28 de fevereiro de 2020

Uncharted 2: Among Thieves

Depois de irmos em busca de El Dorado em Drake's Fortune, dessa vez seguimos o rastro de Marco Polo rumo a cidade mistica de Shambala, visando a mistica e poderosa pedra Cintamani. Uncharted 2: Among Thieves foi produzido pela Naughty Dog e lançado em Outubro de 2009 e teve ótima recepção em seu lançamento, a aposta aqui é ser maior e melhor que o titulo anterior, e antes de tudo ja posso dizer que sim, o exclusivo da Sony foi sim melhor que o titulo anterior, mas ainda não eliminou todos os problemas do anterior, se quiser saber quais foram os acertos e erros dessa continuação é só continuar por aqui.

Among Thieves aumentou o elenco, além dos personagens retornantes como o protagonista Nathan Drake, Victor "Sully" Sullivan e Elena Fisher, temos novos personagens frequentes, sendo eles o vilão Zoran Lazarevic, Harry Flynn que é um antigo amigo de Drake e Chloe Frazer, antigo interesse amoroso de Nathan. A adição destes novos personagens, principalmente da Chloe que segue nosso protagonista durante mais tempo durante a campanha, cria uma dinâmica interessante com bons diálogos entes ela e Drake e ela também aparece como um contraponto de idéias a Elena. O nosso protagonista se mostra cada vez mais real, a evolução do personagem foi muito boa neste titulo. Considerando o ano de lançamento, não víamos com tanta frequência personagens bons como este, e não só ele, os coadjuvantes também são marcantes e conseguem nos atingir, seja de uma forma positiva ou negativa.
Harry Flynn
Chloe Frazer

O enredo e estética do game esta mais cinematográfico que antes, temos mais cenas com planos de cinema e situações tipicas de filmes de ação, como correr por um trem enquanto um helicóptero dispara misseis contra o protagonista. Temos momentos de ação mais frequentes, os tiroteios e combates estão maiores que antes mas estão mais justos, por muitas vezes aqui temos a munição cheia e não precisamos correr atras de uma nova arma ou mais munição (o que aconteceu com certa frequência comigo em Uncharted 1), mas não só com momentos de confronto armado, por muitas vezes a tensão toma conta por estarmos escondido e tentando resolver tudo na base do stealth, pois sim neste game é possível resolver as coisas sem disparar alguns tiros, o que era complicado no primeiro game, alem disso os momentos que estamos escalando e saltando foram mais criativos e são mais emocionantes que antes.
As mecânicas do jogo também foram melhoradas, mas os poucos pontos negativos que se mantiveram em Among Thieves estão aqui, mas vamos falar primeiro dos pequenos problemas. Uma das maiores reclamações que tive com o primeiro game foi a sensação do personagem deslizar enquanto anda e depois de alguns saltos também, esse problema foi sim corrigido, Drake não desliza mais enquanto anda e nem depois de saltar, mas os saltos ainda são estranhos e não são muito intuitivos, outro ponto que me incomodou é que a dificuldade de conseguir cobertura ainda é existente, as vezes você da o comando para Drake entrar em cobertura, ele faz o movimento mas não esta de fato em cobertura, isso aconteceu somente com pilastras durante toda minha gameplay, o que não deixa de ser um problema, outra coisa que me incomodou muito é algo que para alguns pode ser um ponto positivo, mas me incomodou um pouco, a ação é desenfreada além do que precisava, as vezes faltam momentos para que possamos tomar um folego e isso me fez ter mais pausas durante a gameplay do que eu gostaria.

