29 de maio de 2020

Monster Hunter: World

Um mundo repleto de monstros, um sistema de customização de equipamentos massivo, uma alta interatividade multiplayer no modo cooperativo e um sistema de combate que deixa qualquer RPG moderno com inveja, o game de caçar monstros gigantes foi um sucesso incontestável vendendo mais de 15 milhões de cópias, se tornando o jogo mais vendido da Capcom. Monster Hunter: World foi lançado dia 26 de janeiro de 2018 produzido e publicado pela Capcom, mesma empresa dos clássicos Megaman e Street Fighter , o sucesso do jogo foi tanto que alcançou o premio de melhor RPG do ano em que foi lançado no The Game Award, o Oscar dos vídeo-games. Antes de começar de fato aviso que a Review vai ser dividida em duas partes, uma para o game em si e uma para sua expansão Iceborne, dito isso, vamos la.
Monster Hunter World foi um tiro certo para a empresa japonesa, que vem acertando nos últimos anos com uma frequência absurda, a franquia que já era sucesso e dava lucros, mas era muito fechada no seu nicho. De olho em um grande mercado a ser explorado a interface do jogo se tornou mais amigável, as informações de dano e dano critico também se tornou mais transparente, agora o dano aparece ao acertarmos o monstro e em cores diferentes dependendo do tipo de dano, descrições de varias mecânicas e funcionalidades do game são descritas de forma bem longa mas bem eficiente, fazendo com que pessoas que nunca tiveram contato com a franquia consigam entender como as coisas andam por aqui.

Enredo

Como de costume, vamos falar de enredo mas aqui ele existe apenas pra nos apresentar os monstros e os mapas, basicamente isso, a história é apenas um pretexto para caçarmos essas criaturas e isso foi um dos pontos que criaram polêmica ao receber o premio de melhor RPG do ano em 2018, pois tem uma história extremamente pobre, sem interação alguma e personagens muito estereotipados. Mas isso não é um problema, pois o jogo nunca se propôs a ser um game de história bem desenvolvida, nos títulos anteriores  a história nem ao menos era contada de forma direta como acontece agora, então não se preocupe pois o jogo brilha em outros aspectos.

Gameplay 

Quanto a mecânicas de jogo ele é claramente um jogo de ação, toda as 14 armas disponíveis no jogo tem combos e comandos únicos, que diferenciam a jogabilidade, é possível dizer com tranquilidade que a experiencia do jogo se divide em 14 pois cada missão tem dificuldades e facetas diferentes para cada arma usada. Sentimos o peso de martelos e espadões, a fluidez de katanas e outros tipos de lamina, se isso não te agrada ainda pode tentar saltar e montar em monstros enquanto tem um inseto pra ajudar a glaive inseto está ai pra isso, agora se atordoar seus inimigos na base da força bruta, cortar suas partes ou montar neles para tentar derruba-lo não te agradar, você pode tentar ajudar seus companheiros durante suas caçadas (podem ser feitas em até 4 jogadores ou com a ajuda de seu amigato e outros companheiros animais) com um berrante de batalha e se ainda assim não se identificou com nem uma arma temos duas armas de fogo, uma leve e uma pesada e também um arco e flecha.

 E se 14 armas diferentes não for suficiente o game conta com 36 monstros diferentes para serem caçados incontáveis vezes. Com tantas armas e tantos monstros o que vem em mente é a customização, e isso é algo que impressiona, diferente da maioria dos RPGs usa de status e pontos a serem distribuídos em características do personagem, já aqui o que diferencia um personagem dos outros é a sua armadura e sua arma, todos os monstros do game tem armaduras e armas próprias que podem ser construídas com partes destes monstros, eventos também trazem armas  e armaduras únicas e missões de arena dentro do jogo também dão itens que possibilitam criar novas armas e armaduras.

Quanto aos biomas disponíveis, temos 5 mapas que se dividem basicamente em uma grande floresta, um deserto belíssimo, um grande cemitério de monstros com cadáveres e ossos, o fundo do mar sobre a terra e uma região vulcânica. Todos os mapas são extremamente detalhados e tem itens únicos para serem coletados, itens estes que são usados para construir itens consumíveis e principalmente armaduras novas. Os mapas são lindos, extremamente detalhados, vivos e dinâmicos, e acima de tudo sem telas de carregamento que existiam entre as seções do mapa, essas tela não existem mais, mesmo com mapas maiores e mais bonitos do que nunca visto na série.

