25 de dezembro de 2020

Inazuma Eleven 1, 2 e 3

 Hoje temos uma pequena diferença se compararmos com os outros posts do blog, em vez de falar sobre um game em especifico, vamos falar da primeira parte de uma franquia de jogos de sucesso nos portáteis da Nintendo, começando pela saga clássica, vamos falar de Inazuma Eleven, mais conhecido no Brasil como Super Onze. O game se trata de um titulo sobre futebol, mas nada perto dos jogos convencionais como Fifa e PES, aqui temos uma mistura fortíssima de esporte com RPG, no melhor estilo japonês. Todos os títulos foram produzidos para Nintendo DS, com o terceiro recebendo um porte para o 3DS, publicados e produzidos pela Level 5 em parceria com a Nintendo, sendo lançados nos anos de 2008, 2009 e 2010 respectivamente (ano de lançamento no Japão, sendo lançados no resto do mundo posteriormente). Mas o que essa franquia fez para ter tanto sucesso e se manter ativa até hoje? (as imagens de capa mostradas aqui são da versão que eu joguei, pois Inazuma Eleven 2 e 3 tem mais de uma versão)

Inazuma Eleven 1
Inzuma Eleven 2
Inazuma Eleven 3

Enredo

Primeiramente vamos falar um pouco sobre como o enredo é apresentado durante os jogos. Se você não gosta de como a história de animes shounen (aqueles animes clássicos de luta como Dragon Ball) é posta, provavelmente o ritmo e certos plot twists podem incomodar ou não funcionar bem com você. Agora vamos falar um pouco sobre o enredo de cada um dos jogos.

Inazuma Eleven 1 é o clássico de qualquer anime de esportes, um garoto com muita habilidade em um time totalmente desestruturado e desacreditado tentando vencer o campeonato nacional, e isso parece ser uma história super leve e contente, se não fosse pela Imperial Academy que quer acabar com a competitividade no futebol, equalizando as equipes, fazendo com que escolas que eram extremamente vencedoras no passado, fossem obrigadas a perder, e é justamente esse o caso da Raimon, assim o protagonista dos três primeiros jogos, Mark Evans (ou Mamoru Endou no original).

Em Inazuma Eleven 2, depois de ganhar a competição entre escolas e se tornarem o melhor time do país, não existia mais nenhum desafio para eles em terras japonesas, com isso o jogo apresenta um grupo de alienígenas que está invadindo a Terra, começando pelo Japão, e nada melhor do que resolver suas disputas intergalácticas através do futebol não é mesmo? A principal mudança entre o jogo anterior e este é um pouco mais densa já que muitas das escolas foram destruídas e o game todo tem uma história bem pesada e sombria.


Já em Inazuma Eleven 3 as coisas mudam um pouco de perspectiva e acompanhamos um entre 3 personagens dependendo da versão do game, sendo eles: Fideo Aldena em Spark, Rococo Urupa em Bomber e Kanon Endo em The Ogre. Desta vez o enredo é baseado no filme Inazuma Eleven the Movie: The Invasion of the Strongest Army Ogre, a trama consiste em um time muito poderoso, intitulado The Ogre (o nome do time varia de acordo com a versão do jogo), viajando ao passado para destruir o futebol, com isso o protagonista Endou vai proteger o futebol, com a ajuda de seu bisneto Canon Evans (Endou Kanon no original).

Gráficos e Áudio

O game tem dois estilos gráficos, uma para os momentos de exploração dos mapas, com uma visão aérea e um estilo 2D com sprites que mostravam todos os lados do personagem, imitando um visual 3D. Durante as partidas, confrontos entre os jogadores acontecem e nesses momentos o gráfico muda para 3D de verdade, com um estilo gráfico muito bonito e bem característico do console da big N. Quanto ao áudio, a qualidade é bem próxima ao que é visto no anime, mas com todas as limitações de hardware do console portátil. Apesar disso, tudo funciona muito bem.

