27 de novembro de 2020

Hollow Knight

 Castelvania e Metroid foram jogos que marcaram sua época, justos eles mudaram o mercado dos jogos e praticamente criaram um novo estilo de games, o Metroidvania. Mas por qual motivo essa informação está aqui? Pois Hollow Knight é um dos melhores deste estilo já feitos, o jogo foi lançado em 24 de janeiro de 2017 produzido pela Team Cherry com um time extremamente reduzido, apenas 3 pessoas participaram do game se os dubladores forem desconsiderados.


Gráficos e Áudio 

 Os gráficos são incríveis, o designe do protagonista é carismático mesmo sem ser expressivo e ajuda a conectar o jogador com o pequeno cavaleiro. Cada sessão do mapa é um deleite aos olhos, com backgrounds extremamente detalhados e com cores muito características para cada sessão, os monstrinhos inimigos seguem um estilo parecido com o protagonista, com variações de tamanho e forma e mesmo que cause alguma estranheza, as criaturas são de fácil identificação e conseguem ficar gravadas em nossas memórias. Vale ressaltar também a profundidade que o jogo consegue criar, mesmo sendo totalmente em 2D, com várias camadas no cenário o game tem ar de obra de arte e qualquer foto do titulo parece um quadro. 

 Se tivesse que procurar algo negativo por aqui, seriam a repetição de elementos, mas tendo em vista o tamanho da equipe que produziu o game, isto se torna um ponto positivo pelo lado criativo, a rotação, a escala e o foco em certos objetos e estruturas os tornam flexíveis e tem mais de uma utilidade, poupando tempo e esforço para um time de desenvolvimento minúsculo.  


 Enquanto os gráficos não tiveram nenhum ponto negativo, a trilha sonora teve sim alguns deslizes, em certos momentos a musica de fundo pode ser um tanto repetitiva e enjoativa quando passamos muito tempo em um cenário apenas, apesar deste pequeno problema a trilha sonora passa mais sensações positivas que negativas, ela é muito bela e muito bem executada, as musicas são sutis e entram em perfeita harmonia com o estilo gráfico, o que dá um tom artístico ainda maior para o jogo.

Jogabilidade

 Exploração e um combate cadenciado marcam a gameplay de Hollow Knight, com um mapa grande a ser visitado o vai e volta é inevitável, certos locais só são acessíveis depois de obter certos itens ou depois de certos acontecimentos, além disso a dificuldade do jogo é um ponto a ser destacado, pois ele exige do jogador alguma noção na hora dos combates, para desviar no momento certo e fazer contra ataques precisos, além disso os pulos podem ser um pouco complicados em certas situações, mas ao mesmo tempo que o jogo tem comandos muito simples, assim podendo atingir um grande publico, nas mais diferentes idades e estilos de jogo (sério, meu primo de 12 anos que só joga Fortnite o dia inteiro veio me falar todo empolgado do game). 

 O game é uma grande seção de plataformas com combates memoráveis ao longo dela, é desafiador na medida certa, nem difícil ao ponto de ser frustrante, nem fácil demais a ponto de não sentirmos evolução alguma. Metroid e Castlevania certamente tem orgulho deste que é um dos seus sucessores em questão de estilo.

Enredo 

A história do game parece uma colcha de retalhos a principio, e talvez seja mesmo, mas uma colcha de retalhos incrível, cada personagem novo que encontramos, cada lugar novo que exploramos, cada coisinha que descobrimos adiciona muito a mitologia do mundo em que estamos e vai construindo melhor a história, em muitos momentos ver um personagem fazendo uma atividade ja diz muito mais sobre o que está acontecendo do que o dialogo com o mesmo, ou a paisagem de um lugar que vai se modificando conforme as telas são passadas, por vezes você se pega andando pelas telas apenas para observar o local e isso conta muito e acrescenta para o enredo.

Hollow Knight tem sim uma história para ser contada e reflexões para serem feitas, mas a sua estrutura não é convencional em momento algum, o que é um ponto muito positivo, juntar todos os elementos de um jogo (gráficos, sons e jogabilidade) para contar o enredo mais do que os próprios elementos puramente narrativos é de se bater palmas, poucos games conseguem usar esses artifícios e este é um exemplo de como isso acontece, no mais alto nível.

