28 de março de 2020

Sword Art Online Re: Hollow Fragment

Uma simulação de MMORPG (Massive Multplayer Online Role Playing Game) em um game offline, vários andares de uma torre a serem explorados e mecânicas convencionais dos jogos multiplayer transportadas para o console. Sword Art Online Re: Hollow Fragment é um remaster do game Sword Art Online: Infinity Moment lançado para PSP em 13 de março de 2013. 
Já Sword Art Online Re: Hollow Fragment foi lançado em 24 de abril de 2014 desenvolvido pela Bandai Namco e pela Aquira para PSVita e portado para PlayStation 4 e Windows. O game convida os jogadores a viverem dentro do universo mostrado no anime de mesmo nome, mas será que a experiencia corresponde ao que a série animada nos apresenta ?
O game é baseado nas light novels chamada Sword Art Online, que teve fama mundial com sua adaptação para anime que foi o lançada em 2012 fazendo com que muitos produtos feitos para expandir a marca surgissem. Antes de começar a falar do game em si acho justo dizer, de forma rápida, a minha opinião sobre a obra que fez a franquia tão popular, o anime de SAO tem uma primeira metade da primeira temporada muito boa em muitos aspectos, enredo, animação, trilha sonora, personagens etc, mas a segunda metade da temporada, momento que a trama muda de game, a qualidade despenca no quesito enredo e não volta a melhorar nas temporadas seguintes, o gosto final do anime é bem ruim, com isso em mente vamos para a review.

Para compreensão maior do enredo é necessário que se conheça a história da primeira temporada do anime, já que o game é uma extensão deste enredo, mas para quem não assistiu tem um resumo dentro do jogo. Finalmente começando a falar do game em si, a tradução é estranha e incômoda em muitos momentos e estraga diálogos que poderiam ter aquele ar épico e memorável que animes desse estilo tem, o maior exemplo do tipo de erro de tradução é chest que pode ser "Peito" e "Bau" e muitas confusões como essa acontecem. Mas falando do enredo em si, não é ruim, mas também não é bom, parece uma história meia boca de um jogo genérico, mas é algo que reflete bem o que acontece na segunda parte da animação, então é algo esperado dentro do game.
As mecânicas de gameplay simulam um MMO, foi uma experiencia diferente te tudo o que já tinha experimentado, as habilidades se encadeiam de forma natural e fluida com opções novas de ataque sendo desbloqueadas se usarmos as coisas na ordem certa e também é possível criar "macros" para isso e deixando o processo mais automático e facilitando a jogabilidade. As habilidades estão disponíveis depende de qual arma você esta usando, variam de espadas, adagas, machados, martelos e muito mais, porém temos que tomar uma decisão ao começar o game pois não é possível completar todos os caminhos de habilidades, o que ganhamos é satisfatório mas a curiosidade pra saber como seria se seguíssemos os outros caminhos é inevitável, o que me incomodou bastante.
Se você pensa em um MMORPG, certamente as batalhas contra chefes com seu grupo no fim das dungeons são de fato muito marcantes, os modelos 3D dos inimigos são muito bonitos se considerar que esse é um remaster de um titulo originalmente do PSP, os modelos e variedades dos monstros impressiona, com criaturas da mais variadas formas e tamanhos diferentes indo de minotauros e criaturas humanoides a aranhas gigantescas e coisas do tipo. Assim como os monstros os modelos dos personagens que nos acompanham é bem impressionante para um portátil, já o nosso personagem pode ser customizado ou podemos usar Kirito como protagonista, fora os modelos dos personagens as armaduras e armas também variam muito e isso é um ponto alto pois muitos MMORPGs atuais vendem essas alterações por preços abusivos, e como este titulo simula um eu não estaria impressionado se isso acontecesse, mas não é o caso. Apesar dos bons modelos para um jogo e PSP, ao pensarmos na geração atual, o visual é sim defasado mesmo que rode a 1080p e 60 FPS
Os cenários de jogo são divididos em pequenas partes com pequenas telas de carregamento entre as sessões, e é terrível que ainda existam jogos assim, os mapas não são tão compridos então era o minimo esperado que os mapas fossem carregados por inteiro, o fato de carregar o jogo em partes não serve nem como desculpa para que mais detalhes sejam adicionados aos mapas e ter um ambiente mais rico e com mais detalhes, infelizmente os mapas são mortos e vazios e isso é de entristecer pois isso daria uma vida muito maior ao game.

