11 de fevereiro de 2020

Pokemon Omega Ruby

Hoje vamos sair da pequena cidade de Littleroot em busca de grandes aventuras no continente de Hoenn, dessa vez num ambiente totalmente em 3D, o Remake de Pokemon Ruby ( lançado originalmente em 2002) veio para reviver a terceira geração e acender a nostalgia de quem acompanhava a franquia no inicio dos anos 2000, Omega Ruby foi lançado exatamente 12 anos após o original mas será que trouxe as boas lembranças que um Remake almeja trazer ?

A maior diferença entre o original e este titulo com certeza são os gráficos, já que nesta geração a franquia migrou do 2D para o 3D, rever cenas, locais, personagens e os Pokemon em si, poder ver aquele mundo inteiro com gráficos totalmente remodelados é muito satisfatório. No quesito gráfico o que mais alegra aos olhos são as cenas em que nosso/a rival aparece, pois agora podemos ver suas expressões corporais e faciais, tornando a relação do protagonista com seu amigo/a muito mais intensa, tendo até um pequeno toque de romance em certas ocasiões. O único ponto negativo dos gráficos do jogo esta nas animações dos ataques, que são extremamente simplistas e sem nada de novo, grande parte deste problema estão nos ataques físicos dos Pokemon, era esperado que o ataque fosse demostrado em tela mas muitas vezes os monstrinhos apenas tremem ou fazem o movimento sem andar ou saltar em direção ao oponente.
O enredo não foi modificado em praticamente nada comparado ao jogo original, ainda estamos em busca das 8 insignias enquanto nos intrometemos nos planos da equipe Magma, as maiores diferenças estão na reformulação da cidade de Mauville e que recebemos um Latios que nos faz voar através do continente, dispensando o uso da HM Fly como era costumeiro do game original. Além da história da versão Ruby, temos os episódio delta no pós game, que apesar de curto é uma boa representação da versão Emerald (lançado em 2004) trazendo o queridíssimo Rayquaza e uma pequena trama em volta dele. A trilha sonora é basicamente a mesma do game original, porém numa qualidade bem maior, não é bom nem ruim, é mais do mesmo (o que pra franquia é bom, já que a trilha sonora original era muito boa)

 Mas não foram só acertos, o pior erro desse titulo foi negligenciar a Batalha da Fronteira que era uma das coisas mais divertidas do jogo base, a expectativa para ver os times dos cérebros da fronteira atualizados era grande e seria uma experiencia muito boa para os fãs da terceira geração de pokemon, mas isso nunca ocorreu, a unica menção a Batalha da Fronteira que pode ser encontrada no game.
Quanto as inovações de mecânicas temos a atualização da PokeNav, que foi muito bem feita, a principal inovação foi a possibilidade de usar ela para ver que pokemon esta se mexendo nos matinhos, esses Pokemon normalmente são mais fortes que o normal, com habilidades ou ataques mais poderosos. Os bichinhos do tipo Fada que foram introduzidos em Pokemon X/Y (lançado em 2013)  também aparecem aqui, desta vez com um rebalanceamento, tornando as batalhas mais equilibradas e possibilitando a criação de equipes mais ecléticas e diversificadas.

Pokemon Omega Ruby não é um jogo ruim, é divertido e muito bonito, os gráficos 3D reformulados encantam aos olhos, mesmo aquele problema da animações dos ataques, a sensação  de voltar a região de Hoenn depois de 12 anos é muito boa, e ao menos para mim foi muito nostálgico, mas a sensação final, depois de terminar a campanha e perceber que o pós game é pequeno e que a Batalha da Fronteira não existe, o gosto amargo fica na boca. Vale a experiencia, mas não voltaria para revisitá-lo um dia, jogar o Emerald novamente é claramente uma opção melhor.


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