Considerações finais

Hollow Knight é um ótimo jogo, é o tipo de titulo que se usa para introduzir pessoas ao mundo dos vídeo games, e por que digo isso? Porque é um jogo multicamadas, funciona para quem é mais ligado as artes que pode se encantar pelos designes dos personagens, pela trilha sonora e principalmente pelos ambientes apresentados. 

Pra quem espera um enredo fora da estrutura padrão de livros ou filmes, Hollow Knight apresenta sua história de uma forma não convencional não só para as outras mídias mas também como um game em si. Por ultimo e não menos importante, o game indie pode cativar uma nova geração de jogadores que não tiveram contato com os games que o inspiraram, pode ser a porta de entrada deles para um estilo diferente de jogos, sejam games em 2D, games com sprites, games mais artísticos, games com combate cadenciado, entre muitos outros aspectos. 

Mesmo que você não chegue ao fim, Hollow Knight é um game que qualquer pessoa deveria ter a experiência de passar ao menos um pouco por ele, não como um jogo, mas sim como uma obra de arte.

20 de novembro de 2020

Need For Speed Payback

 Uma das franquia de corrida mais antigas e famosas dos vídeo games, Need For Speed não vivia bons tempos no inicio da década 2010, até que em 2015 a série tomou um reboot e conseguiu mudar um pouco a visão do publico e da critica sobre a franquia, não muito tempo depois em 2017 mais um game apareceu, com algumas melhoras e outras escorregadas, mas no fim das contas, Payback foi um bom game pra franquia ?

Enredo

 Qualquer semelhança com Velozes e Furiosos não é mera coincidência, as histórias de de Need For Speed estavam caindo de qualidade ao longo dos anos e Payback foi uma tentativa de criar algo que se leve um pouco mais a sério ao mesmo tempo que cria cenas e momentos cinematográficos, infelizmente as coisas não deram tão certo assim. 

 O game tem 3 protagonistas, Tyler, Mac e Jess, a princípio a ideia de dividir os personagens para cobrir uma gama de habilidades maior e personalidades diferentes é boa, mas os garotos do trio agem feito duas crianças e poderiam ser creditados como menino 1 e menino 2 se levarmos seu carisma e sua personalidade em consideração, enquanto isso Jess consegue roubar a cena, mesmo que fique a sensação que ela é deixada de lado em alguns momentos, a garota é a personagem mais real e que acaba chamando mais atenção justamente por conta disso. Outro personagem que rouba a cena é Marcus Weir, com um humor um tanto acido e com ótimos diálogos, este é um dos poucos personagens que desperta algo no jogador, seja carinho pelo personagem, seja uma raiva leve pelo seu ar debochado.

 Personagens ruins podem ser suficientes para fazer um game ser extremamente ruim, mas isso não foi tudo de negativo que o enredo trouxe, a história em si é fraca, simplesmente por falta de profundidade, tudo se resume em: Correr para derrubar uma equipe, conseguir aliados e correr para derrubar uma equipe maior ainda. Tudo isso não gera profundidade e um game que ao mesmo tempo tem ar de uma história de cinema, tem um desenvolvimento extremamente mal feito e não consegue cativar e nem ir mais a fundo. Talvez um game mais focado na relação de Jess com Weir em busca de derrubar uma organização maior, a relação entre dois personagens bem construídos pode carregar um game nas costas.


Jogabilidade 

 O game tem 5 estilos de corrida: Corrida, Off-Road, Drift, Drag e Fuga. Dentre eles um merece destaque negativo, o Off-Road é péssimo, o controle dos carros é extremamente instável e não de um jeito positivo, não parece que estamos dirigindo um carro na terra e sim que estamos tentando correr no sabão, e para um jogador casual é praticamente impossível acertar os Drifts durante os momentos na terra, um exemplo muito melhor de corridas assim é The Crew 2, que tem um controle mais estavel e mais padronizado, enquanto em Payback é difícil saber a reação do carro em certos momentos, em The Crew 2 mesmo com reações estranhas as vezes você sempre sabe como o carro vai se comportar.