Por outro lado, apesar dos gráficos defasados, a trilha sonora é de fato muito boa e faz jus ao que a animação apresenta, retomado melodias e faixas muito boas do anime o que ajuda na imersão durante a jogatina, a dublagem do jogo também é muito boa e as vozes ficaram fantásticas tornando a experiencia um deleite para os fãs  

Além de caçar monstros e nos aventurarmos em masmorras também temos algumas missões que envolvem a interação social e isso modifica um pouco da dinâmica na jogabilidade mas nada que dure muito tempo e logo se torna repetitivo assim como as caçadas a monstros, além disso podemos entrar em missões multiplayer e assim se tem uma experiencia verdadeira de um MMO. Se embarcar de fato em todas as aventuras possíveis que o jogo proporciona é capaz de passar facilmente das 100 horas de jogo com seus 300 níveis a serem explorados.

Assim como tudo o que veio depois do encerramento do primeiro arco da animação este é um titulo dispensável, é tudo muito repetitivo e cansativo de se fazer a longo prazo e não vale apena todas as horas investidas no pós game, a história não é la grande coisa e os gráficos são datados além do aceitável para o ano de lançamento, a unica coisa se se salva ilesa é a trilha sonora, de fato o resto é bem pobre e não impressiona, mas se você for fã da franquia é um jogo que vale a visita principalmente se comprado em alguma boa promoção (consegui compra-lo por 10 reais para console), se a animação não te agradou ou não conhece a obra mas ela chamou sua atenção pelo designe dos personagens, passar longe é a melhor opção.


20 de março de 2020

Absolver

Artistas marciais mascarados andam por um mundo devastado buscando aprimorar suas técnicas de combate e aprender as habilidades dos seus oponentes, a principio é apenas isso que podemos ver neste titulo, mas Absolver se propõe à algo maior que isso. O game teve seu lançamento em 29 de Agosto de 2017 sendo desenvolvido pela Sloclap. Em uma tentativa de mudar a forma como games de luta são vistos, Absolver vem com uma proposta interessante, tentando mostrar que a arte marcial tem que ser tão fluida como uma dança, mas será que trouxe mesmo a sensação de fluidez das artes marciais ?

As mecânicas de combate, que é o grande diferencial do game, vão ficar pra depois, primeiro vamos falar dos gráficos e efeitos sonoros. 
Os gráficos de Absolver são simples, mas as texturas e shaders usados dão um toque muito artístico, o visual é sóbrio e mesmo sem tanta potencia gráfica acaba sendo bem realista ao mesmo tempo que lembra uma pintura. Melhor do que falar eu posso mostrar, deem uma olhada ai em baixo. Quanto aos efeitos sonoros o que mais vale destacar são os sons dos socos, chutes, cotoveladas e afins, é possível sentir o peso dos ataques e o dano causado apenas pelo barulho dos golpes que entram no oponente, da mesma forma que a sensação de amortecimento quando um oponente defende seu golpe, o som abafado durante as defesas é bem satisfatório.
Sempre é dito muito sobre o enredo, mas dessa vez ele não tem destaque aqui, todo o enredo parece existir apenas como uma "desculpa" para a ação se desenrolar, mas isso não chega a ser um problema no titulo, pois fica claro a proposta dos desenvolvedores em  fazer um game baseado em mecânicas diferentes tendo aquele ar de experimental, com isso a história quase inexistente não se torna um problema e muito menos decepcionante.
Bom, entrando agora na parte mecânica, ele lembra muito um RPG quanto a progressão, temos itens para equipar no nosso lutador e também ganhamos pontos para distribuir em nossos atributos para ficarmos mais fortes, resistentes ou até mais ágeis durante o combate. Mas a parte mais interessante das mecânicas está ligado aos nossos golpes, conforme vamos lutando contra outros oponentes vamos absorvendo suas habilidades, aprendendo seus golpes até um ponto que podemos equipa-los em formas de cartas, outra forma de aprender é quando um NPC (personagem não jogável) te ensina golpes ou até mesmo outro jogador, mas voltando a falar mais diretamente da cartas, colocando ela na ordem certa podemos mudar a postura do lutador e assim encadear outros golpes, se tivermos um baralho de cartas bem equipado a suavidade e fluides desejada pelos desenvolvedores pode ser sim alcançada, porém se o jogador não acertar na hora de montar esse baralho o combate pode sim ficar bem travado. Além de todas essas possíveis variações temos 3 estilos de combate iniciais, com mais um podendo ser desbloqueado enquanto joga.

