O game tem mecânicas interessantes e é um jogo de quebra cabeças muito bom de fato, mas o principal ponto do jogo são os gráficos que parecem uma obra do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher, o titulo sabe trabalhar as perspectivas e a evoca a sensação de impossível passada pelas obras de Escher. A trilha sonora do jogo pode se tornar um tanto cansativa e repetitiva com o passar do tempo, porém ela cumpre o objetivo e nos sufoca conforme passamos mais tempo imersos dentro do universo e de seus quebra-cabeças e isso faz a sensação de estranheza com tudo o que se é visto em tela seja potencializado.
O game não tem um enredo muito bem construído, ele apenas te leva por uma viagem pessoal através dos nomes das fazes e as dificuldades que elas apresentam e representam tudo isso de forma extremamente metafórica, o mais palpável que é possível tirar do jogo são pequenos monólogos que acontecem entre algumas sessões da experiencia, vale dizer aqui que o titulo inteiro esta com textos em português, assim nenhuma parte da obra é perdida para quem não entende bem o inglês.
As mecânicas correspondem ao estilo gráfico e conseguem passar toda a sensação de impossível e surreal que paira sobre as fazes. As ações possíveis são bem resumidas mas ainda assim tudo funciona perfeitamente, podemos andar para frente e para trás, mas não podemos saltar, também é possível girar o mapa para fazer coisas caírem e fazer as bolas, que são nossas inimigas, rolarem pelos diferentes estágios, por ultimo e não menos importante temos a possibilidade de voltar no tempo para corrigir certos erros e também para podermos experimentar a melhor forma de resolver os quebra-cabeças. Além disso ainda é possível entrar em sessões do mapa em que podemos "mudar" a gravidade que afeta esferas que são inimigas durante o jogo. Outra mecânica existente é a de "mudar de cor", assim é possível mudar a perspectiva e acessar novos lugares e caminhos assim dificultando cada vez mais os puzzles do jogo. E se tudo isso não fosse suficiente, alguns vórtex também aparecem para nos sugar e prender dentro, sendo possível desativa-los apertando alguns botões durante as fazes, dificultando uma vez mais a resolução dos problemas.
The Bridge é uma ótima entrada para jogos Indie e também para puzzle games, ele é bonito e com uma trilha interessante mesmo sendo um tanto repetitiva, mecânicas interessantes e referencias bem legais (como o Isaac Newton e Maurits Cornelis Escher), uma experiencia gostosa de se ter e que pode deixar o jogador pensativo dependendo de como ele vai se conectar com as reflexões propostas pela obra, o único ponto negativo é a duração do jogo, curto além do comum para jogos assim, cerca de 2 a 3 horas e já é possível terminar. Abra as portas do mundo dos jogos Indie e dos Puzzle games com The Bridge
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