 Mas nem tudo são flores mortas, os outros 4 modos entregam tudo o que prometem e com momentos bem divertidos, cada modo tem pequenas variações dentro dele e isso ajuda o game a se tornar menos cansativo, os controles na estrada e a forma de fazer Drift no asfalto é de se admirar e é bem gostoso de jogar, chega a ser impressionante essa qualidade na gameplay em comparação ao enredo. Uma das maiores criticas que o game recebeu foi na evolução dos carros, mas com a experiência de jogar o game 2 anos depois do lançamento é possível dizer que não é tão ruim assim, as peças que conseguimos depois das corridas nunca são piores que as nossas, nem das lojas e muito menos as que conseguimos por trocas, então a evolução é gradual como em qualquer outro game de corrida, juntar dinheiro e conseguir melhorar o carro. 

 No fim das contas a jogabilidade é um pouco melhor que as cosias  apresentadas pela franquia nos últimos anos, então a sensação com o controle na mão é muito melhor que vinha sido apresentado.

Trilha Sonora 

Primeiramente, por que o nome dessa seção é trilha sonora e não áudio? Os efeitos sonoros do game são discretos e não  fazem nada que impressione, tudo o que é possível ver aqui já foi apresentado em vários outros games do gênero, então o espaço dedicado ao áudio vai ser totalmente sobre a trilha sonora, que merece sim destaque. 

As musicas são incríveis e flutuam entre o Rap e o Rock, em suas diferentes formas, artistas grandes aparecem como Post Malone, Jaden Smith, Royal Blood, Gorillaz e até uma atração brasileira, Haikaiss com Rap Lord. A trilha sonora poderia facilmente virar uma playlist no Spotify e iria alcançar um grande publico. A maior falha aqui é a falta de controle das musicas, não é possível montar a sua estação de radio dentro do game para ouvir apenas suas musicas favoritas dentre as disponíveis no game. 

A única ressalva a ser feita quanto ao áudio é a falta de uma dublagem em português, desde o fim da geração passada é praticamente inadmissível não ter dublagem nos games, já que o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a indústria. 

Gráficos 

 O foco do jogo era a narrativa, que foi muito mal diga-se de passagem, mas com isso em mente é fácil entender os acertos e os deslizes no quesito gráfico, o que não quer dizer que os erros devem ser desconsiderados e nem que os acertos devem ser menos exaltados. O jogo se passa em Vale Fortune, cidade fictícia fortemente inspirada em Las Vegas, e o maior acerto do jogo está fortemente relacionado a isso, a ambientação é boa, a cidade parece viva e funcional, ela realmente tem ar de uma cidade real, em comparação com o anteriormente citado The Crew 2, que tem cidades muito bonitas sim, mas com um ar de artificialidade que pode incomodar um pouco. 

 Nos outros aspectos o game falha miseravelmente, os amassados são artificiais e a física nos gráficos é um pouco confusa, com colisões simples estourando os vidros enquanto outras mais severas não causam nenhum arranhão, se esquecermos a física e pensarmos um pouco mais nos detalhes, outros problemas começam a surgir como a baixa resolução nos adesivos disponíveis e alguns elementos visuais que demoram à carregar em tela, chegando ao ponto de carros da policia aparecerem subitamente no cenário pois o game não consegue carregar tantos elementos gráficos ao mesmo tempo.

 Por ultimo e não menos importante, mais um ponto negativo surge, com um ar tão cinematográfico era esperado que as animações com os personagens tivesse uma animação especial, e é sim especial, tão especial quanto bater o dedinho do pé na porta, a sincronização de voz e animação tem alguns problemas e as expressões dos personagens geralmente são bem irrealistas, a animação não faz jus ao trabalho de voz feito pelos atores, até mesmo nos personagens ruins.

Considerações Finais

Payback não foi o segundo capitulo esperado pela franquia, e nem o que eles precisavam, mas mostra que boas ideias estão surgindo e o caminho que foi traçado pelos desenvolvedores é promissor, um game de corrida com uma história bem feita e boas animações pode sim tomar uma boa parte do mercado já que os games estão divididos entre grandes simuladores e games 100% focados em arcade, talvez uma história cativante, com bons personagens e com mecânicas simples mas eficientes pode ser a formula de sucesso para o retorno aos holofotes de uma das maiores franquias dos jogos de corrida.  

13 de novembro de 2020

5 Jogos de Animes Que Merecem Ser Jogados

 Durante os anos 80 e 90 muitos desenhos vindos direto do Japão, e com isso muitos deles foram adaptados para o mundo dos games, como qualquer outro tipo de jogo saíram títulos muito bons mas também títulos muito ruins, no meio de tantas coisas alguns animes renderam ótimas coisas, então que tal relembrar ótimos jogos de animes que foram muito populares no Brasil ? 