Absolver consegue entregar o que promete mas não vai muito alem disso, ele é sim um game de combate diferente, fluido e suave como foi prometido pelos desenvolvedores, tem gráficos com um estilo que agrada e os efeitos sonoros são satisfatórios, mas acaba sendo um jogo curto pois não te prende por muito tempo, mesmo que você se aventure por algum tempo no online do game ele acaba enjoando logo e pode deixar um gosto ruim ao jogar, poderia ser muito mais se tivesse maior verba para seu desenvolvimento, fica a esperança para uma possível continuação.

18 de março de 2020

Ken Vs Ryu, qual deles é o mais forte ?

O post de hoje é um pouco diferente, dessa vez não é uma review de game mas sim uma duvida que muitos fãs da série Street Fighter tem, quem é mais forte, o protagonista Ryu ou o americano Ken ? Bom, com muitos dados coletados do Street Fighter V, a resposta foi encontrada e está logo a baixo.


Neste teste os principais golpes dos personagens foram testados em suas 4 versões diferentes, sendo elas: fraca, média, forte e com gasto de barra especial. Já os golpes testados foram: Hadouken, Shoryuken, Tatsumaki Senpukyaku (aquele golpe que ninguém entendia o nome, em que os lutadores chutavam em círculos) e suas Critical Arts, com e sem utilizar o V Skill, pois ambos tem um que aprimora suas habilidades, além disso o poder de atordoamento de cada golpe também foi contabilizado, além disso os testes com ambos os lutadores foram feitos contra o personagem M.Bison para que os valores de defesa não influenciassem no teste, já que ambos enfrentariam o mesmo adversário.

Deixando a conversa de lado, vamos começar por Ryu:

Primeiro vamos testar seu Hadouken
O dano estará logo em sequencia do golpe, assim como o seu dano enquanto a V Skill está ativa, além disso o Hadouken de Ryu pode ser carregado quando a V Skill está funcionando, esses dados também foram considerados. Ultimo aviso, se os dados do poder atordoante

Hadouken fraco   60 / V Skill 80     Carregado 130   Poder de Atordoamento 100/150  Carregado 300
Hadouken médio 60 / V Skill 80     Carregado 130   Poder de Atordoamento 100/150  Carregado 300
Hadouken forte   60 / V Skill 80      Carregado 130   Poder de Atordoamento 100/150  Carregado 300
Com barra          100 / V Skill 130    Carregado 150   Poder de Atordoamento 150/200 Carregado 300

As maiores diferenças aqui estão no poder atordoante de seu Hadouken carregado e também no dano quando uma barra é gasta.

Agora que ja vimos o Hadouken de Ryu, vamos ver como ele se sai com o Shoryuken. Assim como no golpe anterior, sua V Skill também modifica este golpe, por isso seus dados são considerados

Shoryuken fraco   100 / V Skill 110      Poder de Atordoamento 150/200
Shoryuken medio  120 / V Skill 130      Poder de Atordoamento 150/200
Shoryuken forte    130 / V Skill 140      Poder de Atordoamento 150/200
Com barra            160 / V Skill 180      Poder de Atordoamento 200/200

Aqui as maiores diferenças estão no seu dano com gasto de barro + V Skill que aumenta em 40 pontos mas estranhamente não tem diferença no seu poder de atordoamento

Diferente dos outros golpes de Ryu, o Tatsumaki Senpukyaku não é afetado pelo seu V Skill por isso essa parte dos dados não consta aqui.