Jogabilidade

Como um jogo de futebol, o que mais importa aqui é como são as partidas, e é nessa hora que o jogo surpreende, pois ele é um RPG bem desenvolvido com poderes especiais para dribles, bloqueios, chutes e movimentos de goleiros, tudo no game é baseado no quão alto são seus status e também um pouco do fator sorte, que é um dos atributes existentes no jogo, um verdadeiro RPG japonês. O controle dos jogadores é feito através da caneta do DS, "clicando" no personagem e traçando uma linha para o movimento, com toques nos seus companheiros de equipe é possível passar a bola, e na distancia certa fazer chutes na direção do gol. O gameplay é simples e intuitivo, sendo uma ótima opção para crianças por exemplo, porém isso não foi tudo que garantiu o sucesso, outro fator foi muito importante para que a franquia desse certo, uma característica muito comum em jogos japoneses é o colecionismo, a franquia Pokemon é focada basicamente nisso, procurar e juntar ao seu grupo os melhores e mais fortes personagens. E como fazer isso? 
Existem três métodos para isso, o primeiro deles é através de um computador que mostra aleatoriamente personagens dentro de parâmetros simples estabelecidos pelo jogador. O segundo método consiste na rede de amigos e conhecidos do protagonista Mark, vamos entrando em contato com personagens mais próximos e conforme a progressão na história e conclusão de certo objetivos, novos personagens ficam disponíveis nessa rede de contato. O terceiro e ultimo método é uma maquina de gatcha, colocamos uma ficha conquistada depois de alguma partida ou encontro aleatório e tiramos um novo personagem dessa máquina, é um modo facil e rapido para conseguir novos jogadores, porém as opções aqui não são das melhores.

Considerações Finais

Inazuma Eleven consegue ser uma franquia que aborda um tema tradicional nos videogames, o futebol, através de uma nova perspectiva, o RPG. Os gráficos são bonitos e coloridos, o tom de animes shonen consegue conquistar fácil quem está jogando, as mecânicas são simples e leves, sem grandes dificuldades mesmo para quem não tem costume com jogos eletrônicos, além disso os "itens" colecionáveis são um fator importante para a vida útil do game, que aumenta e muito para além da campanha. Sem grandes emoções, uma ótima opção para relaxar e se divertir sem muito compromisso, ótima opção para crianças também. Por ser assumidamente um game descompromissado em ser uma grande obra, esses foram uns dos melhores jogos dos últimos tempos para mim, entregaram tudo que me prometeram e um pouco mais!


20 de dezembro de 2020

Tekken 7

 A franquia que levou os jogos de luta em 3D ao grande publico teve seu enredo todo explicado no ultimo titulo da série, com grandes participações especiais e um visual bem a frente dos outros titulos da franquia. Tekken 7 que é fruto de uma parceria entre Namco e Bandai, sendo lançado para Arcade em 2013 e para console apenas dois anos depois, em 18 de março de 2015. O game foi acessível o suficiente para que os fãs mais casuais pudessem continuar acompanhando a série e ainda se manteve atrativo para o publico mais competitivo, quer saber um pouco mais sobre o amis recente capitulo da novela que é a família Mishima? Se sim, aqui é um bom lugar. 


Enredo

 Pela primeira vez a história é contada de forma consistente e clara, lógico que era possível acompanhar o desenrolar dos acontecimentos ao longo dos jogos, mas tudo era feito de forma muito inconsistente, com informações jogadas aos ventos e sendo espalhadas em modos de jogo diferentes e sendo necessário ler muito conteúdo adicional, além de terminar o modo arcade com todos os personagens, e ainda assim saber diferenciar o que é canônico e o que não é. 

 Felizmente tudo isso foi corrigido aqui, temos um modo história girando em torno da família Mishima, mostrando toda a motivação de Heihachi para seus atos dos games anteriores, mostrando o resultado a interferência de Jin Kazama, neto de Heihachi, no mundo, que atualmente está mergulhado em uma disputa militar entre duas organizações, uma chefiada por Kazama e outra chefiada por Kazuya, filho de Heihachi e pai de Jin. No fim das contas o arco criado para Heihachi serviu para mostrar quem é o real vilão da franquia e transformou sua imagem de vilão para um anti-herói. Uma boa história para quem ja acompanha essa novela a longo prazo, mas não chega perto de outras da mesma geração, como Injustice 2 e Street Fighter V

 Além disso, todos os personagens tem um capitulo de história separado que mostram o motivo deles terem entrado no novo torneio Tekken, com uma luta curta contra seu principal adversário, não é muito mas é uma forma de conhecer um pouco mais dos personagens antigos e também saber o motivo dos novos estarem por aqui.