Yu-Gi-Oh! Forbidden Memories 

No final dos anos 90 e inicio dos anos 2000 um anime sobre jogos de cartas se tornou extremamente popular, com isso as adaptações para o mundo dos games era natural, tanto o jogo de cartas físicas quanto os digitais fizeram muito sucesso e Forbidden Memories foi arrebatador no PlayStation no ano de 1999. Aqui a história foi deixada de lado e a simplicidade reina, o game não é nada mais que um jogo de cartas baseado em monstros, a grande quantidade de cartas disponíveis e a possibilidade de colecionar todas elas foi um grande atrativo, além de muito conteúdo disponível o nível de dificuldade é elevado, obrigando o jogador a tomar estratégias mais elaboradas e aprender táticas diferentes e não apenas usar o monstro mais forte. O game também teve um sucessor espiritual para Playstation 2 chamado Yu Gi Oh! Duelist of the Roses.


Naruto Shippuden: Ultimate Ninja 5

Naruto foi um sucesso arrebatador em terras tupiniquins, com isso o anime teve vários títulos em diferentes estilos diferentes, e um dos maiores sucessos apareceu no PlayStation 2l Naruto Shippuden: Ultimate Ninja 5 de 2007, este sendo o quinto título de uma série de jogos de luta, o segundo game da fase Shippuden do anime tem uma gameplay muito refinada, engine melhor trabalhada e a quantidade de personagens é impressionante para a época, são 45 personagens únicos, com alguns deles contendo versões diferentes que modificam o estilo de combate. Além disso o modo história do jogo é incrível, com um sistema de combate beat n' up e uma evolução de personagem semelhante a um RPG simplista, as cenas pré renderizadas são muito bonitas e passam perfeitamente a energia do anime.

Dragon Ball Budokai Tenkaichi 3

Dragon Ball tem jogos desde o ano de 1986, muitos títulos saíram, mas poucos resumiram tão bem o anime quanto Budokai Tenkaichi 3, laçado em 2007 para PlayStation 2 e Wii, o game traz toda a história do desenho japonês desde a série clássica até a série não canônica, Dragon Ball GT. Contando com mais de 150 personagens, o jogo é uma ótima oportunidade para realizar lutas que nunca aconteceram e experimentar grupos que nunca estariam lado a lado. Sendo o terceiro game de uma série, BT 3 aparece com muitas melhoras na engine do jogo, com uma diferença maior entre os ataques especiais para maior variabilidade nos combates, além disso um novo modo de jogo apareceu, em que os jogadores tinham uma quantidade X de pontos, e cada personagem tem um valor, assim é necessário equilibrar entre personagens fracos, médios e fortes, para ter uma quantidade boa de guerreiros sem deixar lutadores poderosos de lado. No fim das contas, Dragon Ball Budokai Tenkaichi 3 é uma representação muito boa do anime para os consoles e uma ótima opção para quem não conhece a série.

One Piece Pirate Warriors 

Tal qual o game anterior dessa lista, esta é uma ótima opção para conhecer a história do anime ao longo do tempo, por isso a recomendação aqui é da série Pirate Warriros, lançado para PlayStation 3 e 4, como também para Nintendo Switch, Xbox One e PC. Os jogos validos pra essa lista são Pirate Warriors 1, 3 e 4, lançados em 2012, 2015 e 2020 respectivamente, a história discorrida através dos jogos da série partem do principio até por volta do capítulo 900 do manga (o segundo game da série tem história original, por isso não entra nessa lista). Com um leve sistema de RPG na evolução dos personagens, o estilo de gameplay é muito parecido com a série Dinasty Warriors, lutando contra centenas, até milhares de inimigos ao mesmo tempo num combate bem próximo do Hack N' Slash e isso passa a sensação de grande poder, que de fato os personagens tem no anime e isso é incrível. Devido a grande amplitude da história a quantidade de personagens disponíveis é enorme, são 43 a principio com mais 9 disponíveis por DLC divididos em 4 tipos, sendo eles Poder, Velocidade, Técnica e Céu. Com um anime gigantesco assim, os 3 jogos são um opção muito boa para saber um pouco mais a fundo sobre essa história fantástica.

Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados

Cavaleiros dos Zodíaco foi um dos primeiros animes a fazer sucesso no Brasil, e com isso era óbvio que os jogos baseados na série animada fariam sucesso por aqui, e pelo mesmo motivo que Budokai Tenkaichi 3 e a série Pirate Warriors, Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados foi escolhido, é uma ótima maneira de conhecer a história do desenho. Lançado em 2015 para PlayStation 3 e 4 e também para PC, Alma dos Soldados traz de forma inédita até então a saga de Asgard para os jogos, tendo assim os personagens dessa saga como jogáveis, mais de 50 personagens estão disponíveis aqui, a variedade de golpes especiais e animações é ampla, infelizmente o game tem gráficos não tão bons e uma jogabilidade um tanto fraca se comparado a jogos de anime que saíam na época, mas a nostalgia de acompanhar toda essa história é grande e pode ser uma forma boa de revisitar esse clássico, que já não é mais tão palatável quanto parecia nos anos 80 e 90.

Menções Honrosas

Pokemon e Persona seguiram o caminho contrario, surgiram como jogos de sucesso, conseguiram um publico tão grande que tiveram suas versões em anime. Pokemon criou todo uma base de fãs a parte do mundo dos games, a série animada conta uma história pura, de uma criança descobrindo o mundo e mesmo com os altos e baixos na qualidade do anime é impossível não lembrar de algum episódio marcante de Pokemon, independente da sua idade. Já a série Persona teve algumas adaptações diferentes para o mundo dos animes, Persona 4 e Persona 4: Golden tiveram versão animada, Persona 5 também teve uma adaptação, mas a versão de maior sucesso dessa série de RPGs é a adaptação de Persona 3. Persona: Trinity Soul feito pelo estúdio A1- Pictures foi lançado em 2008 e conta os eventos que acontecem 10 anos após a batalha final do game.

Considerações Finais 

Qualquer fã dessas séries já imaginou batalhas épicas que nunca aconteceriam nas animações, e muitas vezes os games possibilitam isso, afinal de contas quem nunca imaginou Hyuga e Schneider jogando juntos em Super Campeões? Os jogos de vídeo game vieram pra alimentar mais e mais o sucesso dessas séries ao mesmo tempo que da uma quantidade de conteúdo, possibilidades e um local de experimentações para os fãs, infelizmente devido ao nome forte das franquias, por vezes os jogos são de qualidade duvidosa e não entregam um produto tão primoroso. Sendo bons jogos, ou jogos não tão bons assim, esses títulos marcaram os fãs e estão na memória de muitos e muitos fãs das séries japonesas, afinal de contas a nostalgia de forma saudável é sempre bem vinda. 

6 de novembro de 2020

5 Jogos Que Não Renderam Review

 Muitos jogos de diferentes estilos ja passaram por aqui, mas o que ninguém sabe é que muitos outros títulos foram jogados e não chegaram a ter um post próprio, com muitos motivos diferentes, seja por não conseguir terminar o jogo por problemas técnicos, por não terminar um game definitivamente por ser muito ruim a experiência ou por quaisquer outras coisas. Se quiser saber um pouco mais dos bastidores do blog e talvez me dar força pra voltar à esses jogos, para que um dia a review deles apareça por aqui é só continuar lendo e deixar seu comentário lá em baixo.

Mafia III

Game lançado pela 2K no dia 7 de outubro de 2016, o terceiro capitulo da franquia não é um game ruim, tem uma ótima ambientação e retrata uma Nova Orleans da década de 60 com maestria, tem ótimos personagens e tenta mostrar a ascensão da criminalidade no pais e também os conflitos raciais existentes até hoje. O titulo trás gráficos interessantes, um mundo aberto não tão grande, mas com coisas para serem feitas em praticamente qualquer lugar, o que é um ponto positivo. Porém, nem tudo são flores e o maior problema da franquia ficou maior ainda aqui, tudo se resumo a ir do lugar X ao lugar Y, matar quem estiver atrapalhando, coletar dinheiro e ir embora é extremamente maçante e torna o jogo cansativo, se isso não fosse suficiente, o ritmo em que o enredo se desenvolve e o jogador evolui é lento, muito lento, o que deixa aquela sensação de progressão distante e desestimula quem está no controle a continuar, e o motivo do jogo não ter aparecido aqui é justamente este, não consegui chegar ao final do game por estar cansado e sentir que a história não estava progredindo e a evolução do personagem era quase inexistente.