Mas não foram só coisas ruins, como disse os problemas do personagem deslizar no mapa foram sanados, a quantidade de armas disponíveis cresceu e desta vez elas são competentes, os problemas que tínhamos na mira melhoraram muito, tanto quando estamos de fato mirando ou quando apenas atiramos sem a mira, dos dois jeitos os tiros melhoraram e são mais satisfatórios, a sensação de recompensa por uma mira boa é muito maior agora. 
Outro ponto interessante é o desenvolvimento de algumas fazes, pode ser difícil perceber mas se você jogar ele por uma segunda vez, ou se você for meio ruim como eu e tiver que tentar algumas vezes as fazes notamos o carinho e cuidado que tiveram ao fazer o game, principalmente o capitulo do trem.
Os loadings são todos escondidos dentro das cenas que vemos entre as sessões de jogo, isso da a sensação do jogo todo ser um grande plano sequencia, o que é muito legal e algo que vale ser destacado.
Os gráficos estão muito melhores que antes, o visual da cidade de Shambala é incrível, e as montanhas do Tibete também impressionam, isso mostra uma flexibilidade de cenários com alta qualidade por parte dos desenvolvedores. O visual dos personagens também foi melhorado, trazendo mais emoção pros momentos dramáticos, dando mais peso a história e contribui muito para o ar cinematográfico do jogo.
O som do game merece muito destaque, o som ambiente e das armas são muito bons, os efeitos sonoros são super bem feitos, os saltos, a água, o vento e tudo mais, o áudio é muito bom e encaixa muito bem, a leve trilha sonora funciona muito bem, nem uma musica que vai te marcar muito como em The Crew 2, mas aqui ela funciona bem justamente por não aparecer, ela se enquadra bem nas cenas mas não se fazem perceber, é tudo muito orgânico. 

Depois de tudo isso, quais são as considerações finais de Uncharted 2: Among Thieves? 
É mais um acerto dentre os exclusivos da Sony, continua sendo um bom jogo até hoje, poderia ser facilmente um game de inicio da geração PS4, a série ganha neste titulo um ar de "missão impossível" num universo de Indiana Jones. Tiros explosões e tesouros antigos a serem descobertos, esse é de fato um filme de ação em que nós estamos no comando, o tanto que você gosta de filmes assim vai ser o quanto vai gostar deste titulo, muito bem refinado e prazeroso. Um ótimo filme de ação com 10 horas de duração! 

21 de fevereiro de 2020

The Crew: Calling All Units

Hoje vamos para as ruas e estradas dos Estados Unidos, em busca de vingança enquanto dirigimos carros de todos os estilos possíveis. The Crew foi lançado no fim de 2014 pela Ubisoft como uma tentativa de galgar um lugar no mercado de jogos de corrida estilo Arcade, e ainda inovando, já que também é um MMO (Massive Multiplayer Online) . O titulo teve sim uma boa recepção mas não foi um sucesso arrebatador, entre trancos e barrancos The Crew conseguiu agradar, mas por quê?

Primeiro vamos falar do modo história e do enredo, e já lhes adianto que a história é pobre, o roteiro é extremamente repetido de vários lugares, se você já assistiu velozes e furiosos nada aqui vai te surpreender, basicamente temos que nos infiltrar em uma gangue para ajudar o FBI e em busca de vingança por algo que aconteceu em nosso passado. Pra compensar, a duração da história é relativamente longa, em torno de 30 horas para se terminar o enredo.
Bom, aqui começam os problemas, a gameplay do game tem alguns problemas e os principais são a física quebrada e a IA (inteligencia artificial) totalmente maluca. 
Falando da física os problemas se dividem em duas partes, o controle do carro quando saímos do chão e a solides dos objetos. Primeiramente falando dos objetos, em varias situações vemos uma cerca, uma arvore, um poste, ou até mesmo alguma placa, temos por vezes a total convicção de que nosso carro vai derrubar o objeto e vamos prosseguir correndo, mas não, simplesmente batemos e nosso carro tem um comportamento horrível devido a física quebrada, e instantes depois uma situação muito parecida o contrario acontece, então nunca sabemos direito como os objetos vão se comportar. Falando agora da física dos carros, toda vez que o carro sai um pouco do chão a sensação que ele vai capotar domina, e por muitas vezes o carro da um pequeno saltinho e pronto, perdemos a direção e capotamos, por muitas vezes perdendo corridas ou sendo pegos pela policia. E já que falamos das corridas e da policia, vamos falar da IA do game.
Durante as corridas e perseguições os adversários ou policiais se tornam super "inconsequentes" se é que me entendem, os motoristas parecem não se importar em ganhar a corrida, ou proteger os civis e te prender, a impressão fica é que todos estão tentando te matar e não vencer uma corrida.

