filmes, Hollow Knight apresenta sua história de uma forma não convencional não só para as outras mídias mas também como um game em si. Por ultimo e não menos importante, o game indie pode cativar uma nova geração de jogadores que não tiveram contato com os games que o inspiraram, pode ser a porta de entrada deles para um estilo diferente de jogos, sejam games em 2D, games com sprites, games mais artísticos, games com combate cadenciado, entre muitos outros aspectos. 

Mesmo que você não chegue ao fim, Hollow Knight é um game que qualquer pessoa deveria ter a experiência de passar ao menos um pouco por ele, não como um jogo, mas sim como uma obra de arte.

20 de novembro de 2020

Need For Speed Payback

 Uma das franquia de corrida mais antigas e famosas dos vídeo games, Need For Speed não vivia bons tempos no inicio da década 2010, até que em 2015 a série tomou um reboot e conseguiu mudar um pouco a visão do publico e da critica sobre a franquia, não muito tempo depois em 2017 mais um game apareceu, com algumas melhoras e outras escorregadas, mas no fim das contas, Payback foi um bom game pra franquia ?

Enredo

 Qualquer semelhança com Velozes e Furiosos não é mera coincidência, as histórias de de Need For Speed estavam caindo de qualidade ao longo dos anos e Payback foi uma tentativa de criar algo que se leve um pouco mais a sério ao mesmo tempo que cria cenas e momentos cinematográficos, infelizmente as coisas não deram tão certo assim. 

 O game tem 3 protagonistas, Tyler, Mac e Jess, a princípio a ideia de dividir os personagens para cobrir uma gama de habilidades maior e personalidades diferentes é boa, mas os garotos do trio agem feito duas crianças e poderiam ser creditados como menino 1 e menino 2 se levarmos seu carisma e sua personalidade em consideração, enquanto isso Jess consegue roubar a cena, mesmo que fique a sensação que ela é deixada de lado em alguns momentos, a garota é a personagem mais real e que acaba chamando mais atenção justamente por conta disso. Outro personagem que rouba a cena é Marcus Weir, com um humor um tanto acido e com ótimos diálogos, este é um dos poucos personagens que desperta algo no jogador, seja carinho pelo personagem, seja uma raiva leve pelo seu ar debochado.

 Personagens ruins podem ser suficientes para fazer um game ser extremamente ruim, mas isso não foi tudo de negativo que o enredo trouxe, a história em si é fraca, simplesmente por falta de profundidade, tudo se resume em: Correr para derrubar uma equipe, conseguir aliados e correr para derrubar uma equipe maior ainda. Tudo isso não gera profundidade e um game que ao mesmo tempo tem ar de uma história de cinema, tem um desenvolvimento extremamente mal feito e não consegue cativar e nem ir mais a fundo. Talvez um game mais focado na relação de Jess com Weir em busca de derrubar uma organização maior, a relação entre dois personagens bem construídos pode carregar um game nas costas.


Jogabilidade 

 O game tem 5 estilos de corrida: Corrida, Off-Road, Drift, Drag e Fuga. Dentre eles um merece destaque negativo, o Off-Road é péssimo, o controle dos carros é extremamente instável e não de um jeito positivo, não parece que estamos dirigindo um carro na terra e sim que estamos tentando correr no sabão, e para um jogador casual é praticamente impossível acertar os Drifts durante os momentos na terra, um exemplo muito melhor de corridas assim é The Crew 2, que tem um controle mais estavel e mais padronizado, enquanto em Payback é difícil saber a reação do carro em certos momentos, em The Crew 2 mesmo com reações estranhas as vezes você sempre sabe como o carro vai se comportar.

 Mas nem tudo são flores mortas, os outros 4 modos entregam tudo o que prometem e com momentos bem divertidos, cada modo tem pequenas variações dentro dele e isso ajuda o game a se tornar menos cansativo, os controles na estrada e a forma de fazer Drift no asfalto é de se admirar e é bem gostoso de jogar, chega a ser impressionante essa qualidade na gameplay em comparação ao enredo. Uma das maiores criticas que o game recebeu foi na evolução dos carros, mas com a experiência de jogar o game 2 anos depois do lançamento é possível dizer que não é tão ruim assim, as peças que conseguimos depois das corridas nunca são piores que as nossas, nem das lojas e muito menos as que conseguimos por trocas, então a evolução é gradual como em qualquer outro game de corrida, juntar dinheiro e conseguir melhorar o carro. 

