25 de setembro de 2020

PS5 - preços, games e mais

 Semana passada tivemos um resumo do que aconteceu no showcase da Sony sobre o Playstation 5, e nesta semana tem um podcast, ainda sobre este assunto. Se você não leu o post completo é só clicar aqui.

Sem mais delongas, aproveitem o episódio de hoje. Os links citados no episódio estarão no fim do post!!


Showcase da Sony - link

What Remains of Edith Finch - link

Vamos Falar da Volta Por Cima da Capcom - link

Outros podcasts 

Streams - link

Top 10 Jogos da Vida - Edu - link

O Twitter do convidado de hoje é - @Lfmpaes

E o canal na Twich é - twitch.tv/Lfmpaes

18 de setembro de 2020

Resumo do Sony Showcase 16/09/2020

Na ultima quarta-feira (16) a Sony fez seu evento online, trazendo não só novidades sobre os valores do console e acessórios, como também vários anúncios de games para o PS5, então se não conseguiu acompanhar o evento ao vivo ou está meio perdido com tantas noticias saindo em tão pouco tempo, este resumo do evento é feito pra você.

Final Fantasy XVI

O game veio com um trailer para o evento, misturando cenas de gameplay com alguns trechos de animação. Alguns personagens da nova trama são apresentados e também alguns dos monstros que vamos enfrentar durante a jornada. O personagem principal desta vez não tem o glamour que Nocts tinha sendo um príncipe, aqui estamos na pele de um soldado encarregado de proteger Joshua, o filho do Arquiduque. No trabalho do titulo estão presentes Naoki Yoshida como produtor, ele foi diretor de Final Fantasy XV: Realm Reborn, e também Hiroshi Takai como diretor, que trabalha no MMO da franquia. Para mais informações sobre o game vai ser preciso esperar até 2021.


Spider Man: Miles Morales

A Insomniac Games trouxe mais informações, em forma de trailer, sobre a continuação do sucesso que foi Spider Man, evidenciando os detalhes gráficos refinados e um pouco da jogabilidade que é visivelmente diferente se comparada ao Aranha do game anterior. A nova aventura se passa por volta de um ano após o primeiro titulo.


Hogwarts Legacy

Sim, isso mesmo, um RPG em mundo aberto no universo da franquia Harry Potter. O jogo terá locações como Hogwarts e outros lugares já conhecidos pelos fãs, mas também irá apresentar novas localidades e coisas a serem descobertas e exploradas. A nova história vai se passar em 1800, ou seja, antes de Tom Riddle e Newt Scamander.
Você vai assumir o papel de um estudante que é extremamente habilidoso com magias antigas e contem um segredo que pode mudar todo o mundo da magia, e cabe somente a você explorar ou não estas habilidades.
O jogo está sendo desenvolvido pela Avalanche Software em parceria com a Portkey Games, e será lançado para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X e também para PC.


Call Of Duty: Black Ops Cold War

Não tiveram muitas informações sobre este titulo, apenas um trailer com o que parece ser a primeira missão da campanha, mostrando dois personagens já conhecidos dos fãs, Woods e Adler. O novo COD chega dia 13 de novembro para a atual geração e para os PCs, sendo lançado posteriormente para Xbox Series X e PS5. A unica coisa que temos certeza é que a ação em níveis megalomaníacos ao estilo dos filmes mais recentes da franquia Velozes e Furiosos está presente mais uma vez.


Resident Evil Village

Mais um trailer sobre o oitavo jogo da linha principal de umas das franquias de terror mais famosa dos games, neste vídeo os inimigos do jogo tem destaque, com bruxas e lobisomens sendo apresentados ao publico, o vilão desta nova história também pode ser visto ao fim do vídeo. O game está previsto para o ano que vem, sem data confirmada.