Tatsumaki Senpukyaku fraco   90    Poder de Atordoamento 150
Tatsumaki Senpukyaku medio 100   Poder de Atordoamento 150
Tatsumaki Senpukyaku forte   110   Poder de Atordoamento 150
Com barra                              140  Poder de Atordoamento 150

Dessa vez o único ponto que chama atenção é que o poder de atordoamento deste golpe não se modifica, mesmo gastando uma barra.
Agora vem a habilidade mais poderosa de Ryu, sua Critical Art.

Critical Art 320 / V Skill 350     Poder de Atordoamento 0 / 300

E claramente o que impressiona aqui é o poder de atordoamento desta habilidade se a usarmos enquanto o V Skill está ativo, ótima pedida para deixar os adversários tontos e encaixar o combo seguinte.


Agora chegou a hora de vermos como o rival e amigo de Ryu se sai, será que Ken Masters conseguirá superar o protagonista ?
  

A mesma ordem das habilidades de Ryu será seguida, começando com o Hadouken de Ken Masters.

Hadouken fraco   60 / V Skill 60          Poder de Atordoamento 100 / 100
Hadouken medio 60 / V Skill 60          Poder de Atordoamento 100 / 100
Hadouken forte   60 / V Skill 60          Poder de Atordoamento 100 / 100
Com barra          90 / V Skill 110         Poder de Atordoamento 150 /150

De cara a maior diferença que podemos ver comparando com Ryu é que o poder de atordoamento não se modifica mesmo ao usar a V Skill.

Shoryuken fraco    110 V Skill /  130 Poder de Atordoamento 150 / 150
Shoryuken medio   130 V Skill / 150 Poder de Atordoamento 150 / 150
Shoryuken forte     140 V Skill / 160 Poder de Atordoamento 150 / 150
Com barra             160 V Skill / 180 Poder de Atordoamento 200 / 150

Dessa vez o americano consegue em grande parte superar Ryu, pois tanto com as versões fraca, média e forte de seu golpe ele consegue ser mais bem sucedido, e quanto a versão com gasto de barra Ken e o japonês Ryu empatam.


Agora vamos ver o Tatsumaki Senpukyaku

Tatsumaki Senpukyaku fraco   50  / V Skill 90       Poder de Atordoamento 100 / 150
Tatsumaki Senpukyaku medio 80   / V Skill 100    Poder de Atordoamento 150 / 150
Tatsumaki Senpukyaku forte   140 / V Skill 160    Poder de Atordoamento 200 / 200
Com barra                              160 / V Skill 180    Poder de Atordoamento 200 / 200

Aqui é onde Ken consegue alguma vantagem pois seu V Skill melhora, e muito, este golpe. Tanto que em sua versão forte é tão poderoso quanto o golpe de Ryu com barra gasta. 

Por ultimo mas não menos importante, a Critical Art do Sr. Masters

Critical Art 340

Isso mesmo, não tem nem um dado faltando aqui, a Critical Art de Ken não tem efeito atordoante algum.


Depois de ter todos estes dados em mãos, algumas contas foram feitas para calcular o dano e poder de atordoamento médio, para assim ser possível saber qual personagem mais poderosos em Street Fighter V, e os resultados são:

Ryu
Dano: 129,6
Poder atordoante: 178,8

Ken
Dano: 120,8
Poder atordoante: 145,8

O resultado final é bem próximo do que todos esperavam, o protagonista japonês Ryu é sim mais poderoso no quesito força, a Capcom deu um estilo levemente mais veloz para Ken, assim Ryu se torna mais forte fisicamente em relação ao seu rival, mostrando como a empresa japonesa soube como lidar com os balanceamentos do game. Mas então, o que achou do resultado desse embate ?

13 de março de 2020

Batman: The Telltale Series

Divida seu tempo entre a vida de um playboy super rico e a vida de super-herói na novela interativa sobre a vida do nosso querido Bruce Wayne. Batman: The Telltale Series teve seu primeiro capitulo lançado em 2 de Agosto de 2016 sendo concluído em Dezembro do mesmo ano, produzido pela Telltale Games o jogo foi um sucesso, e mais uma prova que jogos bem feitos dentro de sua proposta ainda dão certo mesmo em formatos mais antigos como o point and click.