 No fim das contas a jogabilidade é um pouco melhor que as cosias  apresentadas pela franquia nos últimos anos, então a sensação com o controle na mão é muito melhor que vinha sido apresentado.

Trilha Sonora 

Primeiramente, por que o nome dessa seção é trilha sonora e não áudio? Os efeitos sonoros do game são discretos e não  fazem nada que impressione, tudo o que é possível ver aqui já foi apresentado em vários outros games do gênero, então o espaço dedicado ao áudio vai ser totalmente sobre a trilha sonora, que merece sim destaque. 

As musicas são incríveis e flutuam entre o Rap e o Rock, em suas diferentes formas, artistas grandes aparecem como Post Malone, Jaden Smith, Royal Blood, Gorillaz e até uma atração brasileira, Haikaiss com Rap Lord. A trilha sonora poderia facilmente virar uma playlist no Spotify e iria alcançar um grande publico. A maior falha aqui é a falta de controle das musicas, não é possível montar a sua estação de radio dentro do game para ouvir apenas suas musicas favoritas dentre as disponíveis no game. 

A única ressalva a ser feita quanto ao áudio é a falta de uma dublagem em português, desde o fim da geração passada é praticamente inadmissível não ter dublagem nos games, já que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a indústria. 

Gráficos 

 O foco do jogo era a narrativa, que foi muito mal diga-se de passagem, mas com isso em mente é fácil entender os acertos e os deslizes no quesito gráfico, o que não quer dizer que os erros devem ser desconsiderados e nem que os acertos devem ser menos exaltados. O jogo se passa em Vale Fortune, cidade fictícia fortemente inspirada em Las Vegas, e o maior acerto do jogo está fortemente relacionado a isso, a ambientação é boa, a cidade parece viva e funcional, ela realmente tem ar de uma cidade real, em comparação com o anteriormente citado The Crew 2, que tem cidades muito bonitas sim, mas com um ar de artificialidade que pode incomodar um pouco. 

 Nos outros aspectos o game falha miseravelmente, os amassados são artificiais e a física nos gráficos é um pouco confusa, com colisões simples estourando os vidros enquanto outras mais severas não causam nenhum arranhão, se esquecermos a física e pensarmos um pouco mais nos detalhes, outros problemas começam a surgir como a baixa resolução nos adesivos disponíveis e alguns elementos visuais que demoram à carregar em tela, chegando ao ponto de carros da policia aparecerem subitamente no cenário pois o game não consegue carregar tantos elementos gráficos ao mesmo tempo.

 Por ultimo e não menos importante, mais um ponto negativo surge, com um ar tão cinematográfico era esperado que as animações com os personagens tivesse uma animação especial, e é sim especial, tão especial quanto bater o dedinho do pé na porta, a sincronização de voz e animação tem alguns problemas e as expressões dos personagens geralmente são bem irrealistas, a animação não faz jus ao trabalho de voz feito pelos atores, até mesmo nos personagens ruins.

Considerações Finais

Payback não foi o segundo capitulo esperado pela franquia, e nem o que eles precisavam, mas mostra que boas ideias estão surgindo e o caminho que foi traçado pelos desenvolvedores é promissor, um game de corrida com uma história bem feita e boas animações pode sim tomar uma boa parte do mercado já que os games estão divididos entre grandes simuladores e games 100% focados em arcade, talvez uma história cativante, com bons personagens e com mecânicas simples mas eficientes pode ser a formula de sucesso para o retorno aos holofotes de uma das maiores franquias dos jogos de corrida.  

13 de novembro de 2020

5 Jogos de Animes Que Merecem Ser Jogados

 Durante os anos 80 e 90 muitos desenhos vindos direto do Japão, e com isso muitos deles foram adaptados para o mundo dos games, como qualquer outro tipo de jogo saíram títulos muito bons mas também títulos muito ruins, no meio de tantas coisas alguns animes renderam ótimas coisas, então que tal relembrar ótimos jogos de animes que foram muito populares no Brasil ? 