Gráficos e Áudio 

Os gráficos impressionam, com a quantidade absurda de conteúdo presente no game, com inúmeras armaduras e armas diferentes, com designes bonitos e mesmo com tudo isso o gráfico impressiona, certos monstro vemos pelagem e escamas no mesmo corpo funcionando de forma perfeita, a qualidade das peles, pelagens, dentes, garras, tudo é muito bonito, além disso a customização de personagem é bem completa e com um estilo muito realista, os cabelos são o maior destaque com um realismo que impressiona em um game de RPG que normalmente não tem gráficos tão bonitos.
Os efeitos sonoros são muito bons, os sons dos monstros, das armas sendo brandidas, os efeitos enquanto andamos no mapa, os sons são muito competentes mas o que impressiona é a trilha sonora, são musicas de orquestra que passam o clima épico dessa aventura.

Monstros

Bom, e quanto as criaturas temos uma variedade muito grande, desde dinossauros, galinhas gigantes, lagartos indo até os dragões mais clássicos, são mais de 30 monstros com movimentos, formas e comportamentos únicos, inclusive com dinâmicas estabelecidas de caça e caçador entre eles e guerras de território bem interessantes já que um monstro dito mais fraco pode sim sair vitorioso de um combate com um monstro mais poderoso se os caçadores machucaram ele o suficiente, cada caçada pode ser completamente diferente considerando as guerras de território, o mapa em que você está e sua arma, nem uma caçada é igual a outra. Além disso a Capcom foi fantastica ao alimentar o game após seu lançamento, com eventos entre suas franquias como Devil May Cry, Street Fighter e até Residente Evil, mas a empresa japonesa não parou ai, com o retorno de monstros famosos de franquia como Lunastra e também novos monstros como a Kulve Taroth e a Capcom não parou por ai, com eventos de The Witcher e Horizon Zero Dawn, tudo isso para manter os jogadores ativos durante meses e meses a fio.

Pós-Game 

Depois de tudo isso o game parece de fato bem interessante, mas o desafio real só aparece depois de terminarmos o modo história, pois quando terminamos temos acesso completo ao game, com monstros que não aparecem durante o enredo e agora você pode encarar os monstros visando construir suas armaduras e aprimorar suas armas, fazer inúmeras caçadas procurando as jóias perfeitas para completar o seu conjunto de equipamentos da melhor forma possível e se tornar o caçador mais poderoso, tudo isso se preparando para desafios cada vez maiores, enfrentando os monstros aguerridos que são mais violentos e poderosos ou até enfrentando as versões mais poderosas possíveis dos incríveis dragões anciões. 


Aleatoriedade 


Infelizmente um ponto negativo das jóias são sua aleatoriedade, não podemos filtrar de forma alguma as joias que iremos conseguir, com isso conseguir uma joia especifica pode levar mais de 100 horas ou pode ser conseguido em apenas uma caçada. Um modo de construir essas jóias através de partes de monstro seria muito bem vindo e ajudaria muito, mesmo diminuindo consideravelmente o tempo de jogo do game, que ainda continuaria passando das centenas de horas 

Considerações Finais

Monster Hunter World foi um sucesso que a Capcom não esperava, se  tornando o titulo mais vendido da empresa, o game entrega tudo o que ele promete, o visual dos monstros esta fantástico nesse retorno aos consoles de mesa, as armaduras e nosso personagem também não fica para traz, o maior incomodo dos antigos fãs foi com o designe de algumas armas, mas nada que estrague a experiencia, as horas e horas de caçadas fazem você sentir a progressão de forma muito orgânica, pois ao mesmo tempo que vamos construindo novas armas e armaduras, vamos aprendendo como os monstros de comportam e é muito divertido observar o comportamento deles.

 A diversão é garantida por muito tempo com esse incrível RPG, com as horas de gameplay variando das 40 a 50 horas do modo história até centenas e centenas de horas usadas para aprimorar seus equipamentos e caçar monstros cada vez mais desafiadores. E não se preocupem, quando o conteúdo de Iceborn estiver completo a review sera feita também.

