1 de janeiro de 2021

Monster Hunter World: Iceborne

 O novo mundo foi explorado por muitas e muitas horas, os monstros conhecidos até então foram caçados até a exaustão, quando tudo parecia próximo ao fim uma nova localidade foi descoberta além das águas e com isso novas criaturas aparecem, enquanto velhos conhecidos da guilda de caçadores também dão as caras, Iceborne expandiu o game de uma forma que praticamente dobrou a quantidade de conteúdo existente para ser explorado e com desafios muito maiores dos apresentados anteriormente. Que mistérios essa parte desconhecida do Novo Mundo guarda ? Se quiser dar uma olhada no que foi falado sobre Monster Hunter World antes de ver o que aconteceu na sua expansão, tem um post sobre o game aqui no blog também, clica aqui e vai lá dar uma olhada!


Aspectos Técnicos 

 Toda a parte referente a gráficos, sons e quaisquer outros aspectos técnicos se mantém igual ao do jogo original, por isso se você não jogou o game é só ir no nosso post sobre ele para saber um pouco mais.

Jogabilidade 

 Todas as armas disponíveis tiveram novos ataques adicionados, além disso todas elas tem interações com a nova ferramenta, a prendedora, que possibilitam novos combos e tornam as armas bem mais ofensivas e recompensam muito bem quem toma uma postura proativa e agressiva contra os monstros. O game se tornou cada vez mais dinâmico e divertido, ao mesmo tempo que a nova ferramenta facilitou alguns combates e serviu como regulador de dificuldade graças ao novo nível de poder das criaturas.

A Prendedora mudou um pouco a dinâmica das lutas,  é possível se agarrar aos monstros e ataca-los para enfraquecer eles e aumentar o dano na parte machucada, além disso também é possível virar as criaturas de um lado para o outro e joga-los contra as paredes ou contra outros monstros, derrubando eles e causando bastante dano. Mas não pense que isso facilitou o game, pois todos os monstros aqui estão extremamente mais fortes, o dano causado e abertura criada por essa ferramenta foi apenas uma forma de equilibrar a luta para nosso lado.

Outra coisa que foi adicionada e foi muito bem aceita por todos é o Vaporizador, uma maquina a vapor que podemos ajudar em Seliana, que é a nova base do game. Quando levamos carvão ou usamos o combustível orgânico criado através das nossas caçadas é possível ativar a maquina a vapor e obter itens de cura, bombas, bilhetes especiais que podem ser trocados por joias e esferas de armadura, tudo isso sem precisar "gastar" nada, pois o simples fato de fazer as caçadas e se aventurar nas Terras-Guia é suficiente para conseguir alimentar a maquina, nada que você não fosse fazer mesmo que o Vaporizador não existisse. 

Monstros

 O game trouxe uma versão otimizada de grande parte dos monstros do game base, os que não tiveram sua otimização feita eram monstros de eventos ou tiveram uma nova versão, mais trabalhada, apresentada na expansão. As criaturas estão mais fortes, mais espertas e muito mais desafiadoras, ao todo temos 94 monstros, sendo 23 monstros pequenos e 71 monstros grandes, dentre estes alguns não estão disponíveis em Iceborne pois eles tem versões disponiveis apenas no novo nivel de dificuldade. Os monstros que não retornam para a expansão são os seguintes: Lich, Lich Ancião, Behemoth, Xeno'jiiva, Deviljho, Bazelgeuse, Vaal Hazak e Nergigante. Todos esses monstros não estão disponíveis, mas Xeno'jiiva, Deviljho, Bazelgeuse, Vaal Hazak e Nergigante tem versão novas disponíveis, com padrão de ataques totalmente diferentes e visual reformulado. Muitos monstros clássicos voltaram, como Barioth e Nargacuga, mas também temos novos seres apresentados são muito interessantes, como por exemplo Banbaro, que apesar de ser uma criatura de começo de jogo, é bonito e tem armaduras lindíssimas, Velkhana que é o monstro de capa da expansão também é super carismática e com uma armadura gélida que enche os olhos e também boa o suficiente para ser utilizada nas caçadas.

Enredo

 Toda a história faz sentido agora, os motivos dos monstros estarem aparecendo pelo novo mundo e também o por que de Nergigante existir. Muitas explicações são dadas e toda a construção criada até a luta contra o chefe final é muito melhor que no jogo base, e com um chefe final muito mais amedrontador que o Xeno'Jiva. Apesar do enredo ter melhorado e pequenos plots servindo de combustível para a trama principal ser um ponto muito positivo, o fato do personagem principal ser mudo é bem ruim e pode ser um tanto incomodo já que algumas perguntas pertinentes poderiam ser feitas por ele. O nível do enredo no geral sobe um pouco, mas nada que seja impressionante, e esta nunca foi a intenção.

Pós-Game

 O pós-game do jogo base não é nada perto do que se tem agora, as missões de evento, Arch-Aguerridos e criaturas extremamente poderosas como Alatreon e Fatalis estão presentes aqui, e isso por si só já é desafio o suficiente para prender um jogador horas a fio se preparando e tentando derrotar esses dois dragões incríveis. 

 Porém, isso não era o suficiente para a Capcom, com isso as Terras-Guia foram criadas, uma ilha com todos os biomas já vistos antes, um único mapa com partes de todos os outros mapas disponíveis até então. Com isso todo e qualquer monstros pode aparecer por lá, com itens que só aparecem aqui, gemas especiais e partes de monstros únicas. Mas o que fazer com esses itens? Bom, com as gemas é possível retirar o limite de melhora das armaduras, já que o poder físico dos monstros foi aumentado de forma gigantesca, ter 900 de armadura não é suficiente para muitos desafios, os novos níveis de amuletos também só podem ser obtidos através destes itens coletados nas Teras-Guia, por ultimo e mais pedido por toda a comunidade é a possibilidade de fazer uma skin com todas as armaduras disponiveis no game, todas as versões Alfa, Beta e Gama das armaduras podem virar skin utilizando os itens do respectivo monstro nas Terras-Guia. 

Considerações Finais

Monster Hunter World: Iceborne deu o tom para o futuro da franquia, ao contrario do que muitos falam, o game não ficou mais fácil e nem menos desafiador com tudo o que foi adicionado, o titulo da Capcom se tornou mais transparente com os jogadores, entregando informações importantes e tornando tudo mais facil de ser assimilado, o que não quer dizer mais fácil de ser executado. A nova forma de escolher os equipamentos que vão ser usados também é um ponto positivo, é preciso pensar muito mais sobre quais partes de armadura vão ser usadas para otimizar o uso de sua arma na batalha. Definitivamente um marco para a história da franquia Monster Hunter, como também para os RPGs e para a Capcom.
Por ultimo e não menos importante, boa caçada!!

25 de dezembro de 2020

Inazuma Eleven 1, 2 e 3

 Hoje temos uma pequena diferença se compararmos com os outros posts do blog, em vez de falar sobre um game em especifico, vamos falar da primeira parte de uma franquia de jogos de sucesso nos portáteis da Nintendo, começando pela saga clássica, vamos falar de Inazuma Eleven, mais conhecido no Brasil como Super Onze. O game se trata de um titulo sobre futebol, mas nada perto dos jogos convencionais como Fifa e PES, aqui temos uma mistura fortíssima de esporte com RPG, no melhor estilo japonês. Todos os títulos foram produzidos para Nintendo DS, com o terceiro recebendo um porte para o 3DS, publicados e produzidos pela Level 5 em parceria com a Nintendo, sendo lançados nos anos de 2008, 2009 e 2010 respectivamente (ano de lançamento no Japão, sendo lançados no resto do mundo posteriormente). Mas o que essa franquia fez para ter tanto sucesso e se manter ativa até hoje? (as imagens de capa mostradas aqui são da versão que eu joguei, pois Inazuma Eleven 2 e 3 tem mais de uma versão)

Inazuma Eleven 1
Inzuma Eleven 2
Inazuma Eleven 3

Enredo

Primeiramente vamos falar um pouco sobre como o enredo é apresentado durante os jogos. Se você não gosta de como a história de animes shounen (aqueles animes clássicos de luta como Dragon Ball) é posta, provavelmente o ritmo e certos plot twists podem incomodar ou não funcionar bem com você. Agora vamos falar um pouco sobre o enredo de cada um dos jogos.

Inazuma Eleven 1 é o clássico de qualquer anime de esportes, um garoto com muita habilidade em um time totalmente desestruturado e desacreditado tentando vencer o campeonato nacional, e isso parece ser uma história super leve e contente, se não fosse pela Imperial Academy que quer acabar com a competitividade no futebol, equalizando as equipes, fazendo com que escolas que eram extremamente vencedoras no passado, fossem obrigadas a perder, e é justamente esse o caso da Raimon, assim o protagonista dos três primeiros jogos, Mark Evans (ou Mamoru Endou no original).

Em Inazuma Eleven 2, depois de ganhar a competição entre escolas e se tornarem o melhor time do país, não existia mais nenhum desafio para eles em terras japonesas, com isso o jogo apresenta um grupo de alienígenas que está invadindo a Terra, começando pelo Japão, e nada melhor do que resolver suas disputas intergalácticas através do futebol não é mesmo? A principal mudança entre o jogo anterior e este é um pouco mais densa já que muitas das escolas foram destruídas e o game todo tem uma história bem pesada e sombria.


Já em Inazuma Eleven 3 as coisas mudam um pouco de perspectiva e acompanhamos um entre 3 personagens dependendo da versão do game, sendo eles: Fideo Aldena em Spark, Rococo Urupa em Bomber e Kanon Endo em The Ogre. Desta vez o enredo é baseado no filme Inazuma Eleven the Movie: The Invasion of the Strongest Army Ogre, a trama consiste em um time muito poderoso, intitulado The Ogre (o nome do time varia de acordo com a versão do jogo), viajando ao passado para destruir o futebol, com isso o protagonista Endou vai proteger o futebol, com a ajuda de seu bisneto Canon Evans (Endou Kanon no original).

Gráficos e Áudio

O game tem dois estilos gráficos, uma para os momentos de exploração dos mapas, com uma visão aérea e um estilo 2D com sprites que mostravam todos os lados do personagem, imitando um visual 3D. Durante as partidas, confrontos entre os jogadores acontecem e nesses momentos o gráfico muda para 3D de verdade, com um estilo gráfico muito bonito e bem característico do console da big N. Quanto ao áudio, a qualidade é bem próxima ao que é visto no anime, mas com todas as limitações de hardware do console portátil. Apesar disso, tudo funciona muito bem.

Jogabilidade

Como um jogo de futebol, o que mais importa aqui é como são as partidas, e é nessa hora que o jogo surpreende, pois ele é um RPG bem desenvolvido com poderes especiais para dribles, bloqueios, chutes e movimentos de goleiros, tudo no game é baseado no quão alto são seus status e também um pouco do fator sorte, que é um dos atributes existentes no jogo, um verdadeiro RPG japonês. O controle dos jogadores é feito através da caneta do DS, "clicando" no personagem e traçando uma linha para o movimento, com toques nos seus companheiros de equipe é possível passar a bola, e na distancia certa fazer chutes na direção do gol. O gameplay é simples e intuitivo, sendo uma ótima opção para crianças por exemplo, porém isso não foi tudo que garantiu o sucesso, outro fator foi muito importante para que a franquia desse certo, uma característica muito comum em jogos japoneses é o colecionismo, a franquia Pokemon é focada basicamente nisso, procurar e juntar ao seu grupo os melhores e mais fortes personagens. E como fazer isso? 
Existem três métodos para isso, o primeiro deles é através de um computador que mostra aleatoriamente personagens dentro de parâmetros simples estabelecidos pelo jogador. O segundo método consiste na rede de amigos e conhecidos do protagonista Mark, vamos entrando em contato com personagens mais próximos e conforme a progressão na história e conclusão de certo objetivos, novos personagens ficam disponíveis nessa rede de contato. O terceiro e ultimo método é uma maquina de gatcha, colocamos uma ficha conquistada depois de alguma partida ou encontro aleatório e tiramos um novo personagem dessa máquina, é um modo facil e rapido para conseguir novos jogadores, porém as opções aqui não são das melhores.

Considerações Finais

Inazuma Eleven consegue ser uma franquia que aborda um tema tradicional nos videogames, o futebol, através de uma nova perspectiva, o RPG. Os gráficos são bonitos e coloridos, o tom de animes shonen consegue conquistar fácil quem está jogando, as mecânicas são simples e leves, sem grandes dificuldades mesmo para quem não tem costume com jogos eletrônicos, além disso os "itens" colecionáveis são um fator importante para a vida útil do game, que aumenta e muito para além da campanha. Sem grandes emoções, uma ótima opção para relaxar e se divertir sem muito compromisso, ótima opção para crianças também. Por ser assumidamente um game descompromissado em ser uma grande obra, esses foram uns dos melhores jogos dos últimos tempos para mim, entregaram tudo que me prometeram e um pouco mais!