30 de janeiro de 2020

Uncharted: Drake's Fortune

Hoje começa uma série de reviews da franquia Uncharted, os três primeiros jogos vão aparecer por aqui e logicamente vamos começar do começo com Drake's Fortune (lembrando que todos os jogos estão em sua versão remasterizada para PS4). O inicio da franquia se da em 19 de novembro de 2007 com o lançamento de Uncharted: Drake's Fortune.
Uncharted te da a sensação de estar dentro de um filme da série Indiana Jones, explorando tumbas antigas e buscando grandes tesouros, sendo um jogo de ação e aventura interessante, com um roteiro que não deve em nada para filmes do gênero.

A história se desenrola através da busca de Nathan Drake pelo El Dorado com a ajuda de seu amigo e mentor Victor "Sully" Sullivan e da jornalista Elena Fisher. Além da busca por El Dorado nosso herói também busca saber mais sobre seu ancestral Sir Francis Drake que já havia buscado a verdade sobre a lenda. Todo o enredo é bem amarrado e te conduz de forma muito satisfatória, este é o maior ponto positivo do game, funcionando como um ótimo filme de ação e aventura interativo, em que além de torcer pelo protagonista, podemos controla-lo e sentir na pele o quão difícil são aqueles feitos que vemos em tela
 
Nathan Drake a esquerda e Victor "Sully" Sulivan a direita 
Elena Fisher

Agora vem os problemas, as mecânicas do jogo parecem mal acabadas, a hit-box (caixa de colisão) da cabeça dos inimigos são muito ruins, sendo muito difícil e pouco recompensador tentar um tiro certeiro na cabeça dos inimigos. A sensação ao caminhar ou dar pulos com o personagem é bem estranha, Drake parece "deslizar" nos cenários, essa sensação é bem incomoda no inicio mas depois de algum tempo nem se percebe mais, por ultimo mas não menos importante, em uma das fazes do jogo controlamos um jet ski ou ao menos tentamos controlar, pois controlar o veiculo é um desafio a parte, os comandos são terríveis, ao menos esse tipo de mecânica aparece apenas em uma missão.

Mas não é de todo o mal, o sistema de cobertura durante os combates é muito bom, e mesmo com a hit-box da cabeça com problemas o resto do corpo funciona bem, a sensação de acertar os tiros é muito satisfatória vendo os inimigos sentindo o impacto da balas.
As sequencias de escaladas e os puzzles também são muito bem feitos. A escalada é bem satisfatória e bem intuitiva, os pulos funcionam bem nesses momentos e depois de alguns momentos de jogo se torna praticamente impossível errar os saltos. Os puzzles que tem no jogo são bons também, em certo momento é preciso dar tiros em sinos para abrir uma porta por exemplo, girar estatuas na ordem certa ou até mesmo ordenar itens pra abrir passagens, fazer correntes e cordas aparecerem e até fazer pilares surgirem para que certos saltos possam ser dados.

Com mecânicas descentes e um enredo muito bom, Uncharted: Drake's Fortune é um pontapé inicial muito bom para uma franquia de grande sucesso para a Sonny, um jogo divertido que te prende pela boa história e ritmo, mesmo com alguns probleminhas merece ter um lugar na prateleira.


28 de janeiro de 2020

Horizon Zero Dawn

A review de hoje vem de um futuro nada convencional, em que maquinas dominam tudo e a humanidade voltou a viver em tribos. Hoje vamos falar de Horizon Zero Dawn, um RPG (Role Playing Game) de ação, exclusivo da Sonny lançado em 28 de Fevereiro de 2017 pela Guerrilla Games.
Horizon foi um ótimo exclusivo de meia geração, com gráficos muito belos, bom enredo e jogabilidade excelente, fazendo por merecer a nota de 89 dos críticos no Metacritic, agora chega de demora e vamos a review de fato. 

Começando no quesito visual, o designe é incrível, as maquinas são sensacionais, desde as pequenas e bem detalhadas como os "Vigias" até as maquinas grandes e imponentes como o "Tiranico" ou o "Pescoção". O designe é o ponto mais forte no quesito gráficos dentro do jogo

Os modelos dos personagens são bem bonitos e expressivos, conseguem passar toda a emoção necessária, a forma como os olhos se mexem e as expressões faciais dos personagens são bem executadas mas não inovam em nada, fazem o arroz com feijão muito bem feito. Bom, pra não dizer que eles não fizeram nada fora da curva nos gráficos, os cabelos de Aloy são impressionantemente lindos ao vento.

Mas os gráficos não saíram ilesos, durante o jogo alguns problemas acontecem quanto a iluminação, sim ela é bem bonita porém alguns momentos a mudança de claridade acontece de forma brusca com sombras desaparecendo ou os tons da luz solar mudando muito rapidamente. Mesmo com estes problemas a iluminação do game ainda merece um destaque, os pequenos bugs não incomodam a gameplay
Quanto ao enredo ele é muito interessante e intrigante, nos faz querer devorar o jogo em pouquíssimo tempo, saber o que deixou o mundo como nós o encontramos, saber o motivo de Aloy ser uma exilada e tão importante para o futuro não só de sua tribo, os Nora, como também para o futuro do mundo. Aloy tem um trajeto de amadurecimento pessoal, descobertas sobre seu passado e sobre o "mundo metálico" e acompanhar ela é mais gratificante do que o esperado quando começamos a aventura. O único ponto negativo de toda a trama é que se torna muito expositiva em certos momentos, não chega ao ponto de ser incomodo mas muitas coisas não precisavam ser expostas de forma obvia, deixar apenas subentendido seria uma opção melhor.  A história se desenrola totalmente nas missões principais, enquanto as missões secundarias estão la para aumentar nosso conhecimento de mundo, mesmo assim as missões são satisfatórias de serem concluídas e são recompensadoras na medida exata.
Agora vem a parte principal, sem boas mecânicas e fluides na gameplay nem um jogo consegue se consagrar, e com toda certeza Horizon Zero Dawn é fantástico, o sistema de progressão de personagem é muito bom, as habilidades que podemos escolher ao subir de nível é de fato recompensador, sentimos os impacto de cada uma dessas habilidades enquanto jogamos, o sistema de construção e aprimoramento de equipamentos e inventario também funciona de forma muito competente. 
Quanto a parte de ação ela funciona bem quase sempre. Os combates são fantásticos e desafiadores, a variedade de munições e armas não é muito alta mas saber usar o equipamento certo nas maquinas certas e mirar bem pra acertar os melhores locais possíveis é indispensável, não adianta apenas acertar o alvo, isso é fácil já que eles são bem grandes, mas o ponto crucial é acertar nos pontos fracos e fazer isso enquanto desvia de golpes e tiros se torna bem desfiador. A movimentação é muito boa quando estamos em solo ou cavalgando em algumas maquinas, mas ao escalar os comandos levam um certo tempo para se acostumar, e muitas vezes é mais fácil e rápido pular contra as montanhas e ir "escalando" por elas do que procurar o ponto certo para isso, a movimentação de Aloy nos pequenos rios que aparecem é péssima, ainda bem que se estiver montado em maquinas , acertar alguns pulos ou procurar o ponto certo para atravessar toda a interação com água é eliminada.
Horizon Zero Dawn é um game fantástico que representa muito bem o console da Sonny, é bonito, com mecânicas interessantes, um bom mundo aberto e um enredo que não deixa a desejar se comparado com outros exclusivos da empresa  (estou falando de você mesmo Kratos). É indispensável pra qualquer dono de Playstation nessa geração, com pelo menos 30 hora de campanha esse pode ser um ótimo investimento

21 de janeiro de 2020

Assassin's Creed Origins

   Saímos de New York da postagem anterior e vamos direto para o antigo Egito, acompanhando parte da historia de Bayek, um Medjay, atuando como protetor do Faraó e do próprio Egito.

   Antes de começar a falar sobre o jogo de fato, vou contar a minha história com a franquia. Joguei Assassin's Creed 2, Assassin's Creed Brotherhood e Assassin's Creed 3, e minhas opiniões sobre os três títulos são bem parecidas, o enredo dos jogos eram de fato muito bons e interessantes, mesclando eventos lugares e pessoas do mundo real com acontecimentos e personagens fictícios, eles não precisavam perder tempo apresentando personagens que representavam figuras reais, pois partiam do pressuposto  que nós já os conhecíamos, e isso ajudava a dar um ritmo bem interessante pro desenvolvimento da história. 
Apesar do ótimo enredo nem tudo são flores e as mecânicas do jogo me cansaram muito rápido, fazendo um jogo de ação e aventura se tornar chato e enfadonho, deixando a franquia como uma lembrança ruim em minha memória. Sem mais enrolação, vamos pra review

   Assassin's Creed Origins foi lançado em 2017 e foi como um reboot para a série, inovando nas mecânicas e indo para o inicio dos assassinos. A trama aqui se passa na época de Cleópatra e é cheia de tramas politicas envolvendo o Egito, Roma e Grécia.


   O enredo se desenrola através da busca por vingança de Bayek, que o leva para problemas bem maiores do que ele imaginava, enquanto a história segue mostrando nosso protagonista e desenvolvendo o personagem ela segue bem e com grande qualidade, nos apresentando seu filho falecido e sua esposa Aya, que diga-se de passagem também é outra ótima personagem. Aya é uma personagem extremamente importante, ela é quem move a história de fato, ditando o que Bayek vai fazer e coisas do tipo, Aya é o cérebro e Bayek os músculos. 

   Porém quando saímos um pouco das missões principais e vamos rumo as missões secundarias a qualidade da história despenca, não conseguimos nos importar com aquilo que esta acontecendo e fazemos as missões simplesmente por fazer, o único ponto positivo disso tudo é o desenvolvimento do nosso personagem, que provavelmente vai entrar para o grupo de melhores protagonistas da série.    A parte fora do Animus é praticamente um fan-service então não vou me dar ao trabalho de falar sobre ela.  
    
   A parte gráfica é muito boa, os desertos são lindos, a areia é muito bonita e as dunas durante o por do sol são de tirar o folego, a ambientação também foi muito bem feita, as roupas são muito marcantes e características mas o ponto alto são as grandes construções e cidades, a primeira vez que vimos Alexandria é de tirar o folego.
As construções clássicas do Egito também são muito bonitas, o que mostra grande empenho da produção de arte do game 


   
   Quanto a gameplay vem o ponto mais alto, mas ao mesmo tempo o ponto mais baixo do game, vou explicar melhor. Muitas coisas mudaram pra este jogo, se tornando um jogo de ação e aventura com fortíssimos elementos de RPG com uma ótima arvore de habilidades fazendo a progressão de personagem ser muito satisfatória. O sistema de combate mudou muito,  por consequência dos elementos de RPG, os combates são muito mais cadenciados se tornando impossível lutar contra mais de 3 ou 4 inimigos com a facilidade que ocorria antes, as lutas com animais são bem divertidas no começo assim como as lutas com inimigos humanos, você sente um nível de dificuldade mas ainda sim consegue vencer sem muito esforço de forma satisfatória. As arma que podemos usar variam bastante, com varias opções entre armas corpo a corpo e a distancia, também podemos melhorar a "armadura" do personagem, aumentando nosso dano, armadura, vida e também nossa munição e isso é muito bom e causa uma sensação muito satisfatória de progressão.

   E por que isso é uma coisa ruim? Vamos la! 
O sistema de RPG foi muito bem implementado em muitos sentidos, mas a mão foi muito pesada ao balancear isto, é praticamente impossível vencer uma missão com inimigos que estejam a 3 ou 4 níveis a sua frente, não importa o quanto você desvie dos ataques e consiga atacar de forma constante, você perde facilmente 1/3 da vida em um golpe qualquer e não consegue responder esse dano na mesma proporção. Essa posição foi tomada para que fossemos obrigados a fazer muitas missões secundares e explorássemos  mais o game, porém as missões são muito chatas e repetitivas o que se torna muito cansativo para terminar o jogo, pois entre uma missão e outra do modo história temos que gastar muito tempo para aumentar nosso nível para conseguir um combate mais justo durante as missões. 

Ponto problemático extra para quem gosta de jogos dublados são as vozes, a escalação dos atores para os personagens secundários foram muito ruins, os personagens principais tem boa dublagem e conseguem entregar o necessário para transmitir a emoção dos personagens, os secundários tem vozes extremamente desconexas com os personagens, longe de ser culpa da Ubisoft mas é um ponto negativo e que particularmente me incomodou bastante enquanto jogava.

    Por fim, Assassin's Creed Origins é bom ou não ?
Sim o jogo é muito bom, é um jogo bonito e divertido com sistema de combate complexo no ponto certo mas ainda sendo amigável para pessoas que já estavam na franquia da Ubisoft, um ótimo personagem principal e um enredo bem interessante, que deixa as figuras históricas um pouco mais de lado para investir numa história prequel muito competente para toda a franquia. Erraram a mão na hora de inovar, com um sistema de RPG desbalanceado, porém ainda é um bom sistema de itens e evolução de personagem satisfatória

18 de janeiro de 2020

Spider Man - 2018

O jogo de hoje é Spider-Man do PS4, jogo feito pela Insomniac Games e foi lançado em 2018, foi sucesso instantâneo com 3,3 milhões de unidades vendidas em 3 dias (superando os números de God of War no mesmo tempo). O que vai ser avaliado aqui é apenas o jogo base, sem as três DLCs já lançadas, mas agora deixando de enrolação vamos para a review do game. 



A primeira coisa que chama atenção no game são os gráficos, eles são muito bonitos, os efeitos de luz durante o jogo são incríveis, principalmente durante o por do sol e durante a noite. 
Outro ponto importante é a estabilidade no FPS, mesmo no PS4 Slim os frames ficaram estáveis durante todo o jogo.

O enredo do jogo cumpre seu papel, definitivamente ele não reinventa a roda mas é competente no que faz e não prejudica todo o resto, ele é simples mas envolvente, lembrando de certa forma os enredos de uma HQ o que talvez não funcionasse muito bem em outros jogos mas neste funciona muito bem, pois evoca a sensação de ler uma historia do personagem, mas dessa vez não estamos só lendo, estamos vivendo o enredo. 

Os personagens recorrentes são carismáticos, Mary Jane  e Peter tem uma ótima química e você torce para o casal durante todos os momentos em que aparecem juntos, Miles Morales aparece numa versão bem diferente dos quadrinhos, este é menos carismático que os outros dois  mas ainda assim é um bom personagem, May Parker aparece como uma senhorinha super simpática, cada vez que ela aparece da um show de fofura. 
Os vilões não chamam muito atenção, alguns deles aparecem muito rápido e sem desenvolvimento, então vou me ater aos 3 que chamam atenção: Mr. Negative , Doutor Octopus e Norman Osborne .

Mr. Negative não me impactou como senti que o jogo espera, ele é tratado como um vilão importante mas o game não faz quem joga se importar com ele, mesmo depois de descobrirmos a história de sua vida não faz com que uma importância surja para quem esta jogando

Octopus é de longe o vilão mais bem construído, acompanhamos o desenvolvimento do personagem saindo de cientista a super vilão ao decorrer da história  de forma lenta e gradual, descobrimos suas motivações e vemos sua mente sendo reconstruída, se tornando um gênio do mal, enquanto cientista ele é uma pessoa visionaria e que busca fazer algo grande. Durante muito tempo não sabemos qual vai ser o posicionamento do personagem durante o enredo, não sabemos se ele vai se tornar mesmo um vilão ou não.

Norman Osborne é o vilão mais interessante do jogo pra mim, aqui ele é o prefeito de New York City e dono das industrias Oscorp, a interação dele com os dois vilões anteriores é sensacional, é um personagem com motivações mais bem construído do jogo, ele passa uma verdade impressionante durante suas falas, e mesmo sem agir diretamente suas jogadas são mais do que suficientes para sentirmos o poder deste personagem
Outro ponto interessante é a dublagem, as vozes foram muito bem escolhidas e casam perfeitamente com os personagens, se tivesse que dar destaques eu diria que Peter Parker/Spider Man (Diego Marques) Norman Osborne (Charles Dalla) e Otto Octavius (Silvio Toledo) são personagens que brilham com suas vozes nacionais.

Agora falando da parte mais importante, o Gameplay e conteúdo de jogo. Falando primeiro do Gameplay pode-se dizer que é impecável, o sistema de luta foi extremamente inspirado nos jogos do Batman da série Arkham mas não entenda isso de forma negativa, o sistema de combate é simples e amigável mas conforme o seu personagem evolui o sistema de combate começa a se tornar um pouco mais complexo sem se tornar um bicho de sete cabeças. 

As missões do jogo são muito orgânicas e muitas vezes parece que os fatos de fato estão acontecendo por acaso e que não foram programados assim, por vezes o jogador fica sem uma missão da linha principal para fazer, até que recebe uma ligação e a nova missão aparece envolvendo a conversa que terminou a pouco. As missões secundarias muitas vezes aparecem de supetão enquanto andamos pela cidade, e isso da a sensação que a cidade esta viva, o que torna o jogo pouco cansativo e dinâmico.

Outro ponto muito importante é a movimentação, sim teremos um tópico apenas para a movimentação, o balançar de teias na cidade é super divertido e gostoso de fazer, a física é muito boa também, não conseguindo se balançar sem ter um prédio ou algo alto por perto ou perdendo velocidade se soltarmos a teia no momento errado. É tão satisfatório se balançar pela cidade que por muitos momentos estive me balançando pela cidade recolhendo os colacionáveis por mais de 1 hora.

Agora falando sobre a evolução do personagem. A escolha da Insomniac por trazer um sistema de evolução de personagem simples mas satisfatório foi sensacional, um toque de RPG na hora de evoluir seus gadgets e também ao evoluir as habilidades do Aranha propriamente dito.

Finalmente vamos falar dos uniformes disponíveis, são mais de 30 uniformes diferentes para serem desbloqueados, uniformes de muitos arcos diferentes das HQs e também algumas versões do cinema, também temos dois trajes exclusivos do jogo

 
Por fim o veredito, Spider Man é um ótimo exclusivo de PS4 que mostra a potencia do console com um jogo leve divertido, não cansa jogar este jogo por muito tempo, ansioso pra ter as DLCs em mãos para continuar a jogar , os colecionáveis são incríveis e o sistema de combate é simples mas gostoso, as lutas são incríveis. Se você procura um jogo de ação/aventura com uma boa história e mundo aberto com bastante conteúdo  esta com certeza é uma ótima opção e se conseguir este jogo por um precinho bom é um ótimo investimento