Yu-Gi-Oh! Forbidden Memories 

No final dos anos 90 e inicio dos anos 2000 um anime sobre jogos de cartas se tornou extremamente popular, com isso as adaptações para o mundo dos games era natural, tanto o jogo de cartas físicas quanto os digitais fizeram muito sucesso e Forbidden Memories foi arrebatador no PlayStation no ano de 1999. Aqui a história foi deixada de lado e a simplicidade reina, o game não é nada mais que um jogo de cartas baseado em monstros, a grande quantidade de cartas disponíveis e a possibilidade de colecionar todas elas foi um grande atrativo, além de muito conteúdo disponível o nível de dificuldade é elevado, obrigando o jogador a tomar estratégias mais elaboradas e aprender táticas diferentes e não apenas usar o monstro mais forte. O game também teve um sucessor espiritual para Playstation 2 chamado Yu Gi Oh! Duelist of the Roses.


Naruto Shippuden: Ultimate Ninja 5

Naruto foi um sucesso arrebatador em terras tupiniquins, com isso o anime teve vários títulos em diferentes estilos diferentes, e um dos maiores sucessos apareceu no PlayStation 2l Naruto Shippuden: Ultimate Ninja 5 de 2007, este sendo o quinto título de uma série de jogos de luta, o segundo game da fase Shippuden do anime tem uma gameplay muito refinada, engine melhor trabalhada e a quantidade de personagens é impressionante para a época, são 45 personagens únicos, com alguns deles contendo versões diferentes que modificam o estilo de combate. Além disso o modo história do jogo é incrível, com um sistema de combate beat n' up e uma evolução de personagem semelhante a um RPG simplista, as cenas pré renderizadas são muito bonitas e passam perfeitamente a energia do anime.

Dragon Ball Budokai Tenkaichi 3

Dragon Ball tem jogos desde o ano de 1986, muitos títulos saíram, mas poucos resumiram tão bem o anime quanto Budokai Tenkaichi 3, laçado em 2007 para PlayStation 2 e Wii, o game traz toda a história do desenho japonês desde a série clássica até a série não canônica, Dragon Ball GT. Contando com mais de 150 personagens, o jogo é uma ótima oportunidade para realizar lutas que nunca aconteceram e experimentar grupos que nunca estariam lado a lado. Sendo o terceiro game de uma série, BT 3 aparece com muitas melhoras na engine do jogo, com uma diferença maior entre os ataques especiais para maior variabilidade nos combates, além disso um novo modo de jogo apareceu, em que os jogadores tinham uma quantidade X de pontos, e cada personagem tem um valor, assim é necessário equilibrar entre personagens fracos, médios e fortes, para ter uma quantidade boa de guerreiros sem deixar lutadores poderosos de lado. No fim das contas, Dragon Ball Budokai Tenkaichi 3 é uma representação muito boa do anime para os consoles e uma ótima opção para quem não conhece a série.

One Piece Pirate Warriors 

Tal qual o game anterior dessa lista, esta é uma ótima opção para conhecer a história do anime ao longo do tempo, por isso a recomendação aqui é da série Pirate Warriros, lançado para PlayStation 3 e 4, como também para Nintendo Switch, Xbox One e PC. Os jogos validos pra essa lista são Pirate Warriors 1, 3 e 4, lançados em 2012, 2015 e 2020 respectivamente, a história discorrida através dos jogos da série partem do principio até por volta do capítulo 900 do manga (o segundo game da série tem história original, por isso não entra nessa lista). Com um leve sistema de RPG na evolução dos personagens, o estilo de gameplay é muito parecido com a série Dinasty Warriors, lutando contra centenas, até milhares de inimigos ao mesmo tempo num combate bem próximo do Hack N' Slash e isso passa a sensação de grande poder, que de fato os personagens tem no anime e isso é incrível. Devido a grande amplitude da história a quantidade de personagens disponíveis é enorme, são 43 a principio com mais 9 disponíveis por DLC divididos em 4 tipos, sendo eles Poder, Velocidade, Técnica e Céu. Com um anime gigantesco assim, os 3 jogos são um opção muito boa para saber um pouco mais a fundo sobre essa história fantástica.

Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados

Cavaleiros dos Zodíaco foi um dos primeiros animes a fazer sucesso no Brasil, e com isso era óbvio que os jogos baseados na série animada fariam sucesso por aqui, e pelo mesmo motivo que Budokai Tenkaichi 3 e a série Pirate Warriors, Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados foi escolhido, é uma ótima maneira de conhecer a história do desenho. Lançado em 2015 para PlayStation 3 e 4 e também para PC, Alma dos Soldados traz de forma inédita até então a saga de Asgard para os jogos, tendo assim os personagens dessa saga como jogáveis, mais de 50 personagens estão disponíveis aqui, a variedade de golpes especiais e animações é ampla, infelizmente o game tem gráficos não tão bons e uma jogabilidade um tanto fraca se comparado a jogos de anime que saíam na época, mas a nostalgia de acompanhar toda essa história é grande e pode ser uma forma boa de revisitar esse clássico, que já não é mais tão palatável quanto parecia nos anos 80 e 90.