22 de maio de 2020

PODCAST - Top 10 jogos da sua vida - Edu

Hoje eu tenho aqui comigo o primeiro Podcast do blog, no formato de um top 10 vamos falar dos jogos que mais marcaram a vida dos vários convidados que irão passar por aqui, espero que se divirtam e que gostem desse novo tipo de post por aqui. Mas os posts normais não serão deixados de lado, só irão diminuir a frequência pois junto com os podcasts quero trazer outros tipos de conteúdo pro blog, sendo assim teremos dois jogos por mês aparecendo, com duas datas vagas  para posts diferentes. Agora aproveitem o podcast, e pra quem quiser conferir os jogos que aparecem no top 10 que temos reviews no blog, vou deixar os links abaixo da imagem, pra ninguém levar spoiler.
Também queria me desculpar por eventuais perdas de qualidade no áudio, pois por motivos óbvios, toda a conversa foi gravada via Discord, sendo assim algumas partes ficaram com qualidade não tão boa devido a conexão de internet. Link



15 de maio de 2020

Legends of Runeterra

Saindo do mundo dos MOBAs, a Riot Games lança seu jogo de cartas baseado no universo de League of Legends, com laçamento mundial no dia 30 de abril de 2020, para computadores e celulares, após cerca de 3 meses de beta aberto e junto com isso vem também uma nova expansão. Depois de 10 anos dentro de um único gênero, será que a Riot conseguiu entregar um bom game pra um mercado saturado?

Amalgama do Mercado

Legends of Runeterra de cara pode ser considerado um bom jogo de cartas, a desenvolvedora soube olhar para o mercado e detectar todos os erros e acertos de seus concorrentes para criar a sua colcha de retalhos perfeita, usando apenas os acertos de seus concorrentes, você quer um game com mecânicas robustas e muitas combinações possíveis como Magic?
Aqui você tem, são 7 grupos diferentes de cartas ( Piltolver e Zaun, Noxus, Demacia, Ionia, Freljord, Ilhas das Sombras e a nova região Águas de Sentina), podendo mesclar até 2 deles para montar seu baralho, além disso as cartas tem características diversas, tornando elas mais resistentes, atravessando as defesas inimigas ou até tentando driblar os adversários para atacar diretamente os pontos de vida dele. 

Se você procura um jogo que rode no seu celular, seja bonito, otimizado, com mecânicas diferentes que provavelmente só seriam possíveis por ser um jogo eletrônico, tal como Hearthstone faz?
LoR também entrega isso, com mecânicas interessantes e bem otimizadas, com um gráfico lindíssimo para um jogo de cartas e com animações impressionantes para os Campeões, que aparecem aqui como as estrelas de seus baralhos. Runeterra absorveu tudo de bom que os jogos de carta eletrônicos fizeram ao longo dos anos e assim conseguiu mixar tudo de forma consistente e palatável, até mesmo para pessoas que não tiveram contato com cardgames antes.


Novos Jogadores

A Riot Games se preocupou com a grande quantidade de jogadores que nunca jogaram nada assim antes, para que eles pudessem apreciar essa nova experiencia de forma satisfatória e sem grandes dificuldades e em certos níveis eles conseguiram sim entregar isso mas não totalmente. Em muitos pontos o jogo é muito claro e entrega informações de forma simples e direta, como ao passar o mouse em certo ponto da mesa e assim podemos ver todo o calculo de dano do game, sabendo assim as cartas que serão destruídas, quanto dano iremos dar e quanto dano iremos curar, caso isso aconteça. Outro ponto positivo são as habilidades, todas são muito explicitas visualmente falando, por exemplo a habilidade Elusivo, cartas com essa habilidade não podem ser bloqueadas por nenhuma criatura que também não tenha essa característica, todas as cartas com esta habilidade tem uma névoa sobre si, mostrando que tem este poder nelas. 

Em contrapartida, as mecânicas de jogo são sim complexas, tanto por serem muitas quanto pelas suas interações, é uma quantidade de informação muito grande para ser absorvida logo de cara e isso pode assustar quem não tem experiencia com o gênero, tornando a experiencia frustrante com muitas derrotas em sequencia por não entender o que esta acontecendo, não por falta de informação do game mas por simples e pura inexperiência e infelizmente grande parte dos jogadores de Legends of Runeterra não estão acostumados com jogos de cartas, podendo dar uma explosão inicial muito grande para o game, mas fazendo com que ele caia de forma tão veloz quanto em não muito tempo.

