Uma das franquia de corrida mais antigas e famosas dos vídeo games, Need For Speed não vivia bons tempos no inicio da década 2010, até que em 2015 a série tomou um reboot e conseguiu mudar um pouco a visão do publico e da critica sobre a franquia, não muito tempo depois em 2017 mais um game apareceu, com algumas melhoras e outras escorregadas, mas no fim das contas, Payback foi um bom game pra franquia ?
Enredo
Qualquer semelhança com Velozes e Furiosos não é mera coincidência, as histórias de de Need For Speed estavam caindo de qualidade ao longo dos anos e Payback foi uma tentativa de criar algo que se leve um pouco mais a sério ao mesmo tempo que cria cenas e momentos cinematográficos, infelizmente as coisas não deram tão certo assim.
Personagens ruins podem ser suficientes para fazer um game ser extremamente ruim, mas isso não foi tudo de negativo que o enredo trouxe, a história em si é fraca, simplesmente por falta de profundidade, tudo se resume em: Correr para derrubar uma equipe, conseguir aliados e correr para derrubar uma equipe maior ainda. Tudo isso não gera profundidade e um game que ao mesmo tempo tem ar de uma história de cinema, tem um desenvolvimento extremamente mal feito e não consegue cativar e nem ir mais a fundo. Talvez um game mais focado na relação de Jess com Weir em busca de derrubar uma organização maior, a relação entre dois personagens bem construídos pode carregar um game nas costas.
Jogabilidade
O game tem 5 estilos de corrida: Corrida, Off-Road, Drift, Drag e Fuga. Dentre eles um merece destaque negativo, o Off-Road é péssimo, o controle dos carros é extremamente instável e não de um jeito positivo, não parece que estamos dirigindo um carro na terra e sim que estamos tentando correr no sabão, e para um jogador casual é praticamente impossível acertar os Drifts durante os momentos na terra, um exemplo muito melhor de corridas assim é The Crew 2, que tem um controle mais estavel e mais padronizado, enquanto em Payback é difícil saber a reação do carro em certos momentos, em The Crew 2 mesmo com reações estranhas as vezes você sempre sabe como o carro vai se comportar.
Mas nem tudo são flores mortas, os outros 4 modos entregam tudo o que prometem e com momentos bem divertidos, cada modo tem pequenas variações dentro dele e isso ajuda o game a se tornar menos cansativo, os controles na estrada e a forma de fazer Drift no asfalto é de se admirar e é bem gostoso de jogar, chega a ser impressionante essa qualidade na gameplay em comparação ao enredo. Uma das maiores criticas que o game recebeu foi na evolução dos carros, mas com a experiência de jogar o game 2 anos depois do lançamento é possível dizer que não é tão ruim assim, as peças que conseguimos depois das corridas nunca são piores que as nossas, nem das lojas e muito menos as que conseguimos por trocas, então a evolução é gradual como em qualquer outro game de corrida, juntar dinheiro e conseguir melhorar o carro.
No fim das contas a jogabilidade é um pouco melhor que as cosias apresentadas pela franquia nos últimos anos, então a sensação com o controle na mão é muito melhor que vinha sido apresentado.
Trilha Sonora
Primeiramente, por que o nome dessa seção é trilha sonora e não áudio? Os efeitos sonoros do game são discretos e não fazem nada que impressione, tudo o que é possível ver aqui já foi apresentado em vários outros games do gênero, então o espaço dedicado ao áudio vai ser totalmente sobre a trilha sonora, que merece sim destaque.
As musicas são incríveis e flutuam entre o Rap e o Rock, em suas diferentes formas, artistas grandes aparecem como Post Malone, Jaden Smith, Royal Blood, Gorillaz e até uma atração brasileira, Haikaiss com Rap Lord. A trilha sonora poderia facilmente virar uma playlist no Spotify e iria alcançar um grande publico. A maior falha aqui é a falta de controle das musicas, não é possível montar a sua estação de radio dentro do game para ouvir apenas suas musicas favoritas dentre as disponíveis no game.
A única ressalva a ser feita quanto ao áudio é a falta de uma dublagem em português, desde o fim da geração passada é praticamente inadmissível não ter dublagem nos games, já que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a indústria.
Gráficos
O foco do jogo era a narrativa, que foi muito mal diga-se de passagem, mas com isso em mente é fácil entender os acertos e os deslizes no quesito gráfico, o que não quer dizer que os erros devem ser desconsiderados e nem que os acertos devem ser menos exaltados. O jogo se passa em Vale Fortune, cidade fictícia fortemente inspirada em Las Vegas, e o maior acerto do jogo está fortemente relacionado a isso, a ambientação é boa, a cidade parece viva e funcional, ela realmente tem ar de uma cidade real, em comparação com o anteriormente citado The Crew 2, que tem cidades muito bonitas sim, mas com um ar de artificialidade que pode incomodar um pouco.
Nos outros aspectos o game falha miseravelmente, os amassados são artificiais e a física nos gráficos é um pouco confusa, com colisões simples estourando os vidros enquanto outras mais severas não causam nenhum arranhão, se esquecermos a física e pensarmos um pouco mais nos detalhes, outros problemas começam a surgir como a baixa resolução nos adesivos disponíveis e alguns elementos visuais que demoram à carregar em tela, chegando ao ponto de carros da policia aparecerem subitamente no cenário pois o game não consegue carregar tantos elementos gráficos ao mesmo tempo.
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