26 de junho de 2020

Star Wars Battlefront 2

Vindo de uma galaxia muito, muito distante, este titulo teve problemas em seu lançamento por conta das microtransações dentro de jogo, o que tornou o game "pay to win" mas será que depois da Electronic Arts ter voltado atras em sua postura extremamente agressiva na venda de loot box dentro do jogo as coisas melhoraram ?
Star Wars Battlefront 2 foi desenvolvido pela EA Dice em parceria com a Criterion Games e distribuído pela EA, lançado em 17 de novembro de 2017 para Playstation 4, Xbox One e Windows, como um game de tiro em terceira/primeira pessoa que da a possibilidade de controlar grandes heróis e vilões de uma das franquias mais famosas do cinema.


Campanha


Deste vez, Star Wars Battlefront 2 veio sim com um modo campanha, coisa que seu antecessor não fez, o que por si só já é um ponto positivo, mas as qualidades deste história vão alem disso. O enredo se passa entre os filmes da trilogia original mas apesar disso a historia funciona muito mais como uma preparação para a nova trilogia que estava surgindo no cinema.
Aqui o jogador acompanha a Iden Versio, uma agente importante do império que recebe uma missão especial após a morte de Palpatine, a partir desta missão a protagonista começa a questionar como sua vida foi levada e se ela esta do lado certo das cosias, a evolução da personagem é vista de forma bem satisfatória e as varias referencias a própria franquia deixam qualquer fã bem animado. 
A campanha é boa, mas não alcançou o que poderia devido a sua curta duração, cerca de 5 horas, se o enredo se estendesse por ao menos 10 horas poderíamos ter em mãos uma ótima obra para o cânone da franquia. No fim, o gosto que fica é o de quero mais.

Jogabilidade 

Este talvez seja o ponto mais baixo do jogo, os vários tipos de soldados que podemos controlar não trazem nenhuma inovação mecânica para os jogos de tiro em primeira pessoa, tudo que vemos aqui ja foi feito antes e a sensação de frescor é inexistente mas isso não é necessariamente ruim, devido a falta de inovações o jogo é bem polido e apresenta pouquíssimos problemas hoje em dia (tive uma ou outra queda de frames em dezenas de horas de jogo), tudo funciona bem e de forma fluida.
Quanto a jogabilidade dos heróis e vilões, essa sim foi melhorada de forma mais acentuada entre o ultimo titulo e este, a movimentação esta mais rápida do que nunca mas sem perder a dinâmica e fluidez, além disso os heróis estão cada vez mais únicos e alguns perderam aquele ar de "contra parte" quando comparamos os heróis aos vilões e esse é mais um ponto positivo.



Saindo um pouco das mecânicas e indo para os modos de jogo. Todos aqueles modos classicos de jogos de tiro estão presentes aqui, as batalhas entres pequenos esquadrões, mapas com objetivos pré determinados ou simplesmente um mata-mata, até então nada demais, porém existem modos que valem apena serem destacados, pois aqui temos invasões planetárias em que lutas entre os soldados no solo, juntamente com veículos como tanques e outras naves e até mesmo combate aéreo, tudo isso acontecendo ao mesmo tempo numa disputa de dominação do planeta, com todo aquele ar épico que pudemos imaginar durante as guerras clônicas por exemplo. 
Outro modo que merece uma atenção especial são as partidas de caçada, em que um time vai com soldados comuns do game e o outro pode controlar certas criaturas existentes naquele planeta e isto da um ar leve para o jogo quando você esta cansado de tantas batalhas comuns entre soldados.
Se você se cansar das batalhas em solo, temos as batalhas com as naves mais famosas da franquia ao alcance, caças voando, torpedos sendo disparados, tudo que uma ótima batalha aérea tem direito e até mais pois podemos invadir as naves maiores dos nossos inimigos para destruirmos eles de dentro para fora.
E se tudo isso não é o suficiente você pode largar as armas de fogo (ou seriam de lazer ?) e partir em batalhas mata-mata entre heróis e vilões da franquia, fazendo se tornar realidade aqueles combates que nunca tiveram possibilidade de existir, como Darth Maul contra Rey por exemplo.

Gráficos

Esse é o ponto que o jogo consegue mais se destacar em comparação com outros títulos do gênero e isso acontece por dois motivos, a diversidade nos cenários, personagens e mais porém também se destaca pelo polimento dos gráficos.
A diversidade de mapas diferentes com visuais diferentes  impressiona, temos tundras, desertos, cidades pequenas, cidades grandes, pântanos, tudo que você puder imaginar e com uma qualidade gráfica invejável, os detalhes são cativantes, como as pegadas que deixamos na neve por exemplo ou o reflexo nas armas, mas com tantos detalhes finos e uma qualidade gráfica grande o esperado era que o jogo tivesse problemas, e é por isso que ele impressiona, o jogo desempenha muito bem mesmo com essa tonelada de detalhes e toda a ação frenética acontecendo, todo o tempo que tive com o game foi em um PS4 mas imagino que a experiencia deste game em um computador potente deve ser deslumbrante. Mas chega de conversa, em quesitos gráficos mais do que falar é preciso mostrar.


Áudio

Quanto ao áudio não tem muito o que comentar, muitos efeitos sonoros foram emprestados pela Lucasfilm, ou seja, os efeitos sonoros clássicos de tiros, sabres de luz e muito mais estão presentes aqui sem tirar nem pôr. Além disso a trilha sonora segue fielmente os padrões dos filmes, series animadas e todos os outros conteúdos oficiais, as musicas carregam aquele ar épico da trilha clássica, o único ponto negativo da trilha sonora é uma falta de originalidade que pode incomodar os mais aficionados por musica, mas todas são muito bem executadas apesar da falta de inspiração e não compromete em nada a experiência com o game.

Problemas ?

Sim, esse jogo teve sim seus problemas mas definitivamente não foi culpa da parte técnica o game como game é sim muito bom e mereceria uma nota até um pouco maior do que o 68 no Metacritic porém os problemas do game com micro transações que não continham apenas itens cosméticos, tornando assim o jogo extremamente desbalanceado e frustrante, após toda a confusão e boicote criado dentro da comunidade a Disney publicou uma nota de repudio a essa atitude da EA que removeu as microtransações, que voltaram sim futuramente mas dessa vez apenas como itens cosméticos.

Considerações Finais

Star Wars Battlefront 2 definitivamente não é um jogo ruim, é sim um titulo competente como jogo de tiro, uma ótima homenagem para a franquia e é muito bem executado, o jogo roda muito bem, é bonito, acima de tudo é um jogo bem divertido de se jogar apesar de repetitivo, sua maior falha cabe a EA e suas politicas com micro transações, o que fez o game levar uma onda de comentários péssimos vindos dos jogadores. Apesar disso, o game hoje é uma experiencia ótima e vale apena ser jogado por fans da franquia. Que a força esteja com você!!!

19 de junho de 2020

Desculpa

Oi, hoje o post é um pedido de desculpas. Mas qual o motivo disso? Bom, hoje deveria sair um episodio do podcast para completar o post da semana passada que falava sobre RPG, tudo foi gravado dentro da normalidade, a conversa ficou bem legal e seria um episódio muito divertido, pois foi feito com pessoas que jogam comigo então vários fatos comentados foram vividos por todos ali (aproveito o momento para agradecer de coração aos que participaram), tudo corria bem até então mas quando eu iria editar o episódio para fazer os cortes necessários, colocar uma trilha sonora bacana e deixar tudo prontinho para que todos pudessem aproveitar surgiu o problema, o arquivo ficou muito pesado para o meu computador devido as varias linhas de áudio. Como não foi possível editar, o blog hoje fica sem post, pois não vou colocar um material inacabado e que eu não esteja minimamente satisfeito no ar. Perdão por isso, não vai se repetir.

12 de junho de 2020

Vamos falar de - RPG de mesa

Como preparativo pro próximo episódio do podcast temos algo diferente do padrão, mas espero que gostem!

Os RPGs sempre foram muito famosos nos jogos eletrônicos, com franquias renomadas como Final Fantasy e The Witcher. O sucesso do gênero é tão grande que até mesmo jogos de outros estilos começaram a absorver certos elementos para si, mas isso tudo não surgiu nos jogos eletrônicos, o gênero surgiu na década de 70 e a partir disso conquistou muitos fãs mundo a fora, incluindo desenvolvedores de vídeo games.



O Inicio de Tudo

O RPG foi uma evolução dos jogos de guerra medieval que existiam na década de 70, o embrião do gênero foi uma revista publicada pela Ultima Ratio Games com o titulo de The Fantasy Games, em 1971, nela continham regras para que fosse possível jogar campanhas e histórias mais complexas usando miniaturas e interpretação, ainda aproveitando os jogos de guerra que existiam. Não muito tempo depois o primeiro RPG surge, em 1974 Gary Gygax e Dave Arneson lançaram Dungeons & Dragons como um complemento de Chainmail, um dos games de guerra feitos por Gygax. O sucesso veio rápido e com isso uma nova versão estava sendo preparada para seguir com o sucesso, versão essa intitulada Advanced Dungeons & Dragon, lançada entre 1977 e 1979  esta versão atualizada e desta vez separada do jogo original fez com que o gênero explodisse de vez.

A Ascensão de um  Gênero

O lançamento de segunda edição de D&D, abreviação pela qual o jogo ficou conhecido, fez com que o RPGs estivessem em alta e com isso vários estilos e sistemas novos foram aparecendo e fomentando cada vez mais o mercado de jogos de interpretação. O publico se expandiu muito, porém em 1982 o filme Labirinto e Monstros fez duras criticas ao novo hobby que encantavam jovens nos EUA. Mesmo com um começo difícil, a década de 80 não foi ruim como um todo para o gênero, em 1983 a imagem dos RPGs começaria a melhorar, pois ali surgia a séria animada que ficou conhecida no Brasil como Caverna do Dragão, que basicamente era uma versão roteirizada de uma sessão de RPG, com os personagens resolvendo problemas sendo guiados por um mestre que muito pouco interfere, cada integrante do grupo tem suas especialidades e cumprem um papel ali, tudo exatamente como num jogo de verdade, e isso só fez com que o estilo de jogos se popularizasse ainda mais ao redor do mundo. Além disso muitos jogos famosos e que tem continuidade até hoje foram lançados nesse período, como Call Of Cthullu (1981), Cyberpunk 2020 (1988) e Shadowrun (1989) fazendo com que pessoas que não gostassem tanto assim de fantasia medieval pudessem experimentar contos de terror ou um futuro distópico e ainda assim se divertir interpretando papeis com seus amigos.


Anos 90 e o Desembarque em Terras Tupiniquins 

Os anos 90 começam com o pé direito para o RPG com o lançamento de Vampiro: A Mascara em 1991, destinado aos jogadores que cresceram jogando D&D e agora queriam aventuras mais sérias, sombrias e com temas e discussões mais adultas e nada melhor que trazer uma boa trama politica entre clãs de vampiros em busca de poder, Vampiro também cativou pessoas que queriam jogar algo focado muito mais na narrativa do que nas mecânicas, Call of Cthullu fez mas elevando isso à outro nível. Após a chegada do Vampiro ao mundo, no ano seguinte, 1992, finalmente o Brasil recebe o clássico Dungeons & Dragons oficialmente, que foi lançado pela Grow no box HeroQuest e posteriormente o lançamento de AD&D em 1995 pela Abril, mas apesar do lançamento oficial do aclamado sistema por aqui, os anos 90 foram de Vampiro e isso é indiscutível, com lançamentos como Lobisomem: O Apocalipse e Mago: A Ascensão que seguiam o mesmo estilo de história mas com ambientações diferentes, foram lançados em 1992 e 1993 respectivamente, seguido disso Vampiro chega ao Brasil em 1994.  
Essa foi a década desse gênero por aqui, a prova disso é que já em 91 tivemos o primeiro sistema nacional de RPG, Tagmar que foi publicado pela GSA, mais tarde ainda nos anos 90 tivemos também o primeiro sistema com temática nacional, Desafio dos Bandeirantes, que apesar do fracasso comercial é uma experiencia valida para os amentes deste hobby. Outro ponto importante no Brasil é o surgimento da revista Dragão Brasil que em torno dela surgiram nomes icônicos para o RPG nacional, sendo eles Defensores de Tóquio ( 3D&T) e também Tormenta.

Os Anos 2000 e a Queda do Mercado 

 No fim dos anos 90 a Wizards of the Coast tornou D&D um produto de licença aberta, assim qualquer um poderia produzir e publicar conteúdos adicionais e compatíveis com os livros base, estes que só poderiam ser feitos pela própria Wizards, com isso as vendas voltaram a subir e com isso dando um novo folego pro mercado. A atitude radicar foi seguida por alguns por aqui, assim em 2004 os criadores de Tagmar o tornaram gratuito e livre para que qualquer um pudesse dar seguimento ao produto, que está vivo até hoje 100% gratuito, clique aqui e vai la dar uma olhada no projeto.
Vampiro, a outra grande potencia do mercado tentou se reinventar trazendo suas aventuras para o século XXI com Vampiro: O Réquiem, mas falhou em competir com o mercado dos jogos eletrônicos que tinha tomado grande parte dos jogadores de RPG, apesar de ainda manter alguns consumidores fiéis.


Década Passada


Depois das dificuldades passadas nos anos 2000 a nostalgia tratou de fazer o seu serviço e tocar os corações dos "noventistas" que cresceram jogando Vampiro e seus derivados, trazendo assim as versões comemorativas de Vampiro: A Mascara, Lobisomem: O Apocalipse e Mago: A Ascensão, intituladas V20, W20 e M20 respectivamente. 
Já os magos com bolas de fogo e guerreiros medievais de D&D voltam com força total em 2014 pelas mãos da Wizards, agora comandada pela Hasbro, com a quinta edição (que tem versão em português pela Galapagos) do primeiro RPG criado e reconquistando muitas pessoas frustadas com a quarta edição que não foi bem aceita no mercado.
Vendo o buraco deixado pela quarta edição de D&D que foi um fracasso e abusando das licenças abertas, Pathfinder da editora Paizon veio para revisar e aperfeiçoar a terceira edição de D&D e tentar cativar os descontentes com a quarta edição, apesar de sair apenas em 2015 no Brasil pela Devir, superou todas as expectativas e deu um ótimo retorno.

Uma Nova Década

Depois de altos e baixos, com todo o sucesso dos RPGs eletrônicos nesta ultima década como Monster Hunter World e The Witcher 3, os tempos para o RPG de mesa são promissores pois os vídeo games não conseguiram até hoje emular a liberdade que temos em ao interpretar papeis, esse fervor dos jogos eletrônicos pode ser muito benéfico para o ressurgimento deste hobby, ficaremos aqui observando o que o futuro guarda para o RPG.

6 de junho de 2020

Horizon Chase Turbo

Inspirado no jogo de corridas Top Gear, lançado em 1992, que foi estranhamente popular no nosso país e game mediano ao redor do globo, Horizon Chase Turbo é um presente feito de fã pra fã, mas com todo o profissionalismo do estúdio brasileiro Aquiris Games Studio. O titulo teve sucesso em sua versão de celular lançado em 2015, assim sendo levado para outras plataformas, saindo para Nintendo Switch, Playstation 4, Xbox One e Steam no dia 15 de maio de 2018.

Gráficos

O estilo gráfico adotado para o game conta com poucos polígonos e isso foi uma decisão interessante pois ajuda a remeter ao game inspiração Top Gear, para compensar os poucos polígonos as cores do titulo são vibrantes, os carros tem cores sólidas com poucos detalhes diferentes e os cenários conseguem impressionar pela variedade. As mudanças de iluminação são bem impressionantes pro esperado no game e isso inclui as sombras que são bem satisfatórias. O design dos menus ficaram bem limpos e simples de se entender, bem bonitos apesar da simplicidade.

Jogabilidade 

O jogo se manteve idêntico ao Top Gear no quesito jogabilidade, com um botão para acelerar, um para os freios e um para o nitro, basicamente isso, mas além disso o peso dos carros é maior o que não acontecia nos jogos antigos. A forma como os carros interagem com a pista é bem diferente do que estamos acostumados nos dias de hoje, os carros parecem estar parados na pista e ela que se move por baixo dos veículos, característica essa que vem direto do game dos anos 90. O jogo tem mais de 100 pistas divididas entre 12 copas, entre elas temos Brasil, Africa do Sul, Grécia etc. Lembra que falei de nitro? então, aqui eles são limitados e podemos pegar mais cargas durante as missões, mas não são os únicos itens para serem coletados, temos também combustíveis e fichas de bônus para aumentar nossa velocidade e nossos pontos no fim da partida, com estes pontos podemos desbloquear novas pistas e novos carros , dentre as pistas, temos algumas bônus que nos permitem aprimorar os carros tornando eles mais potentes.


Trilha Sonora 

É aqui que o game te pega, se você jogou Top Gear nos anos 90 Horizon Chase Turbo é como um banho de nostalgia pois sua trilha sonora foi feita por Barry Leitch, e é nesse momento que você se pergunta, mas quem é Barry Leitch ? ele é o compositor da trilha sonora de Top Gear, então é fácil perceber as semelhanças entre as duas trilhas sonoras. Mas ela não se vale apenas de nostalgia, as musicas são sim muito boas, a trilha te leva direto para uma versão de alta qualidade de musicas dos anos 90, todo aquele charme pixelizado do áudio está presente mas sem perder em definição, é uma ótima experiencia, tanto que me peguei ouvindo sua sound track enquanto vagava Twitter a dentro.


Considerações Finais

A nostalgia com certeza vai ser o que te leva a este titulo, mas ele é competente e te surpreende depois de alguns momentos jogando, os carros mais "quadradões" devido ao estilo gráfico ajuda muito a remeter ao visual de games do Super Nintendo, mas não foi apenas uma homenagem, foi tudo feito com cuidado e é muito lindo, a jogabilidade foi aprimorada com novos elementos e upgrades mas ainda mantendo a forma com os pista se mexe que é uma marca forte das inspirações de Horizon Chase e até mesmo as frases engraçadinhas ditas pelos corredores estão aqui de volta, o game vai sim te render muitas horas de diversão ao longo das mais de 100 pistas espalhadas ao redor do mundo, que podem ser apreciadas com até 4 jogadores simultaneamente no famoso multiplayer de sofá. Pegue um balde de pipoca, um refrigerante, junte seus amigos que jogaram qualquer titulo de corrida dos anos 90 com você e sinta-se uma criança de novo.