Menções Honrosas

Pokemon e Persona seguiram o caminho contrario, surgiram como jogos de sucesso, conseguiram um publico tão grande que tiveram suas versões em anime. Pokemon criou todo uma base de fãs a parte do mundo dos games, a série animada conta uma história pura, de uma criança descobrindo o mundo e mesmo com os altos e baixos na qualidade do anime é impossível não lembrar de algum episódio marcante de Pokemon, independente da sua idade. Já a série Persona teve algumas adaptações diferentes para o mundo dos animes, Persona 4 e Persona 4: Golden tiveram versão animada, Persona 5 também teve uma adaptação, mas a versão de maior sucesso dessa série de RPGs é a adaptação de Persona 3. Persona: Trinity Soul feito pelo estúdio A1- Pictures foi lançado em 2008 e conta os eventos que acontecem 10 anos após a batalha final do game.

Considerações Finais 

Qualquer fã dessas séries já imaginou batalhas épicas que nunca aconteceriam nas animações, e muitas vezes os games possibilitam isso, afinal de contas quem nunca imaginou Hyuga e Schneider jogando juntos em Super Campeões? Os jogos de vídeo game vieram pra alimentar mais e mais o sucesso dessas séries ao mesmo tempo que da uma quantidade de conteúdo, possibilidades e um local de experimentações para os fãs, infelizmente devido ao nome forte das franquias, por vezes os jogos são de qualidade duvidosa e não entregam um produto tão primoroso. Sendo bons jogos, ou jogos não tão bons assim, esses títulos marcaram os fãs e estão na memória de muitos e muitos fãs das séries japonesas, afinal de contas a nostalgia de forma saudável é sempre bem vinda. 

6 de novembro de 2020

5 Jogos Que Não Renderam Review

 Muitos jogos de diferentes estilos ja passaram por aqui, mas o que ninguém sabe é que muitos outros títulos foram jogados e não chegaram a ter um post próprio, com muitos motivos diferentes, seja por não conseguir terminar o jogo por problemas técnicos, por não terminar um game definitivamente por ser muito ruim a experiência ou por quaisquer outras coisas. Se quiser saber um pouco mais dos bastidores do blog e talvez me dar força pra voltar à esses jogos, para que um dia a review deles apareça por aqui é só continuar lendo e deixar seu comentário lá em baixo.

Mafia III

Game lançado pela 2K no dia 7 de outubro de 2016, o terceiro capitulo da franquia não é um game ruim, tem uma ótima ambientação e retrata uma Nova Orleans da década de 60 com maestria, tem ótimos personagens e tenta mostrar a ascensão da criminalidade no pais e também os conflitos raciais existentes até hoje. O titulo trás gráficos interessantes, um mundo aberto não tão grande, mas com coisas para serem feitas em praticamente qualquer lugar, o que é um ponto positivo. Porém, nem tudo são flores e o maior problema da franquia ficou maior ainda aqui, tudo se resumo a ir do lugar X ao lugar Y, matar quem estiver atrapalhando, coletar dinheiro e ir embora é extremamente maçante e torna o jogo cansativo, se isso não fosse suficiente, o ritmo em que o enredo se desenvolve e o jogador evolui é lento, muito lento, o que deixa aquela sensação de progressão distante e desestimula quem está no controle a continuar, e o motivo do jogo não ter aparecido aqui é justamente este, não consegui chegar ao final do game por estar cansado e sentir que a história não estava progredindo e a evolução do personagem era quase inexistente.