Mas as mecânicas não são de todo mal, enquanto os carros estão no chão a física dos carros é impecável, tudo funciona muito bem, os carros são gostosos de dirigir, mas se engana se você pensa que são controles fáceis, aprender a dirigir os carros é relativamente complicado, até porque existem 8 tipos de personalização dos carros, variando através de estilos de carro entre eles carros de rua, circuitos, drag race e drift, e cada um desses estilos são completamente diferentes. Bom, se você acha que 8 estilos de carros, e algumas motos também é pouco, você também pode ir para o outro lado da lei e usar carros policiais para prender foras da lei nas estradas dos Estados Unidos. E não, eu não esqueci de falar sobre os tipos de missões presentes no game, mas ele simplesmente faz mais do mesmo, a unica diferença é que praticamente todas as missões, inclusive as perseguições policiais, podem ser feitas em grupo através do multiplayer, fora isso, sem inovação alguma.

A personalização dos carros é interessante, vamos separar ela em duas partes: Desempenho e Visual.
O desempenho pode ser modificado através de cartas de upgrade que são baseadas no seu nível e desempenho, quanto maior o seu nível e melhor seu desempenho melhores serão a cartas premio. Falando de cartas equipáveis, uma pergunta surge: É possível usar as cartas em qualquer carro? e a resposta é sim, independente do carro que você estiver, se equipar as cartas certas é possível ganhar qualquer corrida com qualquer veiculo.
Já na parte de personalização visual o game é fantástico, todos os carros tem muitas opções de para-choques, aerofólios, escapamentos, capôs, cores e muitos adesivos. Para quem tinha saudade dos antigos Need For Speed (principalmente Underground e Most Wanted) o sistema de personalização visual é um prato cheio.

Mas com tanta personalização disponível, será que os gráficos são bons ? 
Infelizmente não, os gráficos estão muito longe do que poderiam ser, faltam muitos detalhes nos carros, o jogo por vezes parece muito escuro e mal acabado, as vezes o problema também esta nas texturas escolhidas para algumas coisas. E não, o fato de ser um MMO não é desculpa pois o máximo de jogadores que podem estar no mesmo servidor é 8, então os gráficos poderiam sim ser muito melhores.

Junto com os gráficos, logo pensamos nos sons do game, e bom, quanto a som ambiente e dos veículos ele não deve nada à seus concorrentes, os sons dos carros são muito gostosos e satisfatórios, a unica coisa que me incomodou é que o som de um carro não muda quando mexemos no carro no menu de personalização. Mas e a trilha sonora ?  Essa sim brilha, as rádios do game são sensacionais, com muita variação de estilos e uma quantidade razoável de musicas em cada radio, é impossível que não encontre ao menos uma estação que lhe agrade enquanto viaja de costa a costa.

Até agora The Crew não é um jogo ruim, mas não tem nada de muito diferente de seus concorrentes, nada que o destaque mas e se eu te disser que The Crew: Calling All Units tem um mapa que representa os Estados Unidos como um todo? Parece absurdo mas sim, isso tudo esta la Nova Iorque, Chicago, Detroit, St. Louis, Miami, Dallas, Las Vegas, Seattle, San Francisco, tudo esta la e as estradas entre essas cidades são incríveis. Locais famosos também foram feitos dentro do game de forma primorosa, a sensação de estar numa road trip neste game é fantástica. Se quiser ter a experiencia de fazer uma viagem de costa a costa pode levar cerca de 40 até 50 minutos, com isso já da pra ter noção do tamanho deste mapa.

Depois de todas essas considerações feitas sobre os erros e acertos pode não ter ficado claro, mas The Crew é sim um bom jogo e vale o investimento nos dias de hoje ( se conseguir uma boa promoção é possível comprar a versão completa por menos de 40 reais), não é um jogo tão bonito quanto poderia, mas o estilo Arcade e as possibilidades de personalização dos carros te prendem durante um bom tempo além da campanha e por muitas vezes me peguei dirigindo sem rumo pelas estradas e explorando o mapa vendo lugares maravilhosos Estados Unidos a dentro me sentindo em um verdadeiro road movie.

14 de fevereiro de 2020

Street Fighter V Champion Edition

Mais um jogo de luta vai dar as caras aqui, e hoje vamos ver o capitulo mais recente de uma das maiores franquias dos jogos de luta e da Capcom, que revolucionou o mercado nos anos 80 e que passou por alguns altos e baixos até chegar nos dias de hoje. Sreet Fighter V foi lançado originalmente em 2016 para PS4 e PC, mas hoje, dia 14 de fevereiro de 2020, temos o lançamento da versão completa do game com todos os personagens e muitas, muitas roupas mesmo.
Antes de começar quero deixar claro que não vou falar dos problemas e falta de conteúdo do game no lançamento, la em 2016, vou considerar a situação do game no lançamento oficial da Champion Edition, dia 14 de fevereiro de 2020, dito isso vamos começar.

