A franquia que levou os jogos de luta em 3D ao grande publico teve seu enredo todo explicado no ultimo titulo da série, com grandes participações especiais e um visual bem a frente dos outros titulos da franquia. Tekken 7 que é fruto de uma parceria entre Namco e Bandai, sendo lançado para Arcade em 2013 e para console apenas dois anos depois, em 18 de março de 2015. O game foi acessível o suficiente para que os fãs mais casuais pudessem continuar acompanhando a série e ainda se manteve atrativo para o publico mais competitivo, quer saber um pouco mais sobre o amis recente capitulo da novela que é a família Mishima? Se sim, aqui é um bom lugar.
Enredo
Felizmente tudo isso foi corrigido aqui, temos um modo história girando em torno da família Mishima, mostrando toda a motivação de Heihachi para seus atos dos games anteriores, mostrando o resultado a interferência de Jin Kazama, neto de Heihachi, no mundo, que atualmente está mergulhado em uma disputa militar entre duas organizações, uma chefiada por Kazama e outra chefiada por Kazuya, filho de Heihachi e pai de Jin. No fim das contas o arco criado para Heihachi serviu para mostrar quem é o real vilão da franquia e transformou sua imagem de vilão para um anti-herói. Uma boa história para quem ja acompanha essa novela a longo prazo, mas não chega perto de outras da mesma geração, como Injustice 2 e Street Fighter V
Além disso, todos os personagens tem um capitulo de história separado que mostram o motivo deles terem entrado no novo torneio Tekken, com uma luta curta contra seu principal adversário, não é muito mas é uma forma de conhecer um pouco mais dos personagens antigos e também saber o motivo dos novos estarem por aqui.
Infelizmente, como o game foi pensado muito para os E-sports a história e desenvolvimento dos personagens que não aparecem na trama principal é deixada um pouco de lado, o que pode ser decepcionante para quem é fã de personagens longe dos holofotes da família principal do titulo.
Jogabilidade
Outra adição foi um botão que ao ser segurado torna qualquer um capaz de desferir golpes diferentes que só seriam acessíveis através de comandos mais complexos, e juntando estes golpes na ordem certa e no tempo certo é possível criar um combo mais complexo mesmo sem muito tempo de jogo. Outro botão adicionado foi o de "Rage Art", mecânica implementada neste titulo, que consiste em um golpe especial, com ar cinematográfico, que causa muito dano ao oponente e só pode ser executado quando a vida do lutador está muito baixa, cada personagem tem duas Rage Arts, sendo uma delas executada com apena um botão, o que também equilibra o game para jogadores menos experientes.
Além dessa nova forma convidativa de trazer novos jogadores, os comandos clássicos para personagens antigos não foram modificados, assim a sensação de nostalgia está garantida para os velhos fãs da série, já que seus golpes clássicos se mantém como sempre foram.
Mesmo com todo esse apelo com o publico casual, Tekken 7 buscou ser um jogo de E-sport, com isso a profundidade de mecânicas é garantida, com combos longos, complexos e bem complicados de serem executados, muitos golpes abrem espaço para mais de uma continuação, fazendo com que os fatores habilidade, conhecimento teórico sobre os personagens e os reflexos do jogador sejam muito importante em disputas de mais alto nível.
Vale ressaltar que apesar de tudo isso soar positivo para mim, algumas pessoas podem ficar com a sensação de pouca evolução mecânica entre o titulo anterior e este, e isso não é mentira, ao que parece o sétimo titulo cronológico da franquia está aqui para colocar uma base forte e robusta para o que pode ser o ultimo jogo da franquia (Tekken 8), que provavelmente será lançado na próxima geração de consoles.
Por ultimo e não menos importante, vale citar a presença de 3 personagens com sistema de barras de especial, sendo eles Akuma de Street Fighter, Geese Howard de Fatal Fury e uma personagem nova Eliza. Estes três personagens causaram uma apreensão grande quando foram anunciados, pois o sistema de barra e de ataques de projetil poderia quebrar o sistema do jogo ou ser totalmente irrelevantes, fazendo com que os personagens fossem esquecidos e nunca usados por qualquer jogador que fosse, mas não foi isso que aconteceu, os personagens foram muito bem transportados para esse universo em 3D e funcionam bem perto de todos os outros, sendo assim uma escolha viável mesmo que eles estejam fora de suas franquias de origem quando pensamos nos dois primeiros.
Gráficos e Áudio
A franquia sempre foi referencia em potencial gráfico nos games de luta, e aqui não é diferente, os cenários são belíssimos e apesar de alguns pequenos bugs visuais quando eles se quebram, conseguem impressionar com sua diversidade de ambientes e formatos. Os golpes são extremamente fluidos e dão a impressão de estarmos vendo dois mestres em artes marciais lutando, o que era pra ser apenas um game de luta pode se tornar uma verdadeira valsa mortal quando se tem dois jogadores experientes.
Quanto ao áudio, a franquia mantem o nível nos seus efeitos sonoros, mas o que vale o destaque é a trilha sonora, já que além das musicas próprias do game é possível acessar a playlist de todos os outros jogos da série e criar a sua própria, misturando musicas de todos os 9 títulos (lembrando aqui que existem os jogos Tekken Tag Tournament 1 e 2).
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