Nessa novela vemos um Bruce Wayne se dividindo entre vários problemas enquanto ainda tem a vida de vigilante noturno, entre as dificuldades de Wayne temos o seu apoio e as consequências disso à Harvey Dent (Duas Caras) em sua candidatura a prefeitura de Gotham e também a aparição do seu amigo de infância Oswald Cobblepot (Pinguim). O destaque maior durante todo o enredo fica claramente com Bruce e não com o Batman, o que foi um caminho interessante a ser tomado em um game com um super-herói mas foi muito bem executado trazendo um dilema a tona sobre qual de suas "versões" é a real, Bruce Wayne ou Batman.
O estilo gráfico padrão da Telltale funcionou muito bem aqui, fazendo lembrar bem os traços de quadrinhos mesmo, porém a falta de novidade nos gráficos dentro da empresa faz com que os problemas de produções anteriores apareçam também aqui, em muitos momentos temos uma lentidão nos gráficos e até alguns pequenos travamentos, mas não é algo que estrague a experiencia. 
Como todo game de herói temos cenas de ação também, e todas ela são resolvidas na base dos quick time events, funciona de forma decente para um game que o foco é o enredo, mas poderiam ser um pouco mais difíceis pois se tivermos minimamente atentos conseguimos passar, não exige habilidade alguma apenas atenção. Mas o jogo ainda peca nesses momentos, o feedback sobre acertar ou não os comandos nesses momentos é péssimo, não sabemos se conseguimos fazer o que é pedido da forma correta, o único jeito de saber isso é se a cena continuar normalmente, fora isso não é possível saber ao certo se o comando foi certo ou não.

As pequenas seções de exploração e investigação se mantem, temos que procurar pistas e rastrear locais para desvendas mistérios e cenas de crime, tudo isso tendo ajuda dos aparatos tecnológicos para montar uma versão digital do ocorrido, essas investigações não são tão difíceis assim, com alguns poucos minutos investigando já conseguimos concluir a investigação, se for comparar com outros jogos da empresa a evolução é minima, não é bom nem ruim apenas não compromete e adiciona um elemento famoso das histórias do morcego.
Quanto a localização do game, ele esta com as dublagens inteiras em inglês, a dublagem não é ruim mas de fato faz muita falta as vozes em português já que hoje em dia é um descaso as empresas não colocarem áudio no nosso idioma. Isso não teria problema se as legendas fossem perfeitas, mas não são, tem muitos erros de tradução e em momentos a legenda simplesmente some ou por algum motivo os textos aparecem em inglês, quem não entende o idioma pode perder momentos importantes do enredo o que é decepcionante já que o mais importante aqui é a história.

Batman: The Telltale Series é uma boa pedida para os fãs do morcego, a história é muito boa e de longe é o ponto alto do game, as mecânicas são simples e faz ser algo amigável a novos jogadores mas para quem já é um veterano no mundo dos jogos é enjoativo e acaba sendo pouquíssimo desfiador, as escolhas que fazemos não interfere muito no resultado final o que decepciona um pouco mas a história é muito boa, no fim das constas se não se importar com as engasgadas gráficas e entender um pouco de inglês o game é uma boa pedida para amantes do Batman, mas nada que seja indispensável. 

6 de março de 2020

The Crew 2

Sim, isso mesmo, estamos de volta com The Crew, mas dessa vez com o segundo jogo que veio com uma proposta interessante pois além dos carros e motos iremos pilotar aviões e barcos em corridas sensacionais, novamente tendo os Estados Unidos como nosso Playground. Sendo lançado em 31 de Maio de 2018 esta sequencia aposta na ideia de maior e melhor, com muito mais veículos disponíveis, mais modalidades de disputa e um mapa maior, mas ser maior tornou o game verdadeiramente melhor?