Devil May Cry 5

É, este não é um lançamento nem um anuncio tão surpreendente, mas o game vai sim estar presente na nova geração com uma edição especial, trazendo uma das figuras mais conhecidas e amadas da série como personagem jogável, Vergil. Além disso o game vai ter melhorias técnicas, além disso um novo nível de dificuldade e um modo turbo, em que o game vai estar em 1.2 de velocidade se comparado ao original. O novo personagem poderá ser comprado como DLC para quem já tiver o game na atual geração. A Special Edition poderá ser comprada digitalmente para a nova geração por 39,99 dólares

 

Oddworld: Soulstorm

Um novo trailer foi mostrado, de acordo com a desenvolvedora esse vai ser o segundo game de cinco planejados, sendo este uma continuação direta de Oddworld: New 'n' Tasty de 2014, remake de um game lançado originalmente em 1997. O titulo será lançado para PS4, PS5 e PC pela Epic Games.



God of War Ragnarok 

Infelizmente não tem muito o que ser dito, apenas que um teaser curtíssimo foi mostrado, confirmando os rumores de um novo jogo para a franquia, tudo o que se sabe até então é que a continuação da aventura de Atreus e Kratos vai chegar em 2021.

Demon Soul's Remake

Com todos os holofotes no console da Sony, este seria um ótimo momento para ver um exclusivo de peso, um remake de um dos jogos de grande relevância no PS3, mudando a forma de encarar os RPGs japoneses. Destacando a jogabilidade fluida e gráficos de cair o queixo, Demon Soul's está mostrando como se faz um remake para a próxima geração 


Five Nights At Freddy's: Security Breach

Sem muito conteúdo mostrado mas como uma enorme surpresa, a série de jogos que começou como um modesto point and click para computadores, feita com baixíssimo orçamento, aparece no grande evento da Sony no ano, anunciando um novo e belíssimo game para os consoles da empresa japonesa e também para computadores. O titulo não tem data de lançamento mas estará disponível para PS4, PS5 e PC.


Deathloop

Mais um trailer mostrado no showcase, desta vez o objetivo do game foi mostrado e com isso parte da trama também se revela. Devemos eliminar 8 inimigos que causaram o looping temporal, tudo isso em menos de um dia, pra isso a situação perfeita deve ser criada e se as coisas já não estão difíceis o suficientes o protagonista Colt ainda está sendo caçado. A data anterior de lançamento foi adiada, o jogo deve estar disponível entre abril e junho de 2021.


PlayStation Plus Collection

Este é um pedido de muitos fãs da empresa, uma forma de jogar jogos das gerações anteriores nos consoles atuais, ainda não é como o esperado mas já é um passo promissor. Títulos grandes da Sony estarão presentes como The Last of Us, Bloodborne, God of War, Persona 5, Uncharted 4, The Last Guardians e Days Gone, além destes também vai ser possível jogar games de outras empresas que disponibilizaram os jogos para entrar neste pacote, como Battlefield 1 e Monster Hunter: World. O serviço vai estar disponível para os assinantes da PlayStation Plus, até então nenhuma alteração no preço da Plus foi anunciada.

Preços do Console e Acessórios 

O tão aguardado preço do PS5 foi anunciado, e foi uma surpresa para uma parte da comunidade, que esperavam valores exorbitantes para o console, definitivamente não está barato mas nada como os 7 ou 8 mil reais esperados por alguns. Os preços são os seguintes: versão com entrada pra disco R$4.999, enquanto a versão sem leitor de disco estará disponível por R$4.499, além disso os jogos já anunciados giram em torno de R$249,90 e R$349,90. Além do valor dos consoles em si, e da faixa de preço dos jogos, a Sony também revelou o preço de alguns acessórios : Controle sem fio DualSense R$499, Headset sem fio PULSE 3D R$599, Câmera HD com lentes duplas 1080p R$449 e o Controle de Mídia R$199.

Outros Games

Além dos games que tiveram trailer e um espaço maior no Showcase, outros jogos já foram anunciados para o PS5, e aqui fica a lista deles. 