Essa edição veio para organizar a cronologia da franquia, além do modo história próprio do SF V temos um modo Acade para cada game da série (incluindo a série Alpha), o que nos possibilita ver a evolução dos personagens através dos 30 anos da franquia, mas não precisam se assustar pois todos os Arcades são com a gameplay da versão atual.

A parte gráfica do jogo é um dos pontos negativos para mim, o visual parece ter saído de uma história em quadrinhos (mesmo sem os traços grossos de Street Fighter 4), e não digo isso de um jeito positivo como em Spider Man, parece que temos um filtro por cima da imagem original, não chega a ser algo que incomoda a longo prazo pois quando os personagens estão juntos tudo fica coeso mas acho que um visual um pouco mais realista poderia ficar melhor, mas para a capcom isso poderia ser uma jogada muito arriscada. Mesmo não tendo me agradado, acho interessante a escolha dos gráficos assim, pois durante a cenas do modo história a engine gráfica é a mesma, então o mesmo visual dos personagens que vemos la, podemos ver nos personagens enquanto jogamos. No fim das contas os gráficos não são ruins, apenas não conseguiram me agradar. 

Antes de falar da jogabilidade e mecânicas quero falar sobre o conteúdo desta versão, que é muita coisa, com quase o conteúdo todo que foi lançado durante todos os anos da quinta edição, ao comprarmos a Champion Edition temos acesso a todos os personagens que foram lançados durante todos os anos, ao todo são 40 personagens diferentes(com todos os personagens do nostálgico Street Fighter II e também com todos os "Vilões" da franquia), 34 estágios diferentes e mais de 200 , isso mesmo, mais de 200 roupas diferentes para os personagens (sem contar as paletas de cores que passa das 10 para cada personagem), é um conteúdo massivo para quem for adquirir o game. Falando de preços, quem já comprou a versão original de 2016 ou a Arcade Edition, pode adquirir essa edição por 49,99 na Steam ou 76,90 no PS4.
(Personagem Cody com traje baseado em Vergil de Devil May Cry)

Já falamos sobre o conteúdo e sobre o que o game oferece em relação ao enredo e conteúdo de história. agora o mais importante, vamos falar de gameplay. Street Fighter V é claramente um game focado no cenário competitivo, tem mecânicas complexas e é um jogo muito técnico, ao contrario de Injustice 2  que é mais casual e amigavel, lógico que qualquer um vai conseguir usar alguns hadoukens ou coisas assim, mas encaixar isso em combos e sequencias grandes é difícil sem gastar um bom tempo de treinamento, a curva de aprendizado é muito ingrime, é abismal a diferença entre jogadores que tiveram mais tempo de jogo com os que jogaram menos (nos níveis mais baixos das partidas rankeadas essa diferença fica mais evidente ainda), o que ao mesmo tempo é bom pois é fácil perceber a sua evolução ao acertar combos e conseguir subir nos rankings, mas esse é um processo extremamente árduo e lento, se você não se testar constantemente a sensação de estagnação vai surgir e trazer um desanimo muito grande que afasta jogadores mais casuais.

Street Fighter V Champion Edition é um game com muito conteúdo, é uma ótima experiencia pra quem gosta da história da franquia mas não conseguia entender muito da história antes (afinal esse é o primeiro game da franquia que se da ao trabalho de explicar a história direito), para quem gosta de games mais competitivos vai aproveitar o jogo da melhor forma possível, vai aproveitar a grande quantidade de personagens e mecânicas diferentes disponíveis, já para jogadores casuais talvez não seja uma pedida tão boa, a não ser que esteja com saudade da franquia ou se interesse pelo enredo desse clássico dos games. Seja pela nostalgia, pelo enredo que pode ser visto completo pela primeira vez em um único titulo ou pelo alto teor competitivo, qualquer um que gosta de jogos de luta deveria ter este game na sua coleção.