 Infelizmente, como o game foi pensado muito para os E-sports a história e desenvolvimento dos personagens que não aparecem na trama principal é deixada um pouco de lado, o que pode ser decepcionante para quem é fã de personagens longe dos holofotes da família principal do titulo.

Jogabilidade

 Tekken sempre foi uma franquia que apostou na acessibilidade, mesmo que você não tenha jogado o game antes os comandos são extremamente intuitivos, o padrão de dois botões para soco e dois para chutes se mantes, cada um desses botões representa uma perna ou um braço do seu lutador, sendo assim a intuição para saber qual o próximo botão à ser apertado ajuda muito, já que muitas vezes través do movimento feito pelo personagem é possível saber qual a continuação do combo. 

 Outra adição foi um botão que ao ser segurado torna qualquer um capaz de desferir golpes diferentes que só seriam acessíveis através de comandos mais complexos, e juntando estes golpes na ordem certa e no tempo certo é possível criar um combo mais complexo mesmo sem muito tempo de jogo. Outro botão adicionado foi o de "Rage Art", mecânica implementada neste titulo, que consiste em um golpe especial, com ar cinematográfico, que causa muito dano ao oponente e só pode ser executado quando a vida do lutador está muito baixa, cada personagem tem duas Rage Arts, sendo uma delas executada com apena um botão, o que também equilibra o game para jogadores menos experientes.

 Além dessa nova forma convidativa de trazer novos jogadores, os comandos clássicos para personagens antigos não foram modificados, assim a sensação de nostalgia está garantida para os velhos fãs da série, já que seus golpes clássicos se mantém como sempre foram.

 Mesmo com todo esse apelo com o publico casual, Tekken 7 buscou ser um jogo de E-sport, com isso a profundidade de mecânicas é garantida, com combos longos, complexos e bem complicados de serem executados, muitos golpes abrem espaço para mais de uma continuação, fazendo com que os fatores habilidade, conhecimento teórico sobre os personagens e os reflexos do jogador sejam muito importante em disputas de mais alto nível.

 Vale ressaltar que apesar de tudo isso soar positivo para mim, algumas pessoas podem ficar com a sensação de pouca evolução mecânica entre o titulo anterior e este, e isso não é mentira, ao que parece o sétimo titulo cronológico da franquia está aqui para colocar uma base forte e robusta para o que pode ser o ultimo jogo da franquia (Tekken 8), que provavelmente será lançado na próxima geração de consoles.

 Por ultimo e não menos importante, vale citar a presença de 3 personagens com sistema de barras de especial, sendo eles Akuma de Street Fighter, Geese Howard de Fatal Fury e uma personagem nova Eliza. Estes três personagens causaram uma apreensão grande quando foram anunciados, pois o sistema de barra e de ataques de projetil poderia quebrar o sistema do jogo ou ser totalmente irrelevantes, fazendo com que os personagens fossem esquecidos e nunca usados por qualquer jogador que fosse, mas não foi isso que aconteceu, os personagens foram muito bem transportados para esse universo em 3D e funcionam bem perto de todos os outros, sendo assim uma escolha viável mesmo que eles estejam fora de suas franquias de origem quando pensamos nos dois primeiros.


Gráficos e Áudio

 A franquia sempre foi referencia em potencial gráfico nos games de luta, e aqui não é diferente, os cenários são belíssimos e apesar de alguns pequenos bugs visuais quando eles se quebram, conseguem impressionar com sua diversidade de ambientes e formatos. Os golpes são extremamente fluidos e dão a impressão de estarmos vendo dois mestres em artes marciais lutando, o que era pra ser apenas um game de luta pode se tornar uma verdadeira valsa mortal quando se tem dois jogadores experientes. 