The Crew 2 deixa todo aquele enredo de mundo do crime, policia e ladrão e tudo mais, agora nós somos um piloto que precisa ganhar popularidade e fazer seu nome no mundo das corridas, seja na terra na água ou no ar, devemos impressionar as 4 equipes existentes em Motornation ( é o nome que os personagens do jogo deram para os Estados Unidos durante os eventos "Live), e essas equipes são Street Racing, Offroad, Freestyle e Pro Racing, todo o enredo do game gira em torno disso, a história é super simples pois de fato esse não foi o foco neste game, ela esta la basicamente pra nos ensinar como as coisas funcionam neste titulo.
E a Ubisoft não deixou o enredo para traz e deixou de nos recompensar, nada disso, para compensar a falta de enredo temos muito mais veículos, são mais de 300 nesse game e poder explorar esse mapa gigantesco ( que esta maior ainda agora) de formas extremamente diferentes dependendo do seu veiculo.
Os problema do titulo anterior foram em partes corrigidos, os gráficos melhoraram absurdamente em comparação com The Crew 1, ainda não tem gráficos de ponta para a geração mas como estão agora é mais do que suficiente para um game de corrida, a iluminação foi muito melhorada e os veículos estão muito mais detalhados, a unica coisa que não teve melhoras são as pessoas, parece que isto não melhorou em nada, o que é decepcionante pela diferença de tempo entre os dois games.
 A física do jogo foi melhorada, agora todas as arvores e objetos são sólidos e não acontece de atravessarmos alguns e bater em outros, os únicos objetos sólidos que podemos derrubar são postes e algumas placas, mas é consistente a solidez dos objetos. Já a física dos carros não foi muito melhorada, tiveram pequenas coisas refinadas, o que passa a mensagem que as reações não tão realistas dos carros são propositais, o que deixa de ser um problema tão grande já que não temos mais as perseguições policiais. Ao menos para compensar a falta das perseguições policiais os modos disponíveis apenas em DLC anteriormente (Drag, Drift e Monster Truck)  agora estão presentes no game base.

 Continuando a falar sobre modos de jogo, os modos Off Road são sensacionais, a sensação de poder dirigir em florestas, na neve e no deserto proporcionam belas paisagens e uma ótima experiencia, você sente o peso dos carros, vê eles ficando sujos, a tela também fica suja e para mim é o momento de maior imersão do game

As customizações continuam, pode ser impressão minha mas tenho a sensação que as opções não aumentaram quanto a partes dos carros, mas a que existem são muito satisfatória e funcionam bem. O que realmente melhorou foram os adesivos e pinturas, temos muito mais opções de cores e agora podemos fazer nossos próprios adesivos e fazer upload nos servidores da Ubisoft, o que abre espaço para coisas incríveis no quesito customização.
Quanto a customização de performance se mantem muito parecido com o game antigo, quase como se fosse um RPG, temos que correr para conseguir caixas no fim da corrida que podem ter raridades diferentes, as caixas sempre são do tipo do veiculo que estava usando e quase sempre são melhores que os equipamentos usados no momento ( normalmente quando estamos perto do limite máximo de potencia fica mais difícil conseguir equipamentos melhores, no começo não aconteceu nem uma vez comigo).
Os gráficos tiveram um bom upgrade como eu disse, mas isso não diz respeito somente aos carros, os cenários também são lindos, as paisagens naturais são muito lindas, realmente de tirar o folego e os efeitos climáticos são muito bons, deixando a tela (e os carros) suja de areia ou lama e até mesmo com respingos de chuva.
O mapa de The Crew 2 conseguiu ser maior do que o seu antecessor, levando mais de uma hora fazer a famosa viagem costa a costa, as cidades mais marcantes do jogo estão maiores e mais bem elaboradas e polidas, mas infelizmente as cidades menores não estão mais la, o caminho entre as grandes cidades estão mais vazios e vemos pouquíssima coisa ( falando no quesito de "construções humanas"), mas as belezas naturais ajudam muito a preencher o mapa e nos deixam deslumbrados, o que justifica completamente o modo fotografia e todos os recursos que estão nele.