11 de fevereiro de 2020

Pokemon Omega Ruby

Hoje vamos sair da pequena cidade de Littleroot em busca de grandes aventuras no continente de Hoenn, dessa vez num ambiente totalmente em 3D, o Remake de Pokemon Ruby ( lançado originalmente em 2002) veio para reviver a terceira geração e acender a nostalgia de quem acompanhava a franquia no inicio dos anos 2000, Omega Ruby foi lançado exatamente 12 anos após o original mas será que trouxe as boas lembranças que um Remake almeja trazer ?

A maior diferença entre o original e este titulo com certeza são os gráficos, já que nesta geração a franquia migrou do 2D para o 3D, rever cenas, locais, personagens e os Pokemon em si, poder ver aquele mundo inteiro com gráficos totalmente remodelados é muito satisfatório. No quesito gráfico o que mais alegra aos olhos são as cenas em que nosso/a rival aparece, pois agora podemos ver suas expressões corporais e faciais, tornando a relação do protagonista com seu amigo/a muito mais intensa, tendo até um pequeno toque de romance em certas ocasiões. O único ponto negativo dos gráficos do jogo esta nas animações dos ataques, que são extremamente simplistas e sem nada de novo, grande parte deste problema estão nos ataques físicos dos Pokemon, era esperado que o ataque fosse demostrado em tela mas muitas vezes os monstrinhos apenas tremem ou fazem o movimento sem andar ou saltar em direção ao oponente.
O enredo não foi modificado em praticamente nada comparado ao jogo original, ainda estamos em busca das 8 insignias enquanto nos intrometemos nos planos da equipe Magma, as maiores diferenças estão na reformulação da cidade de Mauville e que recebemos um Latios que nos faz voar através do continente, dispensando o uso da HM Fly como era costumeiro do game original. Além da história da versão Ruby, temos os episódio delta no pós game, que apesar de curto é uma boa representação da versão Emerald (lançado em 2004) trazendo o queridíssimo Rayquaza e uma pequena trama em volta dele. A trilha sonora é basicamente a mesma do game original, porém numa qualidade bem maior, não é bom nem ruim, é mais do mesmo (o que pra franquia é bom, já que a trilha sonora original era muito boa)

 Mas não foram só acertos, o pior erro desse titulo foi negligenciar a Batalha da Fronteira que era uma das coisas mais divertidas do jogo base, a expectativa para ver os times dos cérebros da fronteira atualizados era grande e seria uma experiencia muito boa para os fãs da terceira geração de pokemon, mas isso nunca ocorreu, a unica menção a Batalha da Fronteira que pode ser encontrada no game.
Quanto as inovações de mecânicas temos a atualização da PokeNav, que foi muito bem feita, a principal inovação foi a possibilidade de usar ela para ver que pokemon esta se mexendo nos matinhos, esses Pokemon normalmente são mais fortes que o normal, com habilidades ou ataques mais poderosos. Os bichinhos do tipo Fada que foram introduzidos em Pokemon X/Y (lançado em 2013)  também aparecem aqui, desta vez com um rebalanceamento, tornando as batalhas mais equilibradas e possibilitando a criação de equipes mais ecléticas e diversificadas.

Pokemon Omega Ruby não é um jogo ruim, é divertido e muito bonito, os gráficos 3D reformulados encantam aos olhos, mesmo aquele problema da animações dos ataques, a sensação  de voltar a região de Hoenn depois de 12 anos é muito boa, e ao menos para mim foi muito nostálgico, mas a sensação final, depois de terminar a campanha e perceber que o pós game é pequeno e que a Batalha da Fronteira não existe, o gosto amargo fica na boca. Vale a experiencia, mas não voltaria para revisitá-lo um dia, jogar o Emerald novamente é claramente uma opção melhor.


5 de fevereiro de 2020

Injustice 2 Legendary Edition

Hoje vamos com um dos melhores jogos de luta para o publico casual, produzido pela NetherRealm Studius e publicado pela Warner Bros. Games e lançado no dia 16 de Maio de 2017 trazendo a continuação da história do jogo anterior e trazendo muito mais conteúdo para quem não gosta das batalhas online.