Anthem

Um RPG de ação, baseado em loot box (sem micro transações,) feito pela BioWare e lançado janeiro de 2019, com gráficos de cair o queixo e um combate mais frenético que qualquer outro game da empresa, o que poderia dar errado não é mesmo? Bom, neste caso tudo o que poderia dar errado, deu errado. O jogo é repetitivo, maçante e extremamente cansativo, e isso não tem ligação com o estilo do jogo, o meu game preferido dessa geração é Monster Hunter World, que em essência é muito repetitivo, mas em Anthem você é desestimulado ao extremo, as recompensas não são diretas ou dão aquela sensação boa de conseguir um item em especifico. A player base do jogo ficou escassa muito rápido, o que diminui a vida útil do titulo, por ultimo mas não menos importante, a falta de conteúdo dentro do universo é tremenda. Uma ótima ideia, mas uma péssima execução. A história dessa vez foi finalizada mas não foi possível explorar o jogo como era necessário, por isso não apareceu pro aqui. 



Mass Effect: Andromeda 

A continuação da franquia de sucesso da BioWare vinha com uma expectativa muito grande e ela deu as caras em março de 2017, tirando todos os problemas do lançamento com texturas e desempenho gráfico, o jogo é um grande deserto, cada planeta é muito bem feito, são ecossistemas lindíssimos e tudo é bem chamativo, porém tudo isso é jogado pelo ralo com o vazio existente no mundo, não são raros os momentos em que você chega em um planeta e começa a explora-lo, mas tudo o que você encontra é um grande vazio, sem criaturas, sem muito o que explorar, minutos e minutos andando do ponto A ao ponto B sem nada para fazer no caminho, no fim das contas o game é um grande playground vazio. Se esse mundo cheio de nada não fosse os suficientes os novos personagens são pouco carismáticos e não prendem a atenção como o Comandante Shepard conseguia fazer.


Final Fantasy 15 

Talvez este seja o melhor jogo dentro os citados aqui, um combate competente e ágil, assim como um sistema de itens e habilidades interessante, apesar de simples, os personagens principais também conseguem ter visuais carismáticos mas não se pode dizer o mesmo do desenvolvimento dos mesmos, e aqui começa a ficar claro o problema do titulo, todo o enredo, toda a narrativa e desenvolvimento de personagens do jogo são ruins, hora lento demais, hora acelerado demais, no fim das contas a história do game não é o suficiente para fazer sentido, sendo necessário todos os conteúdos lançados no universo de FFXV, como o filme animado Kingsglaive. Logo no ponto que a maioria dos jogos da franquia brilha, Final Fantasy XV decepciona, e em um nível tão grande que foi necessário jogar 3 vezes a história para que eu entendesse tudo. Na primeira vez que terminei o game, mais da metade das cenas fora ignoradas, o enredo ruim não condiz com a gameplay, pra infelicidade dos fãs da série.


Atualizações Legends of Runeterra

Legends of Runeterra é um card game que teve sim um texto publicado (se quiser conferir é só clicar aqui), mas como todo jogo do gênero ele continua se expandindo, trazendo novas regiões  e com mecânicas únicas e também novas cartas para as regiões na existentes, com isso o game continua se modificando, graças as novas mecânicas de jogo e combinações possíveis utilizando cartas novas e antigas. Com todo esse conteúdo chegando e tanto movimento no jogo, qual o motivo disso não aparecer aqui? É muito simples, o público seria um nicho muito pequeno e mesmo eu gostando de LoR, esse esforço e tempo pode ser investido em temas que irão render mais para o blog e também vão manter o tom que eu espero. Mas então, aqui fica a pergunta, esse tipo de conteúdo deveria aparecer por aqui?

Considerações Finais 

Muitos motivos existem para posts não aparecerem por aqui, jogos mais antigos ou que emuladores se fazem necessários parecem não agradar por exemplo, outros jogos simplesmente não me agradam, chegando em um ponto que acho injusto comentar sobre algo que nem tive a experiência completa, e até problemas puramente técnicos já me fizeram desistir de um game e por consequência, desistir de escrever sobre ele. No fim das contas o único motivo de existirem jogos com textos que nunca aparecerão aqui é a qualidade, se fugir dos padrões impostos por mim mesmo, ele não vai ser publicado. Se você chegou até aqui, por favor não se esqueça de compartilhar o blog, e também de seguir o perfil do Twitter @ReviewsDoDino

30 de outubro de 2020

Games Para Jogar no Halloween

 O Halloween é amanhã, então nada melhor do que comemorar essa data com alguns games que passam toda as sensações que envolvem este dia, os sustos, o medo, a tenção, a adrenalina e tudo mais. Aqui teremos uma lista de 5 games, e algumas menções honrosas também.