Anthem

Um RPG de ação, baseado em loot box (sem micro transações,) feito pela BioWare e lançado janeiro de 2019, com gráficos de cair o queixo e um combate mais frenético que qualquer outro game da empresa, o que poderia dar errado não é mesmo? Bom, neste caso tudo o que poderia dar errado, deu errado. O jogo é repetitivo, maçante e extremamente cansativo, e isso não tem ligação com o estilo do jogo, o meu game preferido dessa geração é Monster Hunter World, que em essência é muito repetitivo, mas em Anthem você é desestimulado ao extremo, as recompensas não são diretas ou dão aquela sensação boa de conseguir um item em especifico. A player base do jogo ficou escassa muito rápido, o que diminui a vida útil do titulo, por ultimo mas não menos importante, a falta de conteúdo dentro do universo é tremenda. Uma ótima ideia, mas uma péssima execução. A história dessa vez foi finalizada mas não foi possível explorar o jogo como era necessário, por isso não apareceu pro aqui. 



Mass Effect: Andromeda 

A continuação da franquia de sucesso da BioWare vinha com uma expectativa muito grande e ela deu as caras em março de 2017, tirando todos os problemas do lançamento com texturas e desempenho gráfico, o jogo é um grande deserto, cada planeta é muito bem feito, são ecossistemas lindíssimos e tudo é bem chamativo, porém tudo isso é jogado pelo ralo com o vazio existente no mundo, não são raros os momentos em que você chega em um planeta e começa a explora-lo, mas tudo o que você encontra é um grande vazio, sem criaturas, sem muito o que explorar, minutos e minutos andando do ponto A ao ponto B sem nada para fazer no caminho, no fim das contas o game é um grande playground vazio. Se esse mundo cheio de nada não fosse os suficientes os novos personagens são pouco carismáticos e não prendem a atenção como o Comandante Shepard conseguia fazer.


Final Fantasy 15 

Talvez este seja o melhor jogo dentro os citados aqui, um combate competente e ágil, assim como um sistema de itens e habilidades interessante, apesar de simples, os personagens principais também conseguem ter visuais carismáticos mas não se pode dizer o mesmo do desenvolvimento dos mesmos, e aqui começa a ficar claro o problema do titulo, todo o enredo, toda a narrativa e desenvolvimento de personagens do jogo são ruins, hora lento demais, hora acelerado demais, no fim das contas a história do game não é o suficiente para fazer sentido, sendo necessário todos os conteúdos lançados no universo de FFXV, como o filme animado Kingsglaive. Logo no ponto que a maioria dos jogos da franquia brilha, Final Fantasy XV decepciona, e em um nível tão grande que foi necessário jogar 3 vezes a história para que eu entendesse tudo. Na primeira vez que terminei o game, mais da metade das cenas fora ignoradas, o enredo ruim não condiz com a gameplay, pra infelicidade dos fãs da série.


Atualizações Legends of Runeterra

Legends of Runeterra é um card game que teve sim um texto publicado (se quiser conferir é só clicar aqui), mas como todo jogo do gênero ele continua se expandindo, trazendo novas regiões  e com mecânicas únicas e também novas cartas para as regiões na existentes, com isso o game continua se modificando, graças as novas mecânicas de jogo e combinações possíveis utilizando cartas novas e antigas. Com todo esse conteúdo chegando e tanto movimento no jogo, qual o motivo disso não aparecer aqui? É muito simples, o público seria um nicho muito pequeno e mesmo eu gostando de LoR, esse esforço e tempo pode ser investido em temas que irão render mais para o blog e também vão manter o tom que eu espero. Mas então, aqui fica a pergunta, esse tipo de conteúdo deveria aparecer por aqui?

Considerações Finais 

Muitos motivos existem para posts não aparecerem por aqui, jogos mais antigos ou que emuladores se fazem necessários parecem não agradar por exemplo, outros jogos simplesmente não me agradam, chegando em um ponto que acho injusto comentar sobre algo que nem tive a experiência completa, e até problemas puramente técnicos já me fizeram desistir de um game e por consequência, desistir de escrever sobre ele. No fim das contas o único motivo de existirem jogos com textos que nunca aparecerão aqui é a qualidade, se fugir dos padrões impostos por mim mesmo, ele não vai ser publicado. Se você chegou até aqui, por favor não se esqueça de compartilhar o blog, e também de seguir o perfil do Twitter @ReviewsDoDino