O áudio do jogo também é muito bom, as rádios estão melhores do que no game anterior, com mais rádios e mais musicas, sem mais comentários sobre elas. Os sons dos carros e afins são de fato o destaque aqui, os sons dos veículos são diferentes entre si, a sensação de velocidade e potencia é muito real, se possível use fones de ouvido quando forem correr, é muito gostoso ouvir o ronco dos motores
The Crew 2 mostrou grande evolução comparando com o inicio da série, mas ele ainda tem alguns problemas, acho que poderíamos ter maior customização visual nos veículos, parece que tiveram preguiça e por isso abriram para fazermos upload das nossas customizações. É um tanto difícil conseguir veículos novos pois são bem caros, mas as promoções dão bons descontos mesmo sem gastarmos dinheiro. No fim das contas o game é sim melhor que o anterior e vale a pena ter na coleção, mas depois de tantas horas de experiencia o gosto que fica na boca é "cade o próximo?", a expectativa para The Crew 3 cresceu muito mais depois de ter explorado ele mais e mais para poder escrever. Foi o melhor jogo de corrida que experimentei nessa geração. (para quem for usuário de Xbox, a não ser que você goste muito do Off Road, pode continuar com Forza Horizon).

4 de março de 2020

Final Fantasy 7 Remake DEMO

Sim, hoje não tem um jogo completo e sim a demo de um dos games mais esperados dos últimos tempos, o game vai ter uma atualização gráfica e de gameplay e aproveitei que o teste gratuito estava disponível para dar uma conferida.
Originalmente Final Fantasy 7 foi lançado em 31 de Janeiro de 1997 pela Square Enix e foi um sucesso arrebatador no final dos anos 90, sendo o primeiro game da franquia a não ter uma temática medieval, dessa vez a ficção cientifica toma conta com cenários industriais que agradaram muito o publico, além dessa mudança temos muitos personagens carismáticos que ajudaram na popularização no titulo, vendendo 9,8 milhões de cópias apenas no PlayStation 1, um valor muito alto para a época, o numero total de vendas hoje gira em torno de 12,3 milhões de cópias quando consideramos as suas versões para consoles mais modernos. No dia que essa review esta sendo postada (04/03/2020) a data prevista para o lançamento do Remake é dia 10 de Abril de 2020
Antes de começar quero dizer que essa é a visão de uma pessoa que jogou o game original, sendo assim a comparação é inevitável e a nostalgia afeta sim nossa experiencia com vídeo-games.

Quando os trailers de gameplay saíram, a mecânica parecia um pouco confusa pois agora seria um RPG de ação e não mais um jogo com batalhas por turno, mas ainda teríamos aqueles menus para selecionarmos os itens, magias e habilidades do personagem, com isso a jogabilidade parecia confusa e um tanto travada a principio mas jogando a sensação é completamente diferente, as lutas são fluidas, temos um combate no estilo hack and slash mas em meio a essa ação mais acelerada podemos apertar um botão e um menu se abre ao mesmo tempo que o game quase para ficando em super câmera lenta, assim podemos escolher se iremos usar um item, uma magia ou alguma habilidade criando combos durante a ação

Quanto aos gráficos, eles são impressionantes, os efeitos de sombra e luz estão muito bons, na imagem a cima se atentem a sombra no braço de Cloud e na luz que esta no seu outro ombro. É tudo muito lindo, e um dos melhores gráficos que já vi em RPGs, a sensação de estar vendo um dos filmes de animação da série e do nada podermos controlar os personagens foi grande na primeira vez que joguei a DEMO, os cortes entre as cinemáticas e os momentos de gameplay são muito finos, feitos de forma imperceptível, parece que a Square tomou a mesma decisão da Santa Monica com God Of War, reduzindo a qualidade das cinemáticas para que ficassem no mesmo nível gráfico da gameplay o que da uma imersão e fluides muito maiores enquanto jogamos, sem telas de carregamento para te tirar daquele universo. 

A DEMO de Final Fantasy 7 Remake foi uma grata surpresa, me deixou muito animado para um dia ter o game em mãos, o combate é fluido mesmo mantendo os menus e ataques selecionados, tudo isso se encaixou bem com a luta em tempo real. Os graficos são acima da média para os RPGs e faz jus ao esperado para a franquia que sempre teve cinemáticas lindas e filmes em animação muito bons também ( Advent Children, baseado no mesmo game, Final Fantasy 7). Se a Square Enix queria deixar os jogadores no hype para o que pode ser o maior game deles nessa geração, eles conseguiram.