Jogos Indies 
Bugsnax, da Young Horses 
Goodbye Volcano High, da Ko_op
Kena: Bridge of  the Spirits, da Ember Lab
Jett: The Far Shore, da Superbrothers + Pine Scented
Little Devil Inside, da Neostream Interactive
The Pathless, da Giant Squid + Annapurna
Stray, da BlueTwelve Studio + Annapurna
Solar Ash Kingdom, da Heart Machine + Annapurna

Jogos Third Party
GTA V, Rockstar Games
Ghostwire: Tokyo, da Tango Gameworks + Bethesda Softworks
Godfall, da Counterplay Games
Project Athia, da Luminous Productions + Square Enix
Hitman 3, da IO Interactive
Project Zaons, da 2K Sports
Pragmata, da Capcom 

Este foi o evento sobre o novo console da Sony da forma mais resumida e com todo o conteúdo importante, até semana que vem. Se tudo der certo teremos um podcast comentando este evento na próxima sexta.

11 de setembro de 2020

Call of Duty: Modern Warfare 2

Como dito no post sobre Modern Warfare, a sua continuação iria aparecer mais cedo ou mais tarde e promessa é divida então aqui estamos. Originalmente Modern Warfare 2 foi lançado no ano de 2009 como uma continuação da história dos personagens do numero anterior, e agora seu aclamado modo campanha está de volta. Lançado em 31 de março de 2020 para PS4 e 30 de abril para Xbox One e PC. Assim como o titulo anterior, este também foi jogado inteiramente em lives no canal da Twich do blog, se quiser acompanhar gameplays futuras é só clicar no link e seguir a gente por la.


Antes de começar, vale a explicação dos motivos deste texto ser "mais simples" que os outros. O jogo original é uma continuação com muito pontos sendo apenas uma evolução natural do titulo anterior, e esta versão é uma remasterização que também teve seu antecessor refeito, sendo assim a comparação é inevitável, assim como a herança do ultimo remaster é inegável, assim o que vai ser pontuado neste texto são suas evoluções e diferenças, grande parte dos acertos e erros deste titulo são os mesmo do game anterior, então para mais informações é só conferir o post sobre Modern Warfare 1.

Enredo

A história de Modern Warfare 2 tem proporções um pouco menores se compararmos com o seu antecessor, e isso funciona muito bem. O jogo continua a história dos personagens apresentados anteriormente, desta vez os integrantes da Força-Tarefa 141 e os Agentes de Escalão 1 vão atras do terrorista ultranacionalista russo Vladimir Makarov, cerca de 5 anos após a aventura anterior. O ritmo da história é mais frenético, mesmo sendo uma ameaça um pouco menor que a anterior, tudo funciona bem por conta da empatia já existente com os personagens em tela, o que faz o game ser mais emocionante que o anterior. O estilo da trama mudou um pouco, mas definitivamente não perdeu a qualidade, justamente o oposto, a trama de MW2 consegue superar o primeiro game.
Fica em destaque a polêmica envolvendo 

Gráficos e Áudio 

Tanto os gráficos quanto o áudio do game são evoluções naturais do anterior, é uma remasterização e assim tem algumas limitações esperadas de um jogo de 2009 e isso não quer dizer que as coisas sejam ruins, são incríveis e muito bem feitos pra época, assim como a sua releitura deste ano é incrivelmente bem feita e a atualização gráfica principalmente é de cair o queixo e novamente a iluminação se destaca.
O maior ponto de destaque aqui é a quantidade de cenários diferentes, indo da Russia até as favelas do Rio, passando por uma Washington totalmente destruída, os diferentes ecossistemas, ambientes urbanos e tudo mais, a variedade é grande e feita em altíssima qualidade.

Jogabilidade 

A gameplay se manteve basicamente a mesma que no jogo anterior, porém as seções de ação desenfreada são muito mais frequentes que antes, o jogo esta mais rápido e mais frenético que antes, mecanicamente mais exigente também. Felizmente os únicos momentos ruins de gameplay do jogo anterior, que eram todos em veículos armados, foram corrigidos e se tornam menos frequentes mas também são mais satisfatórios, tornando a experiencia do jogo como um tudo mais prazerosa.