Dead by Daylight

Lançado em 14 de junho de 2016, o game trás várias criaturas e monstros do terror para assombrar e acabar com um grupo de sobreviventes, falando assim parece um jogo bem genérico mas não é bem assim. O titulo conta com um sistema de evolução de personagem bem interessante, com varias habilidades diferentes para cada um dos monstros disponíveis, tornando as tarefas que as pobres devem cumprir cada vez mais difíceis. Se o objetivo é dar algumas risadas em meio a vários sustos com os seus amigos, Dead by Daylight é uma ótima pedida, que também se faz válida quando se tem mais pessoas do que espaço para jogar, já que assistir game plays e lives (se quiser saber um pouco mais sobre as lives, tem um podcast falando só sobre isso, clica aqui e vai lá conferir) deste jogo também é muito divertido.

Blair Witch

O jogo deu as caras em 30 de agosto de 2019, e trouxe toda a sensação que o filme de 1999 para os vídeo games, uma boa transcrição dos found footage dos cinemas para os jogos e é uma ótima homenagem ao cinema dentro do mundo dos vídeo games. Infelizmente o game é curto e pode conter alguns bugs que prejudicam a jogatina, porém ele se destaca por não ser mais um titulo recheado de jump scare, aqui o terror é baseado no horror psicológico e faz muito bem isso. Apesar do game ser relativamente curto, o jogo tem mais de um final o que garante o fator replay para o titulo, um mais aterrorizante do que o outro. O meu amigo Riatineo que participou do podcast sobre lives jogou esse game ao vivo e se vocês forem nas suas transmissões e pedirem, com certeza ele joga mais games de terror pra vocês.

Silent Hill

Survivor Horror lançado em 1999, o game sabia usar bem o PlayStation 1, inclusive suas limitações que foram usadas para a narrativa do game como uma névoa que dificultava a visão e criava uma tensão cada vez maior, a baixa visibilidade do mapa cria a sensação de desconhecido e a insegurança de simplesmente caminhar pelo jogo já está criada. Mas o jogo não se trata de um terror psicológico e sim um jogo de horror, e como ele faz isso? Bom, o titulo apresenta cenas e contextos absurdos que deixam o jogador extremamente impactado e se perguntando a todo momento, por quê? 
Além disso o game é o primeiro de uma franquia bem conhecida e pode ser a porta de entrada para mais experiências futuras, além disso um filme baseado no game existe e também é uma experiência válida.

Witch It

Muita gente gosta da temática do Halloween, mas não é lá muito fã de tomar sustos ou ficar com medo durante seu momento de jogatina, por isso temos Witch It, lançado em 31 de maio de 2017 o game se trata de bruxas tentando se esconder dos caçadores, um grande esconde-esconde temático, dinâmico, muito divertido e acessível, não é um game mecanicamente exigente e isso é um ponto muito positivo. A possibilidade de se disfarçar como objetos do cenário da uma dinâmica interessante e com certeza rende muitas risadas e momentos que irão ficar por muito tempo na cabeça, além disso o game conta com 3 modos de jogo e 9 mapas, o que garante uma vida útil bem grande pro titulo, por um baixo investimento.


Resident Evil 7: Biohazard

A Capcom estava errando com a franquia a algum tempo, até que a empresa resolveu mudar um pouco as coisas e em 24 de janeiro de 2017 o novo capítulo da franquia da as caras com uma história, a principio, separada dos outros títulos, com gameplay em primeira pessoa e muito mais focado no terror do que seus antecessores (se quiser saber mais sobre a história recente da Capcom, é só clicar aqui), foi uma ótima forma de reascender a série e foi sim um game bem aceito, tanto pela crítica quanto pelo público. Como um jogo em primeira pessoa, a qualidade dos gráficos aqui é impressionante e a possibilidade de jogar em VR no PlayStation 4 é de se impressionar. Passar por essa experiência pode ser um prato cheio para os amantes do terror.