 Quanto ao áudio, a franquia mantem o nível nos seus efeitos sonoros, mas o que vale o destaque é a trilha sonora, já que além das musicas próprias do game é possível acessar a playlist de todos os outros jogos da série e criar a sua própria, misturando musicas de todos os 9 títulos (lembrando aqui que existem os jogos Tekken Tag Tournament  1 e 2).

Considerações Finais

Tekken 7 é de longe o melhor game da franquia para introduzir novos jogadores desde Tekken 3, ao mesmo tempo que deixa todos os fãs antigos felizes com a manutenção de personagens queridos, comandos similares aos antigos com pouca ou nenhuma mudança, além de trazer uma história e explicações que muitos esperavam, o sistema de customização está um pouco mais robusto que nos games anteriores e é possível utilizar vários visuais conhecidos dos personagens, o que é um ponto fortíssimo no quesito nostalgia. Apesar disso a sensação que fica é que dificilmente esse vai ser o game preferido da franquia para alguém, particularmente falando ele fica em quarto lugar para mim, não chegando nem ao pódio.

11 de dezembro de 2020

Just Cause 4

 Antes de tudo, gostaria de pedir desculpas pela demora com o post dessa semana. Estou um pouco doente e não consegui postar mais cedo, porém, antes tarde do que nunca não é mesmo? Outra coisa que gostaria de pedir é que deixem seus comentários sobre o game do dia. Sem mais delongas, fiquem com o texto de hoje.

Ação desenfreada, com movimentos mirabolantes e visual encantador, Just Cause 4 veio com uma expectativa muito grande e com um nome muito renomado. O game de ação e aventura lançado em 4 de dezembro de 2018 pela Square Enix, desenvolvido pela Avalanche Studios (mesma de de Mad Max e Rage 2) foi bem nas vendas e conseguiu agradar grande parte do publico, quais os acertos e quais os erros do quarto capitulo da franquia? 

Enredo 

Antes de falar com o enredo propriamente dito, vamos falar da sua progressão. O ritmo do jogo é extremamente lento, por vezes as missões que movimentam o enredo mostram pouca evolução, se essa baixa progressão não é suficiente para desanimar, tenho certeza que os vários requisitos à serem completados antes de continuar com as tarefas principais, tudo isso leva o ritmo do game em marcha muito lenta.

Quanto a história propriamente dita, o enredo se leva a sério demais para um jogo com a gameplay tão frenética, os diálogos dão um ar de super-heróis para o personagem principal, como se ele soubesse que tudo daria certo e que ele vai se sair bem, o que pode dar um ar canastrão mas que encaixou bem com o game. 

Rico Rodriguez, o protagonista, está mais uma vez combatendo uma organização maléfica, desta vez em um pais fictício da América do Sul, chamado Sólis. Nos fim das contas tudo se resume a combater os vilões como um exército solo, e ajudar os rebeldes a conquistarem seu lugar de volta, tudo isso em meio a um clima verdadeiramente agressivo.

Gráficos e Áudio

Incrivelmente o som é bem feito, mesmo com o caos existente no meio da ação o áudio se comporta bem, mas pode ter alguns problemas com o movimento da câmera. Mas como assim, problemas no áudio por conta da câmera? O movimento da câmera ajuda a focar o áudio, para que os sons correspondam a imagem em tela, então em momentos de muita ação é comum ouvir gritos ou frases fora de contexto com um combate acontecendo ao longe, mesmo que o local em que você está seja seguro.

Os gráficos são muito bons durante o jogo em si, mas durantes as cinemáticas a qualidade cai um pouco e causa uma estranheza muito grade e causando um certo desconforto. Além disso o mesmo problema que aparece em Horizon Zero Dawn também da as caras aqui, é possível perceber um circulo em volta de Rico, dentro dele a qualidade de imagem e riqueza em detalhes é muito maior do que fora deste círculo. Se isso não fosse o suficiente, o game conta com quedas de FPS com frequência devido a grande quantidade de explosões e inimigos em tela, o problema é recorrente e chegou ao ponto de fazer com que certas missões falhem por conta dos leves travamentos causados pela queda de frames.

Apesar de tudo isso, os gráficos são muito bonitos e rendem paisagens deslumbrantes em diferentes ecossistemas, e que rendem fotos lindíssimas. Grande parte do problema é de fato a falta de otimização do game, que poderia tornar ele uma opção melhor para quem gosta de gráficos de ponta.