Considerações Finais  

Novamente temos um game nostálgico e muito bem retrabalhado, ótimo enredo e jogabilidade bem refinada, uma ótima opção de entrada na franquia e também uma opção de retorno para quem estava afastado. A experiência como um todo é mais satisfatória que no primeiro game, a ação desenfreada e história um pouco mais pé no chão (se é que podemos falar isso), a importância e carinho que o jogador criou ao longo do primeiro game são usados  para dar peso maior ao enredo. Um ótimo filme de ação juntamente com uma gameplay refinada, certamente vale apena ter na prateleira dos fãs de FPS.


4 de setembro de 2020

The Witcher 3: Wild Hunt

  O terceiro e mais aclamado capítulo de uma franquia que se tornou extremamente popular no ano de 2015, ganhou centenas de prêmios e redefiniu o que deveria ser um RPG de mundo aberto, The Witcher 3: Wild Hunt é sim uma obra excepcional, mas ainda assim tem alguns problemas. Lançado no dia 18 de maio de 2015, o game foi produzido pela CD Projekt RED e foi um sucesso estrondoso levando o prêmio de melhor RPG e melhor jogo do ano no The Game Awards. Como um jogo com problemas tão explícitos consegue ainda sim ser tão bom, entrando facilmente no top 10 jogos de qualquer pessoa?

Jogabilidade 

Os combates do funcionam bem, os comandos para rolar, desviar e aparar ataques é bem fluido e satisfatório de se usar, é possível sentir o peso dos golpes quando enfrentamos adversários mais cotidianos, em contra partida o poder dos adversários mais fortes fica evidente quando o bruxo se depara com criaturas poderosas que dão um trabalho grande para ele, fazendo necessário o desenvolvimento de uma estratégia um pouco mais elaborada para derrotar os monstros. Em contra partida, quando Geralt não está em combate o controle sobre ele é bem pior, por vezes ficamos presos entre as arvores de forma inconsistente por exemplo (as vezes passamos por um espaço X e quando nos deparamos em outro local do mapa com uma situação muito parecida ele não consegue passar pelo locar), fazer algumas movimentações mais finas pode ser complicado também, as vezes ajustar o personagem frente à uma escada é mais difícil que derrotar uma Cocatriz, nas devidas proporções a sensação que fica é a da famosa movimentação de tanque, dos longínquos tempos do Playstation 1.  



As mecânicas de The Witcher 3 são bem construídas e geram uma variação grande, com uma arvore de habilidades bem diversificada que faz com que cada Geralt seja único, é possível abusar mais de suas habilidades de bruxo ou partir para  um combate armado mais robusto, aumentar os status ao usar um tipo de equipamento em específico e até melhorando o efeito de suas poções que melhoram de forma "artificial" as habilidades do personagem. O sistema de equipamentos também é bom e funcional, temos diferentes tipos de armadura que aumentam nossa resistência e também podem dar alguns bônus diferentes como resistência a um certo tipo de dano por exemplo, além disso é possível melhorar os equipamentos colocando pedras especiais neles, potencializando assim o dano de Geralt em vários aspectos diferentes, deixando a customização maior ainda. Apesar de funcional a falta de mais armas diferentes pode incomodar alguns ou até enjoar do combate a longo prazo, isso particularmente não foi incomodo mas a variação nos estilos de luta é bem pequena perto do que outros RPGs entregam nos dias de hoje, como em Monster Hunter por exemplo.

Gráficos

Certamente este é um dos jogos mais bonitos da geração, mesmo com um conteúdo massivo os detalhes gráficos não foram perdidos, pelo contrário o game tem um cuidado incomum com o seu visual e isso pode ser observado em diversas situações, as mais perceptíveis e impressionantes são as diferentes texturas e detalhes em cada peça de armadura, vemos partes de couro com metal em uma mesma calça com uma diferença muito grande na forma como a luz interage nos diferentes materiais. Outro exemplo magnifico do cuidado da CD Projekt são os cabelos e barba de Geralt que crescem de forma orgânica conforme o tempo que o jogador passa dentro do game.