Mercado Interno 

A economia do jogo é algo para se destacar, indo por um caminho contra intuitivo, o game não tem boosters, os famosos pacotinhos de cartas, para serem comprados ja que no lugar deles o jogo entrega capsulas com itens, sejam cartas, coringas (uma carta em "branco" que pode se transformar em qualquer carta de raridade igual) ou essências para comprar cartas em especifico, com isso não adianta você colocar muito dinheiro de uma vez só no game, ainda é possivel conseguir cartas usando sua carteira, mas isto tem um limite, sendo assim temos que jogar para conquistar as melhores opções e construir o baralho desejado, acima de tudo o esforço aqui é bem recompensado já que trocas internas não existem, sem preços abusivos com a moeda interna e sem se tornar "pay to win" com grande vantagem pra quem coloca dinheiro no game. 

Mas como a Riot vai lucrar com um jogo gratuito em que podemos conseguir todas as cartas apenas jogando? 
Fazendo o que ela faz de melhor, vender cosméticos e aqui temos muitos, sejam versos de cartas, arenas diferentes e até um companheiro que fica no canto da mesa enquanto você joga, temos opções para modificar tudo isso e confesso que já me sinto tentado a comprar um novo companheiro para me acompanhar nas partidas.


Considerações Finais

Legends of Runeterra tem tudo para ser um grande jogo mesmo com um gênero tão saturado no mercado, ele é uma colcha de retalhos do melhor jeito possível, absorvendo todos os acertos dos seus concorrentes e descartando sabiamente os erros dos rivais. Um game com ótimos gráficos e muito bem otimizado, como mostrado em sua versão para celulares mas além disso ótimas mecânicas de jogo, com muito dinamismo durante os embates, sendo possível responder as ações do adversário durante o turno dele e até colocando mais criaturas em jogo, mesmo sem estar na sua fase de ataque. As artes das cartas são belíssimas, sendo verdadeiros papeis de parede maravilhosos em alguns casos. Os unicos pontos "negativos" são a falta de originalidade e sua curva de aprendizado, sem mecânicas inovadoras nem nada do tipo, ele é mais uma roda no meio de tantas outras mas uma roda muito bem feita, além disso a demora de adaptação e aprendizado de novos jogadores aos jogos de carta sempre é demorada e aqui não é diferente, por vezes a sensação de frustração pode tomar conta de quem esta começando a jogar.
Apesar destes problemas, LoR é sim um grande jogo dentro de seu gênero e merece respeito, uma ótima pedida para fãs de cardgame, com ótimos gráficos, mecânicas interessantes e bem polidas e balanceamento muito bem feito, o titulo já se torna quase indispensável para qualquer amante dos jogos de cartas, mesmo que não se mantenham jogando, a experiencia vale apena com toda a certeza.

Se você se interessou em jogar é só clicar aqui e baixar o game! 

8 de maio de 2020

Uncharted 4: A Thief's End

Next gen baby! Essa é a melhor frase para definir o game, depois de tantas aventuras indo de El Dorado, passando por Shambhala indo até Ubar,o Irã dos Pilares. Uncharted 4: A Thief's End saiu depois de The Last of Us, sendo assim a Naughty Dog tinha muitos holofotes em cima de si, seja pela sucesso do seu ultimo titulo ou por ser o que aparentemente é o ultimo titulo da franquia. Lançado em 10 de maio de 2016 para Playstation 4, foi um ótimo encerramento para a série, com ótimos acertos, refinamentos e adições, mas ainda assim tem alguns pequenos problemas. Vem comigo e descobre os pontos altos e baixos do game.


Enredo

Dessa vez o protagonista, a pedido de seu irmão, Sam, que ressurgiu após muitos anos, vai em busca do tesouro do pirata Henry Avary, para salvar sua vida que esta nas mãos de Hector Alcazar, homem que libertou seu irmão da cadeia se este o pagasse com parte do tesouro do capitão pirata. A partir disso viajamos ao redor do mundo indo da Escócia até Madagascar e no meio disso ainda temos flahsbacks que contam um pouco quem era a mãe dos irmãos Drake. Com certeza esse é o titulo com maior variedade de cenários, e isso ajuda a nos dar a dimensão de onde estamos nos metendo dessa vez, essa é a maior aventura de Nathan sem sombra de duvidas. Outro ponto a se destacar é que, mais do que nunca, aqui temos a sensação de urgência o tempo todo, o que reflete na nossa forma de jogar, fazendo você correr para ajudar Sam o mais rápido possível. Além de Samuel Drake temos a adição de dois novos personagens, que atuam como vilões do game, sendo eles Nadine Ross e Rafe Adler



A história de Uncharted 4: A Thief's End é, para mim, a melhor de toda a série pois consegue desenvolver os personagens de forma nunca antes feita dentro da franquia, contando mais sobre o passado de Drake, apresentando Sam, irmão mais velho de Nathan que ele pensava estar morto, fato este que pode causar desconfiança e incomodar pois o personagem nunca tinha sido citado anteriormente, mas a química entre os dois é tão real e tão gostosa de acompanhar que compensa essa pulga atrás da orelha, além disso novas informações sobre a mãe do protagonista aparecem, com isso as aventuras do herói parecem fazer muito mais sentido, junto com o desenvolvimento dos personagens a química entre eles ficou muito melhor, as falas estão mais bem escritas e parecem muito mais reais, as conversas são palpáveis e soam muito mais naturais, mesmo que alguns reclamem de certas frases de Nathan, ele sempre foi assim, essas frases sempre estiveram com ele, agora são mais naturais. Essa é a história mais pé no chão dentre todas e pra mim este é um grande ponto positivo, é o game com o enredo mais fácil de se acreditar, não que os outros não fossem, mas não seria um absurdo se um dia algo assim acontece-se na vida real.



Áudio 

As musicas do jogo vieram se refinando cada vez mais titulo a titulo, a trilha esta mais bonita e mais tocante do que nunca, a tensão dos tiroteios são aumentadas com as musicas mais enérgicas e agitadas mas podem mudar rapidamente quando chegamos em momentos mais tranquilos em que só queremos contemplar a paisagem, nestes momento as musicas ficam extremamente suaves ou simplesmente somem, deixando que nós fiquemos apenas observando as lindas paisagens. Mas ainda assim a trilha sonora foi apenas uma evolução, já esperávamos este nível de qualidade pensando que todos os jogos anteriores foram para PS3 e este seria para PS4, a evolução já era esperada, o que de fato surpreende são os efeitos sonoros, os tiros, explosões, coisas caindo ou desmoronando, os sons parecem reais e só aumenta a tenção dos momentos importantes da trama. Outro ponto alto no áudio do game é a dublagem, as vozes em português dos personagens são muito boas, elas convencem, tanto por condizer o que estamos ouvindo com a fisionomia dos personagens quanto pelas falas em si, a adaptação do game para o português brasileiro foi muito bem feita, os destaques aqui vão para Sully e para Sam.

Gráficos

Sendo o único game da saga feito originalmente para o PlayStation 4, A Thief's End é o jogo mais belo dentro da franquia, seja pela qualidade nos detalhe dos personagens que apresentam marcas de expressão e pelos de altíssima qualidade, sendo até hoje uma das melhores reproduções de humanos da geração ou pelas paisagens das mais variadas, sejam cidades, castelos navios, catacumbas, ilhas, praias castelos, com clima tropical ou na gelada Escócia, a reprodução de ambiente impressiona e a iluminação é um ponto que ajuda em muito para toda essa qualidade. Um charme especial nos gráficos esta nas roupas e como elas reagem ao ambiente, as vezes nos sujamos de lama e a roupa se suja de forma muito realista, se cairmos na água depois de nos sujarmos, ficaremos ensopados mas ainda com resquícios daquela lama, é tudo bem natural e orgânico, é lindo de ser ver algo tão detalhado assim
Um ponto que chama a atenção é a diferença gráfica entre as cenas e a gameplay, que assim como God of War faria futuramente, aqui acontece também, a transição é leve e quase imperceptível aumentando a sensação de estarmos no controle de um filme de ação, que é a proposta da franquia desde o começo.


Jogabilidade 

Uncharted 4 é o titulo com a jogabilidade mais polida de toda a franquia, mas eles foram além do refinamento, todos os pequenos problemas que citei nos títulos anteriores foram corrigidos, os tiros na cabeça funcionam perfeitamente dessa vez, as escaladas estão, de certo modo, mais realistas pois agora vemos Drake se inclinar em direção do objetivo, como se quisesse evitar saltos desnecessários, o que faz muito sentido se imaginar aquelas situações na vida real. 
A furtividade do jogo como um todo também foi melhorada, pois é tudo mais claro visualmente falando, é muito mais fácil saber se os inimigos te viram ou não do que nos games anteriores e agora usar o modo furtivo para concluir quaisquer tarefas é uma opção real, é possível evitar seções inteiras de ação e tiroteio se assim o jogador quiser, apenas se escondendo e abatendo alguns inimigos na surdina.
Não temos mais o botão de dica como existia antes, agora pelo fato do protagonista estar durante quase todo o game acompanhado por alguém, o próprio personagem vei falar "Ei Nathan, olha isso aqui" e vai mostrar por onde seguir ou o que fazer, tornando tudo mais orgânico e gostoso, por vezes eu nem percebi que estava perdido e o game estava me ajudando de tão natural que os diálogos ficaram.



E essas foram só as melhorias, mas temos também novidades, grande parte do sistema de furtividade foi feito para este titulo, mas a maior delas foi o uso de um gancho com corda que podemos usar para nos pendurar, balançar, escalar e até puxar caixas para reposiciona-las, em muitos momentos usar esta corda é a melhor opção, em outros é impossível solucionar os problemas sem usar o novo adereço, Drake também ganha um item para se prender em certas partes das paredes, para que seja possível chegar em locais inalcançáveis antes, modificando assim as seções de escalada que por vezes chegavam a ser repetitivas, aqui elas estão bem mais dinâmicas e menos cansativas. 
Por ultimo e não menos importante, a fluidez entre os tipos de ação está impecável, fazendo com que tudo pareça um filme coreografado e não um jogo que vai reagir ao que o jogador faz e grande parte disso esta nas novas interações entre Nathan e os personagens que o acompanham, já que agora eles podem finalizar uma sequencia de golpes, ajudar Drake a se soltar de um inimigo ou até segurar inimigos para que seja possível finaliza-lo . Sair de um abate furtivo para o combate armado e em sequencia uma troca de socos com os inimigos esta tão natural quanto poderia ser.



Porém nem tudo é um mar de rosas, em certos momentos temos pequenas quedas de FPS, nada que vá prejudicar a experiencia, mas elas podem acontecer, as vezes certas texturas demoram um pouco mais pare serem renderizadas, mas isso acontece apenas com objetos do cenário ( ao menos enquanto jogava foi assim), nada vá interagir diretamente com os personagens então olhos menos atentos podem nem perceber este problema, o ultimo problema esta na física do jogo, pois ao mesmo tempo que Nathan está mais cauteloso e buscando formas mais seguras se inclinando e tentando alcançar marcos em vez de saltar, os saltos estão mais inacreditáveis do que nunca, alguns totalmente impossíveis de se realizar. Por fim, o ultimo problema está relacionado a dificuldade do game, mesmo no modo normal ele é extremamente fácil, fazendo com que as partes mais difíceis e demoradas do game sejam os quebra cabeças que aparecem durante a aventura e não uma seção de ação frenética, os inimigos são tão concentrados quanto uma criança de 3 anos que se interessa por um brinquedo e logo o esquece indo atras de outro.


Considerações Finais

Bom, se Uncharted 4: A Thief's End fosse um filme de ação, seria um blockbuster com ótimos efeitos especiais, personagens carismáticos e ainda sim com ótima história, ele não precisa abandonar o desenvolvimento de personagem pra entregar uma ação frenética. Nathan Drake nos cativou com seu jeito canastrão a là Indiana Jones e vai fazer muita falta no mundo dos games, o epilogo em que vemos ele mais velho junto com sua esposa Elena Fisher é de partir o coração de tão bonito que é, ainda mais pela forma como é feito e pela nova personagem apresentada. Então é isso, por enquanto ficamos por aqui com essa franquia. Até a próxima cidade perdia pessoal.