Jogabilidade 

Se a queda de FPS te assustou um pouco, os problemas que aparecem aqui podem ser o ultimo prego no caixão e que vai fazer você desistir do game. Por muitos momentos, quando o gancho é usado, o game apresenta muitos bugs, entrando nas paredes, montanhas ou até mesmo portas que não deveriam ser acessadas no momento, com isso certos eventos não são desencadeados e não é possível prosseguir jogando a não ser que o checkpoint seja reiniciado.

Apesar de todos esses problemas, quando as mecânicas do jogo funcionam tudo é muito divertido, o gancho é um meio de locomoção muito bom e as interações possíveis usando as asas do equipamento de Rico e também do paraquedas possibilitam movimentos nunca antes imaginados por mim, a física do jogo não é realista mas no fim das contas isso ajuda no estilo caótico do game. Um ponto que vale destacar da gameplay é a falta de um combate físico melhor desenvolvido, ter apenas uma ação nessas situações é bem decepcionante.

Infelizmente, mesmo com uma jogabilidade bem divertida, o game tem um designe de níveis bem ruim, as missões menores que existem para desbloquear as tarefas do modo história são extremamente repetitivas e precisam ser feitas muitas, muitas e muitas vezes, são 4 ou 5 eventos diferentes que se repetem durante todo o tempo de gameplay, o que leva o jogo a  ser um tanto cansativo e desestimulante, deixando claro a falta de criatividade e inovação que chegou na franquia.


Considerações Finais

No fim das contas, Just Cause 4 é um game bem divertido e garante umas boas dezenas de horas de jogo, os problemas gráficos são reais e a falta de criatividade para os eventos menos relevantes no game pode ser incomodo e um tanto desanimador, mas mesmo com tudo isso a diversão é grande, aquele ar de Velozes e Furiosos com coisas impossíveis acontecendo a todo momento é contagiante e deixa você bem animado. Se você tolerar toda a repetição e não ficar cansado por conta da falta de criatividade do game, ele é extremamente divertido e caótico, no fim das contas foi uma boa experiência.

4 de dezembro de 2020

Star Wars - Jedi Fallen Order

 Antes de começar, hoje eu peço que deixem comentários sobre o blog e como as coisas estão indo, dependendo da resposta um post extra será feito para comentar sobre suas mensagens.


Numa galáxia muito, muito distante, os fãs da saga Star Wars estavam desgostosos com o mundo dos games, o lançamento de Battlefront 2 foi problemático, graças as politicas de mercado da EA e com isso a marca não estava passando pelo seus melhores tempos nos jogos eletrônicos, até que dois anos depois, em 2019 um novo game aparece e consegue sim ser competente e acalmar os fãs da saga de George Lucas. Star Wars - Jedi Fallen Order foi lançado em 15 de novembro de 2019, sendo um jogo de ação e aventura focado no enredo, produzido pela Respawn Entertainment e distribuído pela Electronic Arts, lançado para PS4, Xbox One e PC. Se você quer saber um pouco mais sobre o game e o motivo dele ser importante para saga intergaláctica é só continuar por aqui.


Enredo 

 Esse é o pilar do game, a história é tão boa quanto dos filmes isolados da série, não chega a ser tão boa quanto Rogue mas chega bem perto. O jogo se passa 5 anos depois do Episódio III - A Vingança dos Sith, e conta a história de Cal Kestis, um ex-Padawan da ordem Jedi que foi trabalhar como sucateiro de naves das guerras cônicas depois do extermínio dos cavaleiros da força, depois de algumas reviravoltas na vida de Kestis ele se reconecta com o seu passado graças a Cere, uma ex-Jedi que se desconectou da força. 