As paisagens das cidades aqui são de tirar o folego pela sua beleza, mas também pela fidedignidade, o que ajuda muito na imersão ao game. Cidades na idade média não eram limpas e conservadas como muitos filmes fazem parecer, e este aspecto não aparece aqui, The Witcher traz boas representações de cidades grandes e pequenas vilas na era medieval, mostrando a parte boa e bela de tudo isso mas também a podridão e sujeira destes lugares, a melhor representação deste tipo de cenário que já vi em jogos eletrônicos.
Os personagens humanoides que aparecem são super detalhados e o trabalho nas expressões faciais, movimentação e a forma como interagem com os objetos é muito realista durante as cenas que são reproduzidas com a engine do game, praticamente tudo que pode ser feito sem as pré renderização é feito, mas essas cenas existem sim, elas aparecem em dois tipos de situação, a primeira é quando a narrativa fica 100 % em primeiro plano, com diálogos mais intensos e importantes, mas também em momentos de grande ação com lutas elaboradas e muito bem coreografadas, com tomadas e sequencias de luta que dão inveja em muitos filmes de Hollywood. Por fim, uma das poucas falhas no game é a falta de um modo fotografia, que poderia ser muito bem explorado devido aos lindos gráficos.


Áudio

Por vezes já foi dito em posts aqui do blog que o ideal é que os sons do game não se destaquem, pois normalmente isso ocorre pela falta de naturalidade com que eles se encaixam no contexto, mas aqui é o o oposto, os sons do título e principalmente sua trilha sonora  são sensacionais, até as criaturas fantasiosas que aparecem durante a aventura emitem resmungos, grunhidos, gemidos e ruídos que realmente parecem sair delas, tudo é natural e parece ser de verdade, é como se os produtores simplesmente tivessem gravado aqueles sons de animais reais.

 
A trilha sonora se destaca por aqui, as composições de Marcin Przybyłowicz evocam todo o ar medieval que o ambiente pede, traços da música Folk é presente em todos os momentos, o uso de instrumentos diferentes cria uma série de sons que causam uma sensação de estranheza a princípio mas o tom exótico torna tudo único e marcante. As cidades são vivas, as tavernas festejam e os combates empolgam, tudo isso é regido de forma sublime pelas músicas do jogo.

The Witcher 3 está disponível totalmente em português e com ótima dublagem, os personagens principais tem um trabalho incrível em volta deles e a experiencia se torna muito mais real e cativante quando ouvimos tudo em nossa língua materna, os personagens secundários também aparecem bem e com vozes competentes, infelizmente os NPCs não tiveram um cuidado dão grande, as vozes não estão ruins, mas não foram escolhas tão refinadas. Mas o que impressiona é a ferramenta criada para a movimentação da boca dos personagens, o som é processado por um programa de computador e faz os lábios mexerem de forma natural, tirando assim aquela estranheza existente devido a diferença do movimento labial e do som. Apesar disso a engine era um experimento ainda e tem alguns problemas de incompatibilidade em certos momentos, mas durante a maior parte do game o resultado é muito agradável. 

Enredo

A história de The Witcher é envolvente, imersiva e emocionante. Primeiro vemos a busca de Geralt por Ciri, uma garota com uma relação quase de pai e filha com ele, através dos reinos de Velen, Novigrad e Skellige. Após a busca e "resgate" da garota o game muda completamente o ritmo e o foco da história, começamos uma preparação para eventos próximos e temos um grande desenvolvimento de personagem e das suas relações. Enquanto na primeira parte somos apresentados aos personagens principais da história, grande parte do desenvolvimento ocorre durante a segunda metade. 

A primeira metade nos leva através de uma investigação em locais diferentes do mundo, conhecemos culturas, costumes, sociedades e locais completamente diferentes e isso vai cativando o jogador e levando ele a querer explorar e conhecer o mundo, também conhecemos um pouco sobre a personalidade de Geralt e principalmente de sua relação com Yennefer. 