Menções Honrosas 

Muitos jogos não apareceram aqui, mas poderiam estar presentes, como Outlast por exemplo, porém as menções honrosas aqui vão ser direcionadas a jogos que não são focados no terror nem nada do tipo nas que tem visuais baseados em monstros ou coisas relacionadas ao Halloween, e os jogos que mais se destacam nesse quesito, para mim, são: Overwatch e League Of Legends, ambos os jogos tem visuais para seus personagens se inspirando em lendas, contos e elementos do dia das bruxas. Nada mais legal do que um visual diferente e temático pro seu personagem preferido não é? 
Janna Feiticeira, League Of Legends

Terror Tracer, Overwatch

Considerações Finais

O terror é um gênero que surgiu com muita força, principalmente na era 3D dos vídeo games, e conquistou muita gente ao longo dos anos, abordando várias formas de atingir o jogador, seja através de um susto atrás do outro, do horror visual ou do terro psicológico, muitas coisas foram absorvidas de outras artes como o cinema e novas técnicas foram construídas para funcionarem apenas nos jogos. Se obras em que o consumidor é passivo são famosas por passarem uma sensação de perigo controlado, imagina estar na pele de quem passa por todos os sustos e horror, com uma imersão dificilmente obtida em séries e filmes? O terror está muito bem abrigado nos games, e o publico agradece.

23 de outubro de 2020

Burly Men at Sea

 Mais um game indie chegando por aqui, e mais uma vez uma experiência bem divertida e que valeu muito, particularmente falando jogos assim tem ganhado cada vez mais espaço para mim e eles vão ganhar em lugar cativo aqui, a ideia é trazer ao menos um texto sobre jogos de menor expressão e mostrar como eles podem mexer com o jogador, seja oferecendo um grande desafio mecânico ou uma história tocante e que ataca nossas emoções. Se a ideia te agrada, ou não, de um feedback pra saber se vai mesmo acontecer isso nos próximos meses.

Agora sobre o game em si. Burly Men at Sea foi desenvolvido pelo estúdio Brain&Brain e lançado no dia 29 de setembro de 2016 para Windows, sendo lançado no ano seguinte para Mac, iOS, Playstation 4 e PS Vita, posteriormente também chegou ao Nintendo Switch, a premissa do jogo gira em torno da expressão "história de pescador", seguimos 3 homens barbados enquanto eles vivem histórias dignas da literatura.

Enredo

Vamos falar da jogabilidade agora, mas calma ai, antes de me apedrejar por estar colocando isso aqui me da um tempo pra explicar. A jogabilidade é tão minimalista quanto a arte do jogo, tudo se resume em andar um pouquinho, mexer a câmera pra la e pra cá e apertar o botão de ação, tudo isso para que o verdadeiro astro brilhe, e este é o enredo. Agora sim, o enredo do game de divide em varias mini histórias que podem ser refeitas e assim é possível mudar algumas das escolhas feitas no percurso, fazendo o resultado final ser totalmente diferente, cada história brinca com lições de vida e com os "e se" que passamos conforme passamos por experiências em vida, nem tudo é o que parece e a forma como lidamos com os problemas e situações adversas é posta no jogo de forma bem inteligente e interessante, tudo isso apenas através dos textos em tela e a diferente personalidade entre os marinheiros que contam com uma ótima química como equipe. No fim o que fica é um grande momento contemplativo e reflexivo sobre questões muito pessoais para cada um, a experiência com o jogo muda de acordo com suas experiências em vida.


Gráficos e Áudio 

Os gráficos e áudio do jogo estão juntos pois seguem um mesmo conceito minimalista, eles são simples e super funcionais, entre os personagens a única coisa que os distingue são os sapatos e a cor de suas barbas, enquanto todo o visual é composto por cores solidas e formas não muito complexas para compor cenário. Enquanto isso o áudio parece ser feito completamente pelos 3 marinheiros em tela, com muitos dos sons sendo feitos com a boca ou com batuques simples e pouquíssimos instrumentos, a sensação que passa é a de um momento de diversão, descontração e distração para os marinheiros. Todo esse estilo minimalista funciona bem e faz até com que eles se tornem estranhamente carismáticos quando olhamos pros personagens em tela.  


Considerações Finais 

O quanto você gosta de Burly Men at Sea e aprecia a experiência do game diz muito mais sobre o jogador do que sobre o jogo, ele nos leva por uma viagem de reflexão enquanto é possível contemplar momentos bonitos, surpreendentes e até engraçados em certos pontos, mais uma vez os jogos indies me surpreendem e mostram ser uma alternativa de experiência para quem não tem muita grana pra investir, e podem ser tão recompensadores quanto jogos de empresas maiores, apesar da sua curta duração que varia de 2 a 3 horas. Uma viagem através de histórias de vida, seus vários pontos de vista e uma pitada de metalinguagem.