 O enredo funciona bem, a busca por um caminho de reestabelecer a ordem Jedi está sim aqui, mas ela existe mais como uma redenção pessoal dos personagens antes de ser algo feito pelo bem maior, e isso já destoa da imagem dos cavaleiros da força até então, além disso a estrutura da jornada do herói está presente aqui, e ela não reinventa a roda, mas consegue fazer de forma competente e prende a atenção. Além disso os personagens por si só são ótimos, até mesmo o pequeno droide BD-1 consegue ser extremamente carismático, ao contrario de games como Need For Speed: Payback, aqui a trama funciona principalmente por conta dos seus personagens cativantes. No fim, o que temos aqui é uma história digna de fazer parte dessa franquia, seguindo seus moldes ao mesmo tempo que consegue ter seu brilho próprio.

Jogabilidade

 Um game recompensador, desafiador e extremamente gostoso de se jogar, Fallen Order aposta na sua experiência em combate, unida a paciência e observação, tudo o que um Jedi de verdade precisa para vencer seus combates. Por vezes você se vê preso em um chefe e cada derrota te faz perceber novos padrões e formas de encaras a batalha, seja com a força, com bloqueios mais frequentes ou até mesmo no melhor estilo samurai esperando a brecha certa para atacar, a paciência é a maior virtude por aqui e aprender como o adversário se comporta é essencial para o sucesso.

 O sistema de evolução do personagem é relativamente simples, com 3 ramificações na sua arvore de habilidades, sendo elas as seguintes: Força, Sabre de Luz e Saúde. A primeira consiste na forma como você interage com a força, puxando ou empurrando os inimigos com maior eficácia ou paralisando eles por mais tempo, a segunda é ligada a desenvoltura de Cal com o sabre, seja arremessando ele, usando duas laminas ou dando golpes mais certeiros e o terceiro altera os valores de vida máxima, de cura com o BD-1 e até a quantidade de estimulantes de cura que são possíveis serem carregados ao mesmo tempo.

 Falando assim da arvore de habilidades, até parece que Jedi Fallen Order é um rpg de ação, mas não é, longe disso até, o game recompensa a exploração e premia você por ser um verdadeiro caçador de tesouros intergaláctico, fazer caminhos não convencionais, explorar os lugares mais inóspitos de cada planeta, passar pelas criaturas mais perigosas e passar pelos lugares mais complicados possíveis para achar tesouros e histórias através da força. O game te convida a se tornar um Nathan Drake interplanetário.   

Gráficos e Áudio

 Para que não passe despercebido, todo o áudio do game parece ter sido tirado diretamente de um dos filmes de George Lucas, dito isso a qualidade sonora está totalmente assegurada. 

O visual do jogo é ao mesmo tempo um dos pontos mais altos e também o maior defeito do titulo. A parte positiva é clara, o realismo dos personagens humanoides é de impressionar, as cores são muito bem trabalhadas e a fotografia é a coisa mais bonita do game, a cada 5 minutos de jogo é possível parar e tirar uma foto que certamente poderia se transformar um quadro. Os efeitos de iluminação competentes ao extremo para essa geração, este game nos próximos consoles tem um potencial estupendo. Pra fechar com chave de ouro, uma das coisas que mais me impressionou foi a reação das coisas ao vento, principalmente da água, a forma como as capas, cabelos e tudo mais reagem ao vento são de cair o queixo.

Mas nem só de luz o game é feito, o lado negro é forte por aqui. Os gráficos são sim belíssimos, tão belos que se tornam extremamente pesados para o console (o game foi jogado em um PS4 Slim), texturas demoram muito para carregar, objetos aparecem e desaparecem do nada, assim como inimigos também, além disso não é incomum o game travar para carregar seções inteiras à frente. O efeito que embaça um pouco a imagem quando a câmera se movimenta é terrível e pode causar um leve enjoo se você for mais sensível, confesso que tive algumas dores de cabeça por conta disso, e se nada disso fosse o suficiente como ponto negativo, o FPS do game é extremamente instável, em pelo menos 4 situações foi preferível correr dos inimigos o mais rápido que podia, pois a queda de frames torna o combate quase impossível. 

Considerações Finais

Star Wars - Jedi Fallen Order é um game bom, que conta uma história interessante para a franquia e é bem pé no chão, está longe de ser um titulo que vai revolucionar a franquia nos games e muito menos ela como um todo. Porém, Fallen Order é o game que a série precisava, e não o que ela queria. Que a força esteja com você, jovem Padawan.