Aqui vemos um ótimo exemplo de como games de luta não precisam depender de um jogo extremamente balanceado (estou pensando em você mesma Estelar) e competitivo para ser divertido e duradouro. Injustice 2 aposta num conteúdo massivo para ser desbloqueado e em desafios rotativos com ótimas recompensas. 
O game teve muitas mudanças comparado ao seu antecessor, começando pelo fato de não existirem Skins para os personagens, isso mesmo, não é mais possível selecionar um traje pronto para usarmos e mudar o visual do nosso herói ou vilão preferido, os novos modos de jogo são muito bons e te animam a continuar jogando, o Multiverso e o Multiverso Lendário dão ótimas recompensas ao mesmo tempo que são um desafio interessante, as Guildas também adicionam uma dificuldade a mais em relação ao Multiverso, pois sozinho é bem complicado concluir os eventos da guilda, sendo assim você tem que ajudar e ser ajudado pelos seus companheiros para conseguir prêmios melhores ainda, mas para isso lutar em conjunto é a unica opção.
Bom, mas que prêmios são esses ?
Então, quando disse que as skins não existiam mais foi uma meia-verdade, não é possível selecionar um traje temático como fazíamos antes mas conforme vamos jogando o Multiverso a ajudando nossa Guilda ganhamos caixa maternas que variam em 5 níveis diferentes ( bronze, prata, ouro, platina e diamante), elas funcionam como uma Loot Box (podem ficar tranquilos, não é possível pagar pelas caixas, você tem que jogar pra consegui-las) que dão partes de trajes para nossos personagens, cada personagem tem um nível e vai subindo conforme jogamos, se atendermos ao nível pedido para usar o equipamento podemos colocar ele em nosso personagem e assim ele se torna mais forte. Alem de equipamentos propriamente ditos, podemos alterar alguns ataques do personagem equipando modificações ( são aqueles encaixes roxos na imagem abaixo) e também mudar a palheta de cores, que fazem referencia a fazes diferentes dos personagens nos quadrinhos, entre elas temos as cores clássicas do Batman e da Arlequina e o famoso uniforme preto do Superman.

Você pode ter se assustado em pensar que vai precisar colocar todos os personagens do game no nivel 30 (São 38 personagens, se contar as 4 tartarugas ninja são 41) , seria muito demorado e desgastante, mas o game pensou nisso e colocou um modo IA para ajudar, podemos programar uma inteligencia artificial para jogar por nós e nos fazer poupar tempo ( eu por exemplo deixei meu Superman fazendo alguns eventos  enquanto escrevo esta review), o que é ótimo quando você precisa trabalhar em casa mas quer fazer algum avanço no jogo ao mesmo tempo.


Agora falando mais de quesitos técnicos, o jogo tem ótimos combos e jogabilidade muito fluida, o sistema foi claramente melhorado e refinado se compararmos com Mortal Kombat X que claramente tinha um sistema de combos mais rígido e travado, tudo aqui parece ser muito fluido e natural, os comandos para os golpes especiais são muito simples, diferente de Street Fighter V com personagens como Guile que tem comandos bem complexos ( dia 14 vai ter review desse game aqui, para acompanhar a edição completa que sera lançada no mesmo dia), o jogo é extremamente receptivo com iniciantes, facilmente alguém que nunca jogou um game de luta mas gosta dos personagens da DC vai se divertir com o jogo.

O quesito gráfico não deixa a desejar, se compara com os dois jogos citados acima (Mortal Kombat X e Street Fighter V), Injustice ganha e com folga, os efeitos especiais casam muito bem com a pegada realística dos personagens, ver as capas balançando durante a ação é bem legal e agradável aos olhos porém o destaque maior vai para a iluminação, a forma como a luz se comporta, as sombras que ela cria, as luzes de fundo do cenário que geram ambientes mais claros ou mais escuros, é tudo feito com um cuidado muito grande para um game de luta, que em quase todo o tempo os jogadores nem percebem pois estão concentrados no combate.

Por fim, posso dizer que a nota de 88 no metacritic é super merecida, esse é um ótimo game visto de dua óticas diferentes, tanto como um game de herói, pois representa muito bem a versão original de seus personagens, como um jogo de luta super polido, fluido e bonito, a sensação que se tem jogando é que foi um game desenvolvido com carinho, parece que os desenvolvedores da NetherRealm se importam bastante com essa parceria com a Warner Bros e fizerem esse jogo com muito cuidado e carinho. Se você gosta de games de luta, ou de heróis, esse é um titulo que precisa estar na sua estante com toda a certeza.