Na segunda metade o que segura o jogador é a relação entre Geralt e Ciri, a química entre os dois é inegável e prende a atenção, vemos um lado muito mais humano e paterno do protagonista e isso impressiona, enquanto isso Ciri é mostrada depois de se desenvolver como pessoa e também seus poderes. O pesa da história muda e se torna muito mais emotivo, o que pode agradar uma parte dos players ou desanimar os jogadores que gostaram do Geralt mais "descolado" da primeira parte.


Se o enredo tem um problema é em grande parte por ser um jogo de mundo aberto, pois não tem uma ordem obrigatória para se fazer os eventos da primeira parte do game, com isso o jogador pode sair dos momentos iniciais do game e enfrentar inimigos de nível elevado (16) estando ainda nos primeiros níveis (entre 4 e 7), além da diferença de poder entre as criaturas e você dificultar muito certas missões, a história também fica fora de ordem, com fatos sendo apresentados antes do que deveriam, estragando em partes a experiência. 

Além disso o ritmo do enredo pode ser incomodo em momentos especificas, enquanto Ciri está sendo rastreada o ritmo é relativamente lento, Geralt se enfia em vários mini arcos dramáticos que funcionam bem de forma isolada, porém a motivação é saber mais sobre a história da garota desaparecida, então longas horas de gameplay eram recompensadas com pouca evolução na busca por Ciri, mas com grande evolução dentro daquele arco em especifico. Outra "barrigada" do enredo acontece perto do fim do game, pois, a longa preparação para a missão final é um tanto longa e a esta altura da aventura, qualquer um que esteja prestando atenção na história está ansioso para ver a resolução de toda a trama que foi apresentada até agora.


Bugs e mais bugs 

Apesar de toda a qualidade do jogo, o tamanho gigantesco e a ambição da CD Projekt RED em povoar e encher de conteúdo todo aquele mundo teve seu custo, muitos erros e problemas ocorrem, o que tira a magia em volta de um game tão bom, entre os principais problemas encontrados estão os seguintes: problemas no carregamento de textura, problemas de movimentação, tela fica embaçada durante os diálogos, problemas na movimentação com o cavalo, coisas que simplesmente não carregam em tela e inteligência artificial dos inimigos falha em certos pontos. Vamos aos detalhes de cada um desses bugs. 
 
Textura - Em diversos momentos as texturas de roupas e certas partes do cenário não carregam e tudo fica apenas um borrão de cor sólida na tela.
 
Movimentação - alçapões abrem e não é possível descer, como se tivesse um chão invisível, a impressão que passa é a de andar no ar. 
 
Tela embaçada - No começo de alguns diálogos com NPCs a tela fica completamente embaçada, tornando impossível ver as legendas inclusive.
 
Carpeado - A movimentação enquanto montado é muito inconstante quando andamos em terreno difícil, tornando extremamente desagradável tentar andar por terrenos difíceis.
 
Carregamento de objetos - Por vezes objetos importantes não carregam em tela, como caixas no cenário e outras coisas, chegou ao ponto de um lago inteiro em que eu estava navegando não carregar e navegar em uma canoa no nada.
 
Inteligência Artificial - Em certos momentos do jogo os inimigos não passam de um ponto X no mapa, sendo possível recuar e se recuperar enquanto os adversários estão parados na sua frente.

Considerações Finais 

The Witcher 3: Wild Hunt merece sim todos os títulos e elogios que recebe, a CD Projekt RED foi tomada por uma ambição gigantesca, buscando fazer um game nunca antes visto, cheio de conteúdo, com um mundo vivo e orgânico, as cidades pulsam vida, qualquer pequena coisa que você se proponha a fazer, uma história no mínimo bem construída vai ser apresentada. Como qualquer obra gigantesca e fora dos padrões de sua época o jogo tem sim teus problemas, mas isso não apaga seus feitos e suas qualidades.

As expansões de The Witcher 3 vão aparecer futuramente em um texto a parte, assim como Iceborne para Monster Hunter: World.