21 de janeiro de 2020

Assassin's Creed Origins

   Saímos de New York da postagem anterior e vamos direto para o antigo Egito, acompanhando parte da historia de Bayek, um Medjay, atuando como protetor do Faraó e do próprio Egito.

   Antes de começar a falar sobre o jogo de fato, vou contar a minha história com a franquia. Joguei Assassin's Creed 2, Assassin's Creed Brotherhood e Assassin's Creed 3, e minhas opiniões sobre os três títulos são bem parecidas, o enredo dos jogos eram de fato muito bons e interessantes, mesclando eventos lugares e pessoas do mundo real com acontecimentos e personagens fictícios, eles não precisavam perder tempo apresentando personagens que representavam figuras reais, pois partiam do pressuposto  que nós já os conhecíamos, e isso ajudava a dar um ritmo bem interessante pro desenvolvimento da história. 
Apesar do ótimo enredo nem tudo são flores e as mecânicas do jogo me cansaram muito rápido, fazendo um jogo de ação e aventura se tornar chato e enfadonho, deixando a franquia como uma lembrança ruim em minha memória. Sem mais enrolação, vamos pra review

   Assassin's Creed Origins foi lançado em 2017 e foi como um reboot para a série, inovando nas mecânicas e indo para o inicio dos assassinos. A trama aqui se passa na época de Cleópatra e é cheia de tramas politicas envolvendo o Egito, Roma e Grécia.


   O enredo se desenrola através da busca por vingança de Bayek, que o leva para problemas bem maiores do que ele imaginava, enquanto a história segue mostrando nosso protagonista e desenvolvendo o personagem ela segue bem e com grande qualidade, nos apresentando seu filho falecido e sua esposa Aya, que diga-se de passagem também é outra ótima personagem. Aya é uma personagem extremamente importante, ela é quem move a história de fato, ditando o que Bayek vai fazer e coisas do tipo, Aya é o cérebro e Bayek os músculos. 

   Porém quando saímos um pouco das missões principais e vamos rumo as missões secundarias a qualidade da história despenca, não conseguimos nos importar com aquilo que esta acontecendo e fazemos as missões simplesmente por fazer, o único ponto positivo disso tudo é o desenvolvimento do nosso personagem, que provavelmente vai entrar para o grupo de melhores protagonistas da série.    A parte fora do Animus é praticamente um fan-service então não vou me dar ao trabalho de falar sobre ela.  
    
   A parte gráfica é muito boa, os desertos são lindos, a areia é muito bonita e as dunas durante o por do sol são de tirar o folego, a ambientação também foi muito bem feita, as roupas são muito marcantes e características mas o ponto alto são as grandes construções e cidades, a primeira vez que vimos Alexandria é de tirar o folego.
As construções clássicas do Egito também são muito bonitas, o que mostra grande empenho da produção de arte do game 


   
   Quanto a gameplay vem o ponto mais alto, mas ao mesmo tempo o ponto mais baixo do game, vou explicar melhor. Muitas coisas mudaram pra este jogo, se tornando um jogo de ação e aventura com fortíssimos elementos de RPG com uma ótima arvore de habilidades fazendo a progressão de personagem ser muito satisfatória. O sistema de combate mudou muito,  por consequência dos elementos de RPG, os combates são muito mais cadenciados se tornando impossível lutar contra mais de 3 ou 4 inimigos com a facilidade que ocorria antes, as lutas com animais são bem divertidas no começo assim como as lutas com inimigos humanos, você sente um nível de dificuldade mas ainda sim consegue vencer sem muito esforço de forma satisfatória. As arma que podemos usar variam bastante, com varias opções entre armas corpo a corpo e a distancia, também podemos melhorar a "armadura" do personagem, aumentando nosso dano, armadura, vida e também nossa munição e isso é muito bom e causa uma sensação muito satisfatória de progressão.

   E por que isso é uma coisa ruim? Vamos la! 
O sistema de RPG foi muito bem implementado em muitos sentidos, mas a mão foi muito pesada ao balancear isto, é praticamente impossível vencer uma missão com inimigos que estejam a 3 ou 4 níveis a sua frente, não importa o quanto você desvie dos ataques e consiga atacar de forma constante, você perde facilmente 1/3 da vida em um golpe qualquer e não consegue responder esse dano na mesma proporção. Essa posição foi tomada para que fossemos obrigados a fazer muitas missões secundares e explorássemos  mais o game, porém as missões são muito chatas e repetitivas o que se torna muito cansativo para terminar o jogo, pois entre uma missão e outra do modo história temos que gastar muito tempo para aumentar nosso nível para conseguir um combate mais justo durante as missões. 

Ponto problemático extra para quem gosta de jogos dublados são as vozes, a escalação dos atores para os personagens secundários foram muito ruins, os personagens principais tem boa dublagem e conseguem entregar o necessário para transmitir a emoção dos personagens, os secundários tem vozes extremamente desconexas com os personagens, longe de ser culpa da Ubisoft mas é um ponto negativo e que particularmente me incomodou bastante enquanto jogava.

    Por fim, Assassin's Creed Origins é bom ou não ?
Sim o jogo é muito bom, é um jogo bonito e divertido com sistema de combate complexo no ponto certo mas ainda sendo amigável para pessoas que já estavam na franquia da Ubisoft, um ótimo personagem principal e um enredo bem interessante, que deixa as figuras históricas um pouco mais de lado para investir numa história prequel muito competente para toda a franquia. Erraram a mão na hora de inovar, com um sistema de RPG desbalanceado, porém ainda é um bom sistema de itens e evolução